Panorama
 
 
 

BRASIL, ARGENTINA, BOLÍVIA E PARAGUAI
DEFINEM PROGRAMA PARA GESTÃO DA BACIA DO PARAGUAI

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2009

Na Semana Mundial do Meio Ambiente, representantes do Brasil, Argentina, Bolívia e Paraguai deram a largada para a constituição do projeto Sinergia, que é parte integrante do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (INAU), sendo uma das principais ações desenvolvidas pelo Centro de Pesquisa do Pantanal (CPP). O projeto trata da gestão de recursos hídricos do Pantanal e da Bacia do Rio Paraguai.

O primeiro encontro está ocorrendo desde ontem e segue até dia 5 de junho, na cidade de Chapada dos Guimarães, Mato Grosso. “Nosso objetivo é fomentar a criação de redes de pesquisa em todo o âmbito da Bacia do Rio Paraguai. Esses trabalhos vão nos ajudar a constituir cenários e prever como vão evoluir os recursos diante do problema do aquecimento global”, explica o professor Pierre Girard, coordenador do projeto.

O projeto conta com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Entre os nomes confirmados para o encontro estão o Presidente do Conselho Federal de Recursos Hídricos da Argentina, Rafael Antonio Silva, e o representantes do Governo Central da Bolívia, Huascar Nogales. Representantes do Ministério da Ciência e Tecnologia, dos governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, da UFMT e das ONGs WWF-Brasil, The Nature Conservancy (TNC) e Instituto Centro-Vida (ICV ).

“O CPP já trabalha com redes de pesquisa em pesca, bioprospecção e pecuária e agora quer expandir sua atuação. A água é um elemento essencial para o Pantanal e para a manutenção da vida como um todo, por isso, decidimos mobilizar os quatro países para conhecermos melhor a situação da Bacia do Paraguai e promovermos a sua proteção”, explica o professor Paulo Teixeira de Sousa Jr., do Centro de Pesquisa do Pantanal.

O principal rio da Bacia é o Paraguai, que nasce na Chapada dos Parecis, no interior de Mato Grosso e desemboca no Rio Paraná após um percurso de mais de 2.600 km através do Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina. As águas da bacia formam o Pantanal Mato-grossense, uma das maiores planícies de inundação do mundo.

"Definir como vamos administrar os recursos hídricos da Bacia do Paraguai é urgente, já que a mudança climática em curso poderá afetar a vida dos mais de cinco milhões de pessoas vivendo na bacia e as atividades econômicas ligadas ao uso da água como a navegação, a produção agropecuária e a geração de energia hidrelétrica”, ressalta o professor Pierre Girard.

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Leia o manifesto das ONGs

05 Jun 2009 - O presidente Lula assinou, no município de Caravelas, Bahia, o decreto de criação de quatro unidades de conservação, entre elas a Reserva Extrativista Renascer, no Pará. O anúncio ocorreu três dias depois que 36 ONGs ambientalistas enviaram carta ao presidente cobrando a criação de três resex na Amazônia, que estavam com seus processos paralisados na Casa Civil desde 2007. Apesar da boa notícia, ambientalistas não veem muitas razões para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente.

Além da Resex Renascer, o presidente criou também a Resex Cassurubá, na Bahia, a Resex Prainha do Canto Verde, no Ceará e o Monumento Natural do Cânion do Rio São Francisco, na divisa entre Alagoas, Bahia e Sergipe. No entanto, outras duas reservas extrativistas na Amazônia, que também aguardavam a assinatura da Casa Civil desde 2007, não receberam atenção do presidente. Os moradores das resex Baixo Rio Branco-Jauaperi (RR e AM) e Montanha Mangabal (PA) vivem sob constante ameaça e já viajaram a Brasília para cobrar do governo federal a criação das resex. Apesar de seus esforços, não receberam nenhuma resposta oficial sobre a criação ou não das unidades de conservação.

Para completar o quadro desanimador, a legislação ambiental recebeu, justamente na Semana do Meio Ambiente, mais um duro golpe do governo federal. Foi aprovada no Senado, a toque de caixa, a Medida Provisória (MP) 458, que abriu a possibilidade de que as terras ocupadas por grileiros na Amazônia fossem legalizadas, sob o pretexto de regularizar as posses de pequenos agricultores da região. A aprovação da MP foi motivo de protesto por parte de ambientalistas que, mais uma vez, se uniram e prepararam um manifesto em repúdio às recentes investidas do governo federal contra as leis ambientais.

Para o superintendente de Conservação do WWF-Brasil, Cláudio Maretti, a situação é grave, porque o governo tem atacado a legislação ambiental por todas as frentes. “O governo e o Congresso só estão olhando para as eleições do ano que vem, enquanto desmontam nossas leis conquistadas a duras penas. A esquizofrenia da política ambiental brasileira tem crescido ao ritmo da tensão pré-eleitoral”, afirmou Maretti.

