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MINC DEFENDE TRATAMENTO DIFERENCIADO
PARA PEQUENOS PRODUTORES RURAIS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2009

20/05/2009 - O ministro Carlos Minc disse nesta terça-feira que pretende incluir um capítulo no Código Florestal com previsão de incentivo econômico e fiscal para os pequenos agricultores e defendeu o tratamento diferenciado, o pagamento por serviços ambientais e a simplificação da averbação da reserva legal para a categoria. Minc se reuniu no MMA com representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf) e Via Campesina para discutir pontos para alteração do Código Florestal.

Minc falou para o grupo que o MMA tem o propósito de fazer uma aliança sólida com os produtores da agricultura familiar , e que existem propostas consensuais entre o órgão e as entidades representantes da categoria, como, por exemplo, a recomposição florestal e as críticas ao uso indevido de transgênicos e agrotóxicos.

Os membros das entidades, que se reuniram com o ministro para apresentar também suas reivindicações, ressaltaram a importância dos seguintes pontos: solicitação de um amplo programa de educação ambiental nas comunidades; manutenção do Código Florestal - com ajustes realizados a partir de ações normativas do MMA e resoluções do Conama; pagamento por serviços ambientais e a recomposição florestal, dentre outras ações, como o apoio ao crédito rural e assistência técnica aos pequenos produtores.

Para Frei Sérgio Görgen, do MPA nacional, a discussão sobre o Código Florestal "é uma oportunidade e não um problema. A agricultura familiar defende os seis princípios básicos do código, mas propõe pequenas alterações em questões periféricas, que devem ser adaptadas a cada bioma brasileiro, e não ferem os princípios centrais".

A representante nacional do MPA Maria Cazé disse que a agrobiodiversidade é fundamental para a sobrevivência dos pequenos produtores, e que nos últimos quatro anos houve um aprofundamento da questão ambiental no campesinato. De acordo com o representante da Via Campesina de Santa Catarina, Charles Reginaldo, os agricultores familiares da região desejam um debate político mais amplo para que o Código Florestal de Santa Catarina não seja aprovado, tendo em vista as tragédias ambientais que assolaram o estado.

Já Celso Ludwig, da Fetraf, disse que os movimentos estão dispostos a preservar e a realizar ajustes nos modos de produção, e solicitou o apoio do MMA para que os agricultores da região de Santa Catarina afetada pela seca (a pior dos últimos 60 anos) possam conhecer a tecnologia adequada para se tornarem "produtores de água", como vem acontecendo em regiões dos Estados Unidos. Os membros das entidades sugeriram também que as universidades públicas participassem dos serviços de georreferenciamento e que as madeiras apreendidas pelo Ibama possam ser utilizadas na construção de casas para os pequenos produtores.

Minc e os representantes dos movimentos alegaram que as áreas mais preservadas do País estão em comunidades tradicionais e em algumas extrativistas. O ministro ressaltou o decreto instituído pelo presidente Lula que garante o preço mínimo de 10 produtos extrativistas: babaçu, pequi, buriti, castanha-do-Brasil, andiroba, copaíba, seringa, carnaúba, piaçava e açaí.

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Castanha e babaçu terão planos para cadeias produtivas

20/05/2009 - Lucia Leão - A Bertholletia excelsa, ou castanheira, é uma árvore imponente que sobressai, por suas dimensões e seu porte retilíneo (pode chegar a 50 metros de altura e dois metros de diâmetro), mesmo nas áreas de floresta mais densas e exuberantes da Amazônia. Espécie nativa dos solos pobres e arenosos do bioma, seu fruto ocupa, há várias décadas, a posição de principal produto extrativo da região. Com propriedades nutricionais e cosméticas reconhecidas e valorizadas especialmente nos mercados internacionais, a castanha-do-Brasil, no entanto, ainda está longe de ser explorada em todo o seu potencial econômico e, mais ainda, de garantir renda e qualidade de vida dignas às pessoas que percorrem a floresta depois das chuvas e ventanias para coletar os ouriços que despencam das copas com seis a sete castanhas cada um.

Para potencializar economicamente a castanha-do-Brasil e outros produtos extrativistas, o Ministério do Meio Ambiente elaborou o Plano Nacional das Cadeias Produtivas da Sociobiodiversidade, lançado pelo presidente Lula no final de abril. Para ser colocado em prática, o Plano começa a ser detalhado por produto e pactuado com cada estado produtor. Os primeiros serão os planos para as cadeias produtivas da castanha e do babaçu, que começam a ser pactuado amanhã (21) entre extrativistas, governos estaduais, instituições de fomento e empresários do Amapá, Pará, Mato Grosso e Rondônia.

Os encontros, que começam por Macapá, devem identificar os gargalos, em nível local, para o aumento da produção e a promoção da cadeia e encontrar alternativas para superá-los. A produção anual de castanha é de pouco mais de 30 mil toneladas e movimenta algo em torno de R$ 45 milhões. O babaçu, segundo o IBGE, rendeu em 2007 R$ 113 milhões, com uma produção de 114.874 toneladas.

Estudos da Diretoria de Extrativismo da SEDR identificam como principais problemas as dificuldades de acesso a crédito e a assistência técnica, normalmente decorrentes de falta de regularização fundiária (portanto falta de garantias para financiamentos) nas áreas de extrativismo e dos baixos níveis de organização social em toda a cadeia. A meta final deste trabalho é criar Câmaras Setoriais dos produtos extrativistas, nos moldes das que já existem em outros setores produtivos.

Os encontros para pactuação de planos para as cadeias produtivas da castanha-do-Brasil e do babaçu acontecerão nos dias 21 em Macapá, 22 em Belém, 26 em Cuiabá e 28 em Porto Velho. Participam representantes do governo federal MMA, MDA, Embrapa, Incra e Conab -, dos governos estaduais, do Sebrae, de universidades estaduais, cooperativas extrativistas e ONGs.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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