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DETENTOS PRODUZEM MUDAS PARA REFLORESTAMENTO DA MATA ATLÂNTICA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2009

2 de Junho de 2009 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) do Rio de Janeiro inaugura quinta-feira (4), dentro das comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, o novo Centro de Produção de Mudas da Mata Atlântica Manuel Gomes Archer. A unidade fica localizada no Reservatório Vitor Konder, em Campo Grande, na zona oeste da capital.

O coordenador dos projetos de reflorestamento e ressocialização da Cedae, Alcione Duarte, disse que o centro de produção de mudas conta com mão de obra de detentos do regime semiaberto, que integram o programa de responsabilidade social Replantando Vida, da Fundação Santa Cabrini. “São detentos que estão naquela fase de reinserção na sociedade”.

Alcione Duarte explicou que a primeira seleção dos detentos que irão trabalhar nos centros de produção de mudas é feita pela Justiça, tendo em vista o período da pena já cumprido e o comportamento no presídio. Depois de atendidas as condições estabelecidas pela Justiça, a Cedae faz uma avaliação para saber se existe um mínimo de aptidão dessas pessoas para o trabalho. Cada detento custa à Cedae cerca de R$ 1000,00. Além de um salário mínimo, eles recebem vale transporte e tíquete alimentação.

“Em todos os centros de produção de mudas, nós utilizamos essa mão de obra. Para você ver o grau de compromisso da Cedae com esse tipo de projeto de ressocialização de pessoas, nós estamos montando o nosso maior viveiro florestal dentro de um presídio”. Duarte informou que esse centro funcionará na Colônia Penal Agrícola de Magé, na região metropolitana do Rio, e terá capacidade para produzir de 800 mil a 1 milhão de mudas por ano. A inauguração está prevista para agosto deste ano.

“O projeto que temos hoje na Cedae para reflorestamento está tomando uma proporção que nós não imaginávamos”, afirmou Duarte. O primeiro centro de produção de mudas da Cedae foi inaugurado na estação de tratamento de águas do Guandu, com capacidade de produzir até 250 mil mudas por ano. Em seguida, veio o segundo centro, na estação de Alegria, para produção de 30 mil mudas. A terceira unidade também irá produzir 30 mil mudas anuais.

“Além de fornecer mudas para os projetos que a Cedae desenvolve, reflorestando mata ciliar de rios utilizados pela empresa, ele também vai servir para reflorestar uma área em Campo Grande, resultante de medidas compensatórias junto à prefeitura da cidade do Rio de Janeiro”. Em vez de fazer o plantio de árvores urbanas, as mudas serão usadas no reflorestamento do Morro Luiz Barata, com cerca de 50 mil mudas.

Somando todos os viveiros florestais, a meta da Cedae é promover o plantio de 4 milhões de árvores. Os investimentos feitos na área ambiental, neste primeiro ano de funcionamento do projeto, envolvendo a infraestrutura dos centros, aquisição de sementes e o pagamento dos detentos, atinge cerca de R$ 10 milhões.

“Nesse período embrionário, a gente já conseguiu plantar em todos os nossos projetos cerca de 200 mil árvores”. Para o ano agrícola que vai se iniciar em agosto próximo e que se estenderá até maio de 2010, a idéia é plantar até 1 milhão de mudas, informou Alcione Duarte.

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BNDES cria programa para reflorestamento da Mata Atlântica

1 de Junho de 2009 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - As organizações sociais e não governamentais e entidades do setor público e privado têm até o próximo dia 1º de julho para se candidatarem a recursos do programa BNDES Mata Atlântica, com dotação prevista de R$ 15 milhões para o período de dois anos.

Criado no mês passado, o novo programa tem o objetivo de apoiar os projetos de recuperação de matas ciliares e de áreas de preservação permanente no bioma Mata Atlântica. A primeira chamada pública prevê que será reflorestada uma área de mil hectares. Os recursos são oriundos do fundo social do banco e o financiamento é não reembolsável, isto é, a fundo perdido.

“Depois de encerrada essa primeira fase, a gente reavalia e vê se continua ou parte para outro tipo de ação”, disse hoje (1º) à Agência Brasil o chefe do Departamento de Meio Ambiente do BNDES, Eduardo Bandeira de Mello.

