Panorama
 
 
 

OPERAÇÃO NA FLONA BOM FUTURO, EM RONDÔNIA,
REPRIME CRIMES AMBIENTAIS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2009

Porto Velho (19/05/09) - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participou nesta terça-feira (19) de operação ambiental na Floresta Nacional do Bom Futuro, em Porto Velho (RO), para coibir desmatamentos e a criação ilegal de gado, além de inibir novas ocupações humanas da região. A operação, envolvendo 367 agentes do Ibama, do Instituto Chico Mendes, da Polícia Militar Ambiental de Rondônia, do Exército e do Incra, foi deflagrada há duas semanas para, segundo Minc, reverter um dos casos mais trágicos de exemplo de omissão pública na área ambiental.

Criada em 1988 com 271 mil hectares de área a cerca de 200 km da cidade de Porto Velho, a Flona Bom Futuro começou a ser ocupada desordenadamente a partir de 1995 e 1997, com a instalação na região de dois assentamentos do Incra. Seguiram-se várias ocupações irregulares na região, inclusive simuladas por políticos que ali montaram currais eleitorais. Atualmente, chegou-se a um resultado devastador: cerca de 28% da Flona já foram desmatados, com uma ocupação de 3,5 mil habitantes e 35 mil cabeças ilegais de gado.

“Se continuasse a omissão, em 2013 cerca de 50% da Flona estariam desmatados”, avalia o ministro de Meio Ambiente. Até o início da operação, que começou a ser planejada há seis meses, vinte caminhões lotados de madeira cortada ilegalmente saíam diariamente da Flona, abastecendo o negócio de cerca de 30 serrarias que funcionavam nos municípios vizinhos com o faturamento diário de cerca de R$ 100 mil. Na operação de hoje, os donos de um sítio com cerca de 400 cabeças de gado, Cleufas Almeida de Oliveira e Juliane Rocha de Oliveira, foram notificados para que retirem o gado da região em seis meses.

A ida do ministro do Meio Ambiente à Flona teve também um caráter didático para desarmar a onda de boatos na região, principalmente por políticos, de que os moradores que ocuparam irregularmente a Flona seriam expulsos. Minc assumiu publicamente, na operação de hoje, de que a ação visa a manter quem está na região, mas proibindo-se o ingresso de qualquer novo ocupante, obrigando a retirada das 35 mil cabeças de gado ilegal e proibindo qualquer desmatamento. “Aqui não sai mais madeira, não entra gado e não entra mais ninguém”, afirmou Minc ao lado do seu assessor especial, José Maurício Padrone, e do presidente do Instituto Chico Mendes, Rômulo Melo.

Agora um dos grandes desafios do Governo será incentivar a implantação de atividades sustentáveis na região como o manejo florestal e o pagamento por serviços ambientais, como o plantio de árvores para dar sustento às famílias que terão de abandonar as atividades ilegais de corte de madeira ou de criação de gado. A médio prazo, um dos planos do Ministério do Meio Ambiente é implantar uma área de proteção ambiental na região da Flona já desmatada por ocupações humanas antigas e criar, nas áreas ainda preservadas, uma unidade de proteção integral.

Para garantir o sucesso da operação de fiscalização ambiental, o Exército deu apoio logístico com 180 homens e quatro acampamentos. Dez entradas da Flona estão sendo vigiadas e duas guaritas de controle serão instaladas em 15 dias em estradas da região. “O poder público resolveu assumir sua responsabilidade. Chega de omissão. Desmatamento zero”, disse Minc.
Ascom MMA

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MMA realiza maior operação ambiental já feita no Brasil para retirar gado da Flona Bom Futuro

Ariquemes (19/05/2009) - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, comandou hoje a operação Terra Nova, a maior já realizada pelos órgãos ligados ao MMA, para recuperar o controle da Floresta Nacional do Bom Futuro, em Rondônia. Ibama, ICMBio, Exército Brasileiro, Força Nacional de Segurança, Batalhão de Polícia Ambiental da Polícia Militar do estado, Sistema de Proteção da Amazônia-Sipam, Funai e Incra participam das ações, que envolvem mais de 360 servidores entre civis e militares.

Minc sobrevoou os acampamentos do Exército que cuidam da logística da operação e notificou uma fazenda no interior da Flona para a retirada do gado num prazo de 180 dias. “Acabou a omissão, acabou a moleza, agora é desmatamento zero. Não sai mais um caminhão de madeira”. O ministro informou que, antes, saiam 20 caminhões de madeira por dia e que há 35 mil cabeças de gado na região. Ele afirmou que será feita a retirada de 25 mil cabeças de gado num primeiro momento, mas que “quem não fizer a retirada, terá o gado apreendido”.

Caminhão carregado de gado deixa a flona

Sobre a situação dos moradores, o ministro anunciou que pretende alterar a categoria da Flona Bom Futuro. Na parte conservada, seria criada uma unidade de conservação de proteção integral, e, nos 100 mil hectares mais antropizados, uma Área de Proteção Ambiental de uso sustentável, onde, segundo Minc, seriam fomentadas e apoiadas atividades ambientalmente corretas, com a recuperação de áreas degradadas.

A Operação Terra Nova foi desencadeada em cumprimento a decisões liminares da Justiça Federal, que determinam a retirada de gado da Floresta Nacional e a desocupação da unidade de conservação. A unidade teve 28% de sua área desmatada de 1995 até o ano passado, o equivalente a cerca de 77 mil hectares de florestas destruídas para dar espaço, principalmente, à pecuária.

Na primeira etapa da operação, estão sendo montados 10 postos de controle nos acessos da unidade de conservação, com o objetivo de impedir o furto de madeira e de cadastrar os moradores. Os pecuaristas também estão sendo notificados para a retirada dos rebanhos da área. Para a retirada voluntária das rezes, a Justiça estipulou prazo não inferior a seis meses.

Não é permitida a entrada de gado na UC e nem de materiais para benfeitorias. Contudo, por enquanto o acesso dos moradores, apenas sendo exigida a identificação e o cadastramento de residentes e visitantes. Ninguém terá seu trânsito impedido e nem será desalojado de sua residência, no momento. Um panfleto está sendo distribuído nos postos de controle e orienta as pessoas sobre os objetivos da operação.

Moradores são cadastrados na base Saracura (sul da flona)

O Incra irá avaliar, a partir do cadastro dos moradores, quais teriam perfil de beneficiário da reforma agrária, para possível reassentamento. Dados do censo agropecuário realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE em 2007 apontaram 1.514 pessoas morando dentro da Flona Bom Futuro. Contudo, os órgãos envolvidos avaliam a população residente em cerca de três mil pessoas.

Nos principais acessos à Flona, foram instalados acampamentos do Exército, que alojam os servidores e provêem os postos de controle dos acessos secundários. Após a instalação dos acampamentos, cessou o fluxo de madeira explorada ilegalmente na Flona, que abastecia serrarias dos municípios de Buritis, Alto Paraíso e Ariquemes. Diariamente, são verificados vários caminhões retirando o rebanho da unidade de conservação.

O plano da operação prevê a construção de quatro guaritas nos principais acessos à Flona Bom Futuro e a desativação dos acessos secundários. Os levantamentos realizados para o planejamento da operação, que era elaborado desde 2007, apontam que, na Flona, existem 357 pecuaristas na unidade e que os 50 maiores criadores seriam responsáveis por mais da metade dos bois piratas criados na área.
Christian Dietriech
Ascom Ibama Sede

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Ascom

 
 
 
 

 

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