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ONGs DIVULGAM LISTA DOS AMIGOS E INIMIGOS DA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2009

5 de Junho de 2009 - Roberta Lopes* - Repórter da Agência Brasil - Elza Fiúza/Abr - Brasília - Ambientalistas divulgam lista dos vencedores do Prêmio Parlamentares Amigos e Inimigos da Amazônia 2009, que tem o objetivo de divulgar os nomes dos deputados federais e senadores que se destacaram na defesa da Amazônia
Brasília - Organizações não governamentais divulgaram hoje (5) a lista dos parlamentares amigos e inimigos da Amazônia. A lista que tem sua primeira edição neste ano foi organizada pelo Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, que reúne mais de 600 entidades.

Segundo coordenador de políticas públicas do Instituto Socioambiental (ISA), Raul do Valle, a lista é para conscientizar o sociedade sobre quem são os parlamentares que atuam em defesa do meio ambiente. “É uma forma de dar subsídio para que os cidadãos saibam quem está atuando em defesa ou contra a Amazônia e para mostrar aos parlamentares que a sociedade está atenta e para que eles possam refletir sobre o que estão fazendo de bom ou de ruim”, explicou.

A lista foi dividida em duas categorias: amigos e inimigos da Amazônia. Nestas categorias, há duas subcategorias: "espécies nativas" (parlamentares da região amazônica) e "exóticas" (aqueles de estados que não fazem parte da região amazônica).

Entre os amigos, as "espécies nativas" são a senadora Marina Silva (PT-AC), o senador Jose Nery (PSOL-PA) e o deputado Sarney Filho (PV-MA). No grupo de amigos e exóticos, estão os senadores Aloizio Mercadante (PT-SP), Cristovam Buarque (PDT-DF), Renato Casagrande (PSB-ES) e deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

Valle explicou que a lista avalia “o conjunto da obra” de cada parlamentar, seja um projeto de lei ou uma ação pública defendendo ou prejudicando o meio ambiente. Segundo ele, um dos pontos que pesou na escolha dos deputados foi a votação da Medida Provisória 458, que regulamenta a questão fundiária na amazônia. Valle disse que essa medida, na verdade, regulamenta a grilagem de terra na Amazônia.

“A proposta de legalizar terras para pessoas jurídicas, ocupantes indiretos, ou seja, pessoas que moram em São Paulo ou no Rio Grande do Sul e mantém prepostos, empregados ou capangas na terra. Eles vão conseguir terras públicas. Entendemos que essa medida vai contra os princípios de democratização do acesso à terra e de combate ao desmatamento ilegal”, disse.

A lista dos inimigos incluiu, entre outros parlamentares, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) e os deputados Asbrubal Bentes (PMDB-PA) e Valdir Colato (PMDB-SC).

O deputado Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) afirmou que as entidades responsáveis pelo “prêmio” não tem legitimidade para dizer quem é amigo ou inimigo da floresta. “Eu sou um amazônida, nascido e criado na região, ao contrário dessas entidades, que não têm autoridade nem legitimidade. Quem tem que dizer isso é o povo da Amazônia”, rebateu.

Em relação à Medida Provisória 458, relatada por ele na Câmara e aprovada ontem (4) no Senado, e que segundo as entidades justifica a entrega do prêmio ao deputado, Bentes afirmou que as entidades desconhecem o texto ou agiram de má-fé na interpretação. “Com a MP, o governo vai tirar da ilegalidade 1,5 milhão de pessoas que vivem na Amazônia”, argumentou.

Outro “inimigo da Amazônia”, na avaliação das ONGs, o deputado Valdir Collato, disse que desconhece a premiação e as entidades que organizaram o ato. “Essas pessoas não tem mandato nem representação legal para falar em nome de ninguém”, respondeu.

Colatto acusou as ONGs de agir contra parlamentares para ganhar espaço na mídia e afirmou que os maiores desmatadores da Amazônia são militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).

“Esse pessoal de ONG têm que ir em uma fazenda minha em Vilhena (RO), onde durante 30 anos eu preservei, não cortei uma árