Panorama
 
 
 

CONSELHO CONSULTIVO DA RESERVA BIOÓGICA DO JARU DESENVOLVE AÇÕES PARA PRESERVAR BURITIZAIS DA AM

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2009

Brasília (19/06/09) - A equipe da Reserva Biológica do Jaru promoveu dia 9 de junho, no município de Ji-Paraná-RO, reunião dos membros de seu conselho consultivo. Entre os objetivos estava reforçar o envolvimento dos diversos setores da sociedade em ações ambientais, levando conscientização acerca da importância da Reserva e os ecossistemas a exemplo dos buritizais. Durante a reunião foi definido o Plano de Ação do Conselho, que prevê entre outras atividades, ações nas áreas de agroecologia e sustentabilidade ambiental junto às comunidades vizinhas.

Um dos projetos trata da proteção e valorização do buriti, palmeira nativa da região norte da América do Sul cujo fruto é fonte de alimento das comunidades locais, por ser rica em vitaminas A, B e C, fornecer cálcio, ferro e proteínas. O fruto pode ser utilizado na fabricação de pães, sucos, bolos, óleos, além de sabonetes e artesanatos de suas fibras.

Desenvolvido inicialmente pela comunidade do bairro Primavera de Ji-Paraná, juntamente com a Escola Beatriz Ferreira da Silva vencedor da 1ª Edição do Prêmio Minha Sociedade Sustentável, o projeto será ampliado especialmente para as áreas degradadas de assentamentos rurais vizinhas da UC.

O objetivo será promover o reflorestamento, valorização e conservação ambiental dos buritizais da Amazônia utilizando-se de divulgação dos produtos advindos da palmeira e qye servem como importante fonte alimentar e de geração renda.

Entre os membros presentes e convidados estavam representantes das prefeituras dos municípios do entorno da Unidade, Ministério Público Federal, Funai, organização indígena, universidades, projetos de pesquisa e de tecnologia social, estudantes, pesquisadores, professores, e moradores do entorno, entre outros.
Ascom/ICMBio

+ Mais

Operação conjunta do ICMBio e Ibama salva 100 quelônios em Roraima

Brasília (16/06/09) – Cem exemplares de quelônios da Amazônia foram resgatados e soltos por fiscais do ICMBio e Ibama, em operação conjunta com a Polícia Militar de Roraima no dia 3 de junho, na localidade de Praia do Veado, região do baixo Rio Branco, em Caracaraí (RR). O objetivo era o de preservar os recursos faunísticos do Mosaico de Unidades de Conservação de Caracaraí, além de coibir a pesca profissional irregular, no período de defeso da piracema.

Segundo termo de apreensão, foram recuperados vivos 63 tartarugas-da-amazônia (Podocnemis expansa), 31 tracajás (Podocnemis unifilis) e seis iaçás (Podocnemis sextuberculata), espécies sob forte pressão antrópica por comporem a dieta tradicional do amazônida. Todos os espécimes foram imediatamente libertos e devolvidos ao seu hábitat, o que foi oficializado por termo de soltura lavrado pela equipe de fiscais.

Os animais estavam na posse de traficantes que atuam na área de desova de tartarugas, os chamados "tartarugueiros". Todos os indivíduos fugiram do local quando da chegada dos agentes ambientais, deixando para trás um motor tipo "rabeta", três canoas de madeira, recipientes de combustível, cordas, redes e outros equipamentos destinados à predação de quelônios.

Entre eles, uma longa rede com cem metros de comprimento, denominada "capa-saco", munida de pesos na parte inferior, que é estendida da superfície ao leito do rio e arrastada ao longo deste, capturando indistintamente todo animal que se encontrar no caminho.

Ainda durante a missão, a equipe autuou três pescadores profissionais por pescarem no interior de unidades de conservação, além de estarem atuando no período do defeso. Com eles foram apreendidos canoas, motores, redes, "malhadores", recipientes de gelo, combustível e outros utensílios, além de mais de 50 quilos de pescado resfriado.