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Governo do Amazonas Lança Planos de Gestão de Quatro Unidades de Conservação

08 Jun 2009 - Na última sexta-feira, 05 de junho, o Governo do Amazonas comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente, na Assembléia Legislativa do Amazonas – ALEAM, com uma série de ações realizadas por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SDS. Entre as iniciativas, foram lançados os Planos de Gestão de quatro Unidades de Conservação do Amazonas. O processo de elaboração de um desses planos, o da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, recebeu o apoio financeiro e técnico do WWF-Brasil.

O Plano de Gestão é o documento técnico que norteia as ações de gestão, de determinada área protegida e o manejo dos recursos naturais presentes na mesma, estabelecendo as diretrizes gerais para a implementação da unidade. Os trabalhos de elaboração do Plano de Gestão da RDS do Uatumã iniciaram em junho de 2006, com a celebração de um convênio entre a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (SDS) e o IDESAM, com apoio financeiro e técnico do WWF-Brasil.

Esse documento consiste no diagnóstico da Unidade de Conservação, considerando aspectos históricos, ambientais, sociais e econômicos, definição de seus objetivos, seguidos de uma análise de sua situação atual (pressões, ameaças, oportunidades e potencialidades). É por meio dele que são tmabém estabelecidos programas e subprogramas de gestão a serem implementados, a curto e médio prazo, na unidade, sendo os mesmos passíveis de revisão e adequação em relação às metas de gestão. Inclui, ainda, um zoneamento que regulamenta o ordenamento territorial e regras de uso dos recursos naturais em conjunto com os moradores.

O zoneamento inclui áreas destinadas ao manejo florestal, manejo e preservação de lagos, áreas de conservação de nascentes de igarapés, tabuleiros para proteção de quelônios e áreas para pesca esportiva. Além disso, também estão previsto outros programas como o de educação ambiental e saúde.

A Reserva de Desenvolvimento Sustentável Cujubim, localizada no município de Jutaí (a 1.001 km de Manaus); o Parque Estadual Sumaúma, localizado em Manaus, no bairro Cidade Nova I e o Parque Estadual Rio Negro Setor Norte, localizado no município de Novo Airão (a 125 km de Manaus) foram as demais unidades de conservação que tiveram seus planos de gestão lançados na ocasião.

O evento também foi palco para a assinatura da Lei do Macrozoneamento, criação da Secretaria de Estado para os Povos Indígenas – SEIND, criação do Conselho Estadual de Geodiversidade e do decreto que regulamenta a Lei de Recursos Hídricos. Além disso, aconteceram os lançamentos do site do Centro Estadual de Unidades de Conservação – CEUC, órgão vinculado à SDS, e da cartilha “A Floresta amazônica e seu papel nas mudanças climáticas”, elaborada pelo Centro Estadual de Mudanças Climáticas do Estado (CECLIMA).

Sobre a RSD do Uatumã

A Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã foi criada em 17 de junho de 2004 com extensão territorial de 424.430 ha, localizada a 329 km da cidade de Manaus. Seu território abrange os municípios de Itapiranga e São Sebastião do Uatumã. Atualmente a RDS do Uatumã é habitada por cerca de 256 famílias, dispostas em 20 comunidades distribuídas ao longo dos rios Uatumã, Jatapú e afluentes.

As comunidades tradicionais que habitam a região vivem em dependência e sintonia com o local. Elas têm a base de seu sustento na produção agro-extrativista, com destaque para a produção da farinha, a pesca artesanal e o extrativismo de plantas nativas, como cupuaçu, bacaba, açaí, castanha-do-Brasil, diversas variedades de breu, andiroba, copaíba, babaçu, tucumã, cipós e fibras, entre outros.
No que se refere à fauna, a Reserva possui características ímpares. Um de seus atrativos é a presença do mico (Saguinus martinsi ochraceus), espécie pouco conhecida e nesta região só visualizada na margem esquerda do Rio Jatapú, indicando para uma nova área de ocorrência. A RDS do Uatumã é também habitat de mamíferos em risco de extinção, com destaque para jaguatirira (Leopardus pardalis), onça pintada (Panthera onca), tamanduá bandeira (Myrmecophaga tridactyla), lontra (Lontra longicaudis) e ariranha (Pteronura brasiliensis). Suas águas escuras abrigam grande variedade de peixes e animais aquáticos, com destaque para o Tucunaré maior atrativo turístico local, com a pesca esportiva.

A Identificação das Ações Prioritárias para a Reserva do Uatumã permitiu a melhor compreensão da Unidade de Conservação e sua relação com moradores, poder público (municipal, estadual e federal) e usuários externos. Este diagnóstico fundamentou a articulação entre o IDESAM, Moradores e Governo Estadual para a formulação de resoluções e encaminhamentos dos temas emergenciais da Reserva.
Negociadores do clima finalmente concordam:mas só sobre o que eles não concordam.

 
 

Fonte: WWF-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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