Panorama
 
 
 

GOVERNO E SENADO SE UNEM PARA DESTRUIR A FLORESTA AMAZÔNICA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Maio de 2009

20 de Maio de 2009 - Brasília (DF), Brasil — Emenda do senador Eliseu Resende, relator da MP que libera a construção de estradas na região sem licenciamento ambiental, piora ainda mais o que já era ruim.

O que era ruim ficou ainda pior. Depois que o deputado José Guimarães (CE-PT) - aquele que teve um assessor flagrado com dólares escondidos na cueca - propôs emenda à MP 452 a pedido do presidente Lula e da ministra Dilma Roussef dispensando licenças ambientais prévias a obras em rodovias brasileiras, agora foi a vez do senador Eliseu Resende, relator da MP, acrescentar mais uma dose de maldade na história toda.

O senador do DEM mineiro, que já foi ministro da Fazenda do governo Itamar - e saiu do governo ao ser acusado de ter intermediado empréstimo milionário para a empreiteira Odebrecht -, incluiu no texto da MP 425 novos artigos que, em resumo, colocam a construção de estradas no Brasil fora de qualquer controle dos órgãos ambientais.

A MP vai a votação hoje no Senado e depois volta para apreciação e votação definitiva na Câmara dos Deputados, porque o texto original foi bastante modificado. A MP tem que ser votada até semana que vem porque sua validade é de apenas 90 dias, vencendo no próximo dia 1o. de junho.

"O novo texto proposto pelo senador Resende é muito ruim, porque transforma os órgãos ambientais brasileiros em meros carimbadores dos projetos do Executivo de construção de estradas no país. Em alguns casos, até mesmo dispensa qualquer cuidado de proteção ambiental", afirma Nilo D'Ávila, coordenador de Políticas Públicas do Greenpeace.

"O licenciamento ambiental é importante principalmente em regiões como a Amazônia, onde obras rodoviárias significam grande destruição", diz D'Ávila.

Diversos estudos apontam que 75% do desmatamento ocorrem ao longo de estradas pavimentadas da região. Em muitos casos, como na rodovia BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA), somente o anúncio do asfaltamento no restante da estrada estimulou enorme migração de fazendeiros e madeireiros, o que resultou em altas taxas de desmatamento e modificação drástica da paisagem.

Entre as rodovias beneficiadas está a BR-319, que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO), cujo asfaltamento é defendido com unhas e dentes pelo ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, com o objetivo de pavimentar sua candidatura ao governo do estado do Amazonas em 2010.

Se o Senado aprovar a MP 452 do jeito que está, jogará por terra os discursos feitos por senadores durante a vigília pela Amazônia, semana passada, incluindo o do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), que afirmou estar pronto para se alistar entre os que defendem a floresta.

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Raposa ruralista vai tomar conta do galinheiro florestal

22 de Maio de 2009 MP aprovada pelo Senado estimula a grilagem de terras públicas na Amazônia, incentivando assim a destruição da maior floresta tropical do mundo.
Brasília (DF), Brasil — Senadora Kátia Abreu foi indicada pelo presidente da Casa, José Sarney, como nova relatora da MP da Grilagem.

Pagando dívida de sua campanha para a presidência do Senado, José Sarney indicou nesta sexta-feira a senadora Kátia Abreu (DEM/TO), da tropa de choque ruralista, como relatora da Medida Provisória 458, que legaliza a ocupação de áreas invadidas por posseiros na Amazônia, assinada pelo presidente Lula no dia 10 de fevereiro.

A MP da Grilagem, como ficou conhecida, avaliza a invasão de mais de 60 milhões de hectares de terra na Amazônia, sem qualquer tipo de controle ambiental. E a senadora Kátia Abreu vem defendendo que esses invasores não tenham sequer que pagar pela terra invadida.

Uma anistia às invasões significa na prática um grande estímulo a novas invasões.

A indicação da senadora Kátia Abreu à relatoria da MP da Grilagem é o pagamento de uma dívida de campanha por parte de José Sarney, que se elegeu presidente do Senado com o voto da líder da bancada ruralista na Casa.

Durante a vigília pela Amazônia realizada semana passada no plenário do Senado, José Sarney afirmou querer se alistar "entre aqueles que querem defender a Amazônia para sempre". Na prática, no entanto, demonstra não se importar com o futuro da floresta.

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CTNBio fora da Lei?

22 de Maio de 2009 - A maioria dos membros da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança insiste em agir às cegas. Na última reunião, realizada em Brasília ontem, além de aprovar a quinta variedade de algodão transgênico do país, a comissão passou muito perto de “abrir a porteira das aprovações”, sem exigência de análise prévia específica de biossegurança.

Esta norma valeria para transgênicos provenientes de cruzamentos entre variedades transgênicas previamente autorizadas pelo colegiado, e foi questionada pelo Ministério do Meio Ambiente, em carta à CTNBio.

A carta foi entregue foi assinada pelo representante do MMA na comissão, Paulo Kageyama, e por Bráulio de Souza, diretor de conservação e biodiversidade da pasta. O Ministério Público também acompanha o debate, já que a análise de transgênicos “caso a caso” é requisito expresso claramente na lei brasileira de biossegurança, dentre as atribuições da CTNBio.

Dessa vez foi por pouco: entre discussões e discordâncias, Walter Colli, presidente da Comissão, optou por prorrogar a decisão sobre a norma para uma data após a consulta pública. "É inconcebível a aprovação de transgênicos sem estudo prévio. Membros irresponsáveis da CTNBio pressionam por uma série de aprovações, ao invés de se debruçarem na questão da contaminação, que é o assunto mais importante neste momento em que o milho transgênico começa a ser colhido" afirmou Rafael Cruz, coordenador da campanha de transgênicos do Greenpeace.

Caso aprovada, a norma colocará mais uma vez em risco o meio ambiente e a saúde humana. Os efeitos causados por organismos geneticamente modificados são desconhecidos - o que só se agrava nas espécies originárias de cruzamentos entre eles, considerados a “segunda geração” pelas empresas.

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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