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LULA VAI PARTICIPAR PESSOALMENTE DE AÇÕES CONTRA DESMATAMENTO, DIZ MINC

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2009

2 de Junho de 2009 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Valter Campanato/Abr - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, comenta a avaliação do Inpe sobre o desmatamento na Amazônia
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai participar pessoalmente de ações da Operação Arco Verde, elaborada pelo governo para evitar o desmatamento a partir do estímulo de práticas sustentáveis na Amazônia e compensar pessoas que perderam emprego com o fechamento de empreendimentos ilegais na região.

De acordo com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, no dia 19 deste mês, uma espécie de caravana de ministros seguirá com o presidente para alguns dos 43 municípios que mais desmataram a Amazônia em 2008.

“Se por um lado aumentamos a repressão, fechando madeireiras, por exemplo, de outro temos que aumentar as alternativas para a população, senão a gente fica enxugando gelo”, argumentou o ministro hoje (2).

Segundo Minc, entre as ações de intensificação da Operação Arco Verde estarão a regularização fundiária de propriedades, a concessão de crédito para quem se comprometer a adotar métodos de produção sustentáveis, assistência técnica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para viabilizar agricultura de baixo impacto ambiental e o estabelecimento de preços mínimos para nove produtos extrativistas.

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Ativistas do Greenpeace são detidos ao realizar manifestação contra senadora Kátia Abreu

2 de Junho de 2009 - Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil - Fabio Rodrigues Pozzebom/Abr - Brasilia - Ativistas do Greenpeace são detidos ao realizar manifestação contra senadora Kátia Abreu, no Congresso Nacional
Brasília - Três ativistas da organização não governamental Greenpeace foram detidos há pouco no prédio do Senado quando realizavam uma manifestação pacífica contra a senadora Kátia Abreu (DEM-TO). Eles tentavam entregar uma faixa de “miss desmatamento” para a senadora, que é presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), mas foram impedidos por policiais legislativos.

De acordo com o coordenador da campanha contra o desmatamento do Greenpeace, Márcio Astrini, o ato foi organizado como protesto ao fato de a relatoria da Medida Provisória 458, que trata de regularização fundiária na Amazônia, ter sido entregue à senadora democrata.

“O movimento é contra tudo que ela [a senadora] representa para o agronegócio e o prêmio é que ela recebeu uma relatoria da MP 458.”

Ele acrescentou que a senadora, como representante do agronegócio, pode em seu relatório abrandar as leis de proteção ambiental.

Durante a manifestação, a polícia do Senado foi ao gabinete da parlamentar comunicá-la sobre o protesto, mas ela não recebeu os manifestantes.

Segundo Jadson Rodrigues, um dos policiais responsáveis por deter o grupo, os ativistas estavam "criando desordem na Casa e atrapalhando os trabalhos". Os manifestantes estão depondo na sala da Polícia do Senado.

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Inpe registra 197 km² de desmatamento na Amazônia em três meses

2 de Junho de 2009 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O desmatamento na Amazônia entre fevereiro e abril foi responsável pela perda de uma área de pelo menos 197 quilômetros quadrados (km²) de florestas, de acordo com relatório do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), divulgado hoje (2) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No entanto, por causa da alta cobertura de nuvens na região no período, o instituto reconhece que a “representatividade da análise é reduzida”, ou seja, a devastação pode ter sido muito maior.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o Inpe registrou 1.992 km² de desmatamento, houve queda de 90%. De acordo com o instituto, por causa das nuvens, os satélites só conseguiram observar cerca de 20% da Amazônia entre fevereiro e abril deste ano.

“O baixo índice de áreas de alerta detectadas deve-se à pouca oportunidade de observação devido à presença de uma extensa cobertura de nuvens sobre a região durante o trimestre, chegando a cobrir mais 88% da região no mês de março”, ressalta o relatório.

A maior parte do desmatamento – 143 km² – foi verificada em fevereiro, quando a cobertura de nuvens era de 80%. Em março, os satélites registraram 17,5 km² e em abril, 36,8 km² de novas áreas devastadas.

Os 197 km² de desmate foram registrados em Mato Grosso, Rondônia, Roraima e no Pará. De acordo com o Inpe, os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Tocantins e Maranhão não foram monitorados devido à alta proporção de cobertura de nuvens no trimestre.

Mato Grosso foi responsável por mais de 56% do desmatamento no período, com 111,8 km² de floresta a menos no estado em três meses. O Pará vem em seguida, com cerca de 25% – 50,9 km². Roraima aparece em terceiro, com 20,9 km² de desmate – 10,6% do total registrado no trimestre.

O Deter mapeia corte raso (derrubada total) e áreas em processo de desmatamento, a chamada degradação progressiva. O sistema serve de alerta para as ações de fiscalização e controle dos órgãos ambientais.

Como os meses analisados fazem parte do período chuvoso da região, o Inpe reuniu os dados em uma base trimestral “para assegurar melhor amostragem e representatividade espacial das análises”. A partir da análise do mês de maio, a divulgação dos alertas voltará a ser feita mensalmente.

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Frigoríficos rebatem acusações de relatório do Greenpeace

1 de Junho de 2009 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Os frigoríficos Bertin e JBS, citados hoje (1°) no relatório da organização não governamental Greenpeace como alguns dos maiores responsáveis pelo desmatamento da Amazônia, rebateram as informações do documento e afirmaram que adotam critérios sustentáveis na compra de matérias-primas.

O Bertin, um dos maiores vendedores de couro do mundo argumentou, por meio de nota, que obedece “estritamente” a legislação ambiental e brasileira e que tem um programa para compra de gado que considera critérios socioambientais dos fornecedores.

“Todos são legais e não constam nem da lista suja – do Ministério do Trabalho, que condena práticas semelhantes à escravidão – nem da lista de propriedades embragadas publicada pelo Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis]”, de acordo com a nota. A empresa afirma ainda que já excluiu pelo menos 165 fornecedores que estavam em uma das duas listas.

Em relação ao couro comercializado pela empresa, 82,5% vêm de unidades próprias, segundo a Bertin. O restante, 17,5%, vêm de outros frigoríficos que a empresa diz que vai investigar para verificar a existência de possíveis irregularidades ambientais. “Caso haja situações irregulares, haverá interrupção imediata do acordo comercial entre a Bertin e estes fornecedores”, aponta.

A JBS, que segundo o Greenpeace lidera as vendas mundiais de carne, também argumentou que não compra matéria-prima de propriedades que praticam crime ambiental.

“Antes de adquirir gado de qualquer pecuarista a JBS consulta a lista de fornecedores no site do Ibama. Caso algum fornecedor esteja listado por praticar qualquer tipo de desmatamento ilegal, a JBS cancela qualquer tipo de relação comercial”, afirmou em nota.

A empresa cita o pacto assinado em 2008 pelo financiamento, produção, uso, distribuição, comercialização e consumo de produtos da pecuária vindos da Amazônia para a cidade de São Paulo como um exemplo da “responsabilidade ambiental” do grupo.

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Greenpeace: pecuária é o principal responsável pelo desmatamento na Amazônia

1 de Junho de 2009 - Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - Após três anos de investigações, a organização não governamental Greenpeace concluiu um estudo que mostra que a indústria da pecuária nacional é a maior responsável pelo desmatamento da Amazônia. Segundo o documento, marcas de produtos conhecidos contribuem involuntariamente para esse processo.

O relatório Farra do Boi na Amazônia conclui que o governo brasileiro, apesar de responsável por zelar pela preservação da floresta, também colabora para a destruição ao conceder financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas do setor de carnes.

“No momento em que a empresa investe na região amazônica e monta uma unidade que tem capacidade de abate de milhares de animais por dia, ela está sinalizando para os produtores que eles podem desmatar e ampliar sua produção porque vão comprar esses animais”, disse André Muggiati, um dos coordenadores do Greenpeace.

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou que a acusação do Greenpeace não é verdadeira. “Quero que o Greenpeace reconheça que o BNDES só apóia projetos que têm total compromisso com o desenvolvimento”, afirmou ele, após participar da cerimônia de abertura da 25a Feira Internacional da Indústria Eletrica Energia e Automação FIEE.

Coutinho informou que ainda não conhece o estudo do Greenpeace e precisa analisar o relatório, mas considera a avaliação injusta porque o BNDES tem controle dos grandes projetos e mantém esse compromisso.

Segundo Muggiatti, três frigoríficos que contribuem para o desmatamento na Amazônia são o Bertin, JBS e Marfrig. O relatório aponta que essas três empresas são responsáveis por 50% das exportações das carnes brasileiras e receberam a maior parte dos US$ 2,65 bilhões financeiros pelo BNDES, entre 2007 e 2009, para cinco grandes frigoríficos. Procurados pela Agência Brasil, Bertin e JBS deram respostas por meio de nota oficial. O Marfirg não se manifestou. .

O Bertin é uma das maiores vendedoras de couro do mundo. O JBS lidera as vendas mundiais de carne mundial. O Marfrig ocupa a quarta posição no ranking de comercialização de carne no mundo. O relatório do Greenpeace diz ainda que a expansão da pecuária está concentrada na Amazônia, onde 80% de todas as áreas desmatadas são ocupadas pela atividade. O relatório descreve ainda os produtos que foram investigados pelo Greenpeace, como calçados chineses e estofamentos de veículos.

Mugiatti afirmou que o objetivo é chegar ao desmatamento zero até 2015 e, para isso, o Greenpeace pressionará as empresas para que elas assumam esse compromisso. “Se as empresa negociarem, concordarem e adotarem posturas sérias para limpar sua linha de suprimentos e sua cadeia de custódia, a negociação será suficiente. Senão vamos ter que usar mais mecanismos de pressão, como a exposição desse escândalo no mundo todo.”

O diretor da campanha da Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário, explicou que a entidade já entrou em contato com empresas no exterior perguntando se elas comercializam produtos vindos da destruição da Amazônia. Segundo ele, boa parte delas disse desconhecer que compram produtos vindos da Amazônia. “Elas compram produtos vindos de outras partes do mundo, sem saber que esses países já importaram do Brasil, dessas empresas que estão na Amazônia. O que fizemos foi contatar as empresas para que procurem os seus fornecedores.”

Adário reforçou que o papel do Greenpeace é alertar as empresas, os consumidores, a população, a opinião pública e os governos a agir. “Esperamos que essas denúncias sejam suficientes para chamar essas empresas para uma atuação responsável porque elas correm o risco de perder competitividade. A pressão virá inicialmente das empresas consumidoras de produtos brasileiros”.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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