O superintendente da Área de Meio Ambiente da instituição, Sergio Weguelin, disse que o sucesso do programa poderá levar ao aumento da dotação. “Nós vamos agora ver o sucesso da iniciativa e sua implementação. E o banco pretende continuar fazendo esse processo. Ele não se encerra e nem se esgota nessa chamada”. Disse que, como se trata de recursos do fundo social do banco, a qualquer momento mais recursos podem ser alocados para outras chamadas.

“O que interessa é que o BNDES agora deu a partida a um processo de recuperação de Mata Atlântica”, disse Weguelin. Os projetos deverão apresentar, como área alvo, um mínimo de 50 hectares de extensão e máximo de 500 hectares. “A gente não quer entregar tudo para um projeto só”, afirmou o chefe do Departamento de Meio Ambiente.

São estabelecidas pelo programa algumas condições sociais. Entre elas, que a mão-de-obra para o projeto deve ser treinada e contratada na região de sua execução. Eduardo Bandeira de Mello estimou que a divulgação dos projetos selecionados nessa primeira chamada deve ser feita entre agosto e setembro próximos.

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Primeiro Fundo Estadual da Mata Atlântica é inaugurado no Rio de Janeiro

1 de Junho de 2009 - Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Para recuperar e ampliar a Mata Atlântica localizada em território fluminense foi inaugurado hoje (1º) o Fundo da Mata Atlântica do Rio de Janeiro, na sede do governo do estado, em Botafogo, zona sul da cidade. A experiência é pioneira e trabalhará com princípios de parceria público-privada.

O mecanismo financeiro e operacional foi desenvolvido pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), inspirado no projeto Arpa (Áreas Protegidas da Amazônia) e integra várias fontes de recursos, como doações e compensações ambientais de grandes empreendimentos.

A secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, informou que o fundo já conta com R$ 4 milhões: R$ 3,1 milhões por pagamento de compensação ambiental da empresa CSA e o restante por doações do Banco alemão KFW (R$ 508 mil) e do próprio Funbio. A expectativa da secretária é de que em quatro anos o fundo movimente cerca de R$ 70 milhões.

“Pelo número de novos empreendimentos no estado e como cada um deve destinar um percentual de compensação ambiental, que pode chegar a até 1,1% do valor do empreendimento, nós já temos uma ideia do valor que vai gerar em recursos só de compensação ambiental, sem falar de outras fontes.”

Segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, os recursos serão fundamentais na recuperação das unidades de conservação, como os Parques Estaduais dos Três Picos, na Região Serrana, de Cunhambebe, entre Mangaratiba e Angra dos Reis e de Ilha Grande, no sul fluminense.

Minc adiantou que no início de julho será lançado um Fundo Federal da Mata Atlântica.

“O fundo já vai começar com US$ 30 milhões que vêm de um resíduo de dívida externa com os Estados Unidos e em vez de pagá-la iremos investir esse dinheiro na proteção da Mata Atlântica. Ou seja, convertemos dívidas em preservação ambiental.”

Será disponibilizado ainda um site no qual a população poderá acompanhar a gestão dos recursos do fundo.

Para o presidente do Instituto Terra, Maurício Ruiz, o diferencial do fundo é dar transparência à aplicação dos recursos por compensação ambiental.

“Antes, as atas de investimentos de milhões de reais em projetos com recursos de conservação resumiam-se a cinco linhas, sem nenhuma satisfação para a sociedade civil ou participação dela. Esse instrumento online materializa essa proposta de transparência e a efetividade de aplicação dos recursos.”

De acordo com o secretário-geral do Funbio, Pedro Leitão, os governos da Bahia, do Pará e de Minas Gerais já demonstraram interesse em implantar um fundo similar em seus estados.

A Mata Atlântica cobre 17 estados do país, começando pelo Rio Grande do Sul até o Piauí. Esse tipo de vegetação já chegou a representar 15% do território brasileiro, mas hoje só restam 7% de mata, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente. Ao todo, há 860 unidades de conservação da Mata Atlântica, desde pequenos sítios até parques estaduais.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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