As embarcações principais foram mantidas por seus proprietários na condição de "fiel depositário", para lhes dar condição de transporte de volta à Caracaraí. As demais embarcações, equipamentos e utilidades foram encaminhados ao Escritório Regional do Ibama. Parte do pescado foi doado à instituição geriátrica denominada "Casa do Vovô", também nessa municipalidade, e os restantes 20 quilos serviram de alimento para animais abrigados no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), mantido pelo Ibama, em Boa Vista.
Taylor Nunes

+ Mais

ICMBio vai lançar campanha educativa sobre os riscos do plantio de transgênicos perto de UCs

Brasília (10/06/2009) – A Educação Ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) prepara uma campanha para conscientizar produtores rurais de todo o País a não cultivar sementes transgênicas no entorno das unidades de conservação (UCs). O plantio de transgênicos, segundo especialistas, pode causar danos irreversíveis aos ecossistemas protegidos.

De acordo com a resolução nº 13 do Conama, de 11000, não se pode realizar qualquer atividade que afete a biota no raio de 10 km sem o devido licenciamento do órgão competente, incluindo o plantio de transgênicos. Já a Lei 9.985, do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), de 2000, condiciona as atividades na área de amortecimento às regras do que preconiza a Resolução 13.

O Decreto 5.980, de 31 de outubro de 2006, estabeleceu limites de 500 m e 800 m das circunvizinhanças das unidades de conservação para o plantio de soja e algodão geneticamente modificados. Estabeleceu também 5.000 mil metros se o algodão geneticamente modificado tiver um ancestral ou parente silvestre na unidade de conservação.

No entanto, uma liminar a uma ação popular da Vara Ambiental de Porto Alegre reconheceu que não se aplicam às unidades federais de conservação situadas no Rio Grande do Sul os limites previstos no decreto 5.950/06, prevalecendo as limites anteriores definidos pela Resolução Conama 13/90 e pela Lei 9.985/00, que é o limite de dez quilômetros.

Por isso, a Educação Ambiental do ICMBio decidiu deflagrar a campanha inicialmente no Rio Grande do Sul, onde já havia essa decisão liminar da Justiça. A ideia era conscientizar os produtores antes de aplicar as sanções.

Os analistas Flávia Rossi e Roberto Zanin, da Educação Ambiental do ICMBio, chegaram até a enviar aos chefes das unidades de conservação do Rio Grande do Sul um questionário, perguntando se existia esse tipo de cultivo no entorno de suas unidades e se eles realizavam alguma ação para conscientizar os plantadores.

A intenção era preparar a campanha, antes de se adotar a fiscalização e aplicar multas. No entanto, dia atrás, a liminar foi derrubada e os agricultores ganharam o direito de manter suas plantações em uma área distante até 500 metros das UCs. Assim, os gestores decidiram manter a proposta de realização da campanha, ampliando-a agora para todo o País.

De acordo com Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, produtores rurais de 11 estados brasileiros, além do Rio Grande do Sul, declararam ter plantado soja transgênica na safra atual. São eles: Paraná, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Piauí, Santa Catarina, Bahia e Goiás.

Conforme a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), cerca de 90% dos 3,8 milhões de hectares plantados com soja no estado já são cultivados com soja transgênica. A estimativa é de que haja 100 mil produtores de soja geneticamente modificada.

A plantação de semente transgênica no entorno das unidades podem interferir nos ecossistemas, tanto pela contaminação biológica como pelo contaminação dos agrotóxicos usados próximos a essas unidades. Se houver um efeito residual no solo, ou esses agrotóxicos forem carreados para os córregos e rios, os malefícios para o solo e para os rios serão muito grandes.

O governo do Paraná está travando uma batalha para que o Estado seja declarado área livre de transgênicos. O Tribunal Regional Federal da 4ªRegião (RS, SC e PR) negou pedido de um agricultor para plantar soja transgênica em propriedade localizada ao redor do Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná.

Isso porque o plano de manejo do parque estabelece uma zona de amortecimento de dez quilômetros. O produtor foi multado pelo fiscal do Ibama, mas moveu uma ação na 1ª Vara de Cascavel, solicitando que fosse permitido o cultivo. O pedido foi negado.

