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MARINA SILVA PEDE VETOS À MP DE REGULARIZAÇÃO
DE TERRAS PÚBLICAS DA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2009

4 de Junho de 2009 - Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A aprovação da Medida Provisória 458, que trata da regularização fundiária de terras públicas da Amazônia Legal, foi considerada pela ex-ministra do Meio Ambiente senadora Marina Silva (PT-AC) como um “imenso retrocesso” à política ambiental do país.

Hoje (4), a petista encaminhou uma carta aberta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva com pedido para que ele vete três artigos da MP.

Aprovada ontem (3) pelo plenário do Senado depois de mais de cinco horas de discussões, a MP seguirá para sanção presidencial já que o texto vindo da Câmara dos Deputados não sofreu alterações.

Para Marina Silva, os objetivos de “estabelecer direitos, promover justiça e inclusão social” foram distorcidos após a tramitação da MP na Câmara e a inclusão de emendas ao texto originário do Executivo. “[A MP] representa um imenso retrocesso do ponto de vista dos avanços da regularização fundiária que, timidamente, começava a acontecer”, avaliou Marina Silva.

Na carta encaminhada a Lula, a ex-ministra pede que os Incisos 2 e 4 do Artigo 2º, o Artigo 7º e o Artigo 13º sejam vetados. Para a senadora, o Artigo 2º precisa ser vetado pois permite que a grileiros que colocaram “laranjas” em suas terras tenham, agora, a regularização das áreas concedidas pela União.

Já o Artigo 7º, destacou a senadora, amplia "extraordinariamente" as possibilidades de legalização de terras griladas, permitindo a transferência de terras da União a pessoas jurídicas, para quem já possuiu propriedades rurais e para ocupação indireta.

O último pedido de veto trata do processo de fiscalização das áreas que serão regularizadas. De acordo com o texto da MP aprovado ontem, e questionado pela ex-ministra, caberá ao próprio ocupante declarar as condições do imóvel.

Na avaliação de Marina Silva, o texto aprovado pelo Congresso “não separa o joio do trigo” e será um estímulo à grilagem. “Da forma como foi aprovada [a MP], é a legalização da grilagem, não separa o joio do trigo e cria uma anomalia no princípio da Justiça, dos critérios constitucionais da impessoalidade, transparência e probidade”, afirmou.

De acordo com ela, a MP também permitirá que grandes proprietários de terras na Amazônia obtenham lucros e estimula o processo de desmatamento com a legalização proposta. Isso porque a MP fixa prazo de três anos para venda dos grandes terrenos, entre 400 e 1.500 hectares, e de dez anos para os pequenos, com até 400 hectares.

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Atores pedem a Lula criação de PAC ambiental

4 de Junho de 2009 - Carolina Pimentel - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Representantes do movimento Amazônia para Sempre, os atores Victor Fasano e Christiane Torloni, pediram hoje (4) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a criação de um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ambiental. Eles entregaram ao presidente o manifesto Amazônia para Sempre que reúne mais de um milhão de assinaturas pedindo a preservação da floresta.

Para o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o encontro dos artistas com o presidente foi emblemático no momento em que a política ambiental é atacada.

“Acho que o presidente ficou muito sensibilizado e neste momento tão difícil que estamos vivendo em relação aos ataques à legislação ambiental, quero dizer que foi completamente estratégico, porque fez a diferença”, disse Minc, depois do encontro no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória da Presidência da República.

Os artistas criticaram a aprovação ontem (3), no Senado, da Medida Provisória 458 que regulariza propriedades na Amazônia Legal. A MP permite à União transferir, sem licitação, terrenos de até 1,5 mil hectares, aos ocupantes dessas áreas. O texto enviado pelo Executivo sofreu alterações no Congresso Nacional e agora segue à sanção presidencial.

Mas, segundo Christiane Torloni, a sociedade vai se levantar contra a medida. “Não é uma coincidência. Desde a [saída da] ministra Marina Silva, começou a se apertar o cerco. A gente não pode dar terra a laranja, a grileiro”, protestou a atriz, referindo-se à saída, em 2008, de Marina Silva do comando do ministério do Meio Ambiente.

O ministro disse que não pediu ao presidente Lula vetos à medida provisória, mas debaterá o assunto com outros ministros, como Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário.

Os artistas aproveitaram o evento para reivindicar desmatamento zero da floresta até 2015 e para pedir que a União continue responsável pela formulação da política ambiental.

O presidente Lula assinou o manifesto levado pelos artistas na véspera da comemoração do Dia do Meio Ambiente. Ele e Minc viajarão amanhã (5) para Abrolhos e Caravelas, na Bahia, onde anunciarão a criação de quatro unidades de conservação ambiental.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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