PROIBIÇÃO – A comercialização de produtos transgênicos no Brasil é proibida, porém a pressão exercida por agricultores e políticos gaúchos fez com que o governo federal editasse a MP 131/03 e depois lei 10.814/03. Estabeleceu assim, normas para regularizar o plantio e a comercialização de soja geneticamente modificada na safra de 2003 e 2004. A medida era válida somente aos produtores que já tivessem adquirido as sementes modificadas até a data prevista. Mas essa lei foi substituída pela lei 10.814, que estende o prazo para comercialização da safra, de 31 de dezembro de 2004 para 31 de janeiro de 2005.

A venda de soja transgênica como semente ainda continua proibida, assim como a aplicação do herbicida glifosato em pós emergência, o que elimina a principal característica do grão transgênico. A aplicação do glifosato após o nascimento da soja Roundup Ready elimina as ervas daninhas da lavoura, mas não a planta oleaginosa.

Se for confirmada que a lavoura é transgênica e o produtor não tiver feito a declaração, ele estará sujeito a uma multa. Além disso, o infrator ficará impedido de obter empréstimos e financiamentos nas instituições oficiais de crédito, não poderá ter acesso a eventuais benefícios fiscais, nem negociar dívidas ou tributos com o governo federal.

Para maiores informações sobre os transgênicos, foi produzido o documentário “O mundo segundo a Monsanto”, que fala sobre a empresa Monsanto que produz e comercializa sementes transgênicas .O documentário é da jornalista francesa Marie-Monique Robin. É o resultado de uma investigação de três anos de Marie e apresenta revelações comprovando a má conduta da empresa em diversas ocasiões, as fraudes nos estudos sobre os riscos transgênicos, entre outras.

+ Mais

Fiscais da Esec Taiamã abordam quase 70 embarcações em operação de combate à pesca predatória

Priscila Galvão - Brasília (08/06/2009) - A Estação Ecológica (Esec) de Taiamã, localizada no Pantanal de Mato Grosso, na região de Cáceres e Poconé, realizou na última semana operação de fiscalização denominada “Mordida de Ariranha I”, como ação da semana do Meio Ambiente.

O objetivo da operação foi coibir os ilícitos ambientais relacionados à pesca predatória e informar aos turistas, piloteiros e comandantes de barcos-hotel sobre a necessidade de trafegar apenas portando documentação de identificação e a licença de pesca, uma vez que existem áreas de restrição à pesca que devem ser respeitadas, como as definidas pela Instrução Normativa IN 09/2009 do Ibama.

Durante a operação foram lavrados seis autos de infração, duas notificações, sete termos de apreensão e depósito, com apreensão de 11 varas com molinetes ou carretilhas, um viveiro para iscas, cinco caixas de tralha de pesca, dois barcos de 5,5 metros de comprimento de alumínio tipo semi-chata, equipados cada um com 1 motor de popa Yamaha de 15 Hp´s.

Foram feitas 196 abordagens a pescadores turistas, 64 em barcos de alumínio e cinco ações de fiscalização a barcos-hotel, em seus respectivos frezeers e geladeiras. A operação ocorreu nos rios Paraguai, Bracinho, Sararé, diversas baias e corixós, área de campo “Cai Cai”, onde foram abordados turistas pescadores de diversas regiões do Brasil oriundos de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Brasília, Mato Grosso, Rondônia, Bahia, além de turistas da Argentina e do Paraguai.

Os peixes vistoriados estavam dentro dos padrões estabelecidos pela Portaria nº 03/2008 do Ibama. As espécies mais encontradas nos freezers e geladeiras dos barcos-hotel foram os barbados, pintados, palmito e piranhas.

A equipe para operação de fiscalização foi formada por agentes de fiscalização, analistas e técnicos ambientais, que percorreram a área da unidade e de sua área circundante, no período de 1 a 5 de junho.

A operação recebeu esse nome, em homenagem ao hábito de se alimentar da espécie Pteronura brasiliensis, vulgarmente conhecida como ariranha. Este mamífero mustelídeo se encontra na lista de espécies ameaçadas de extinção do Ibama.
Ascom/ICMBio

 
 

Instituto Chico Mendes
Ascom

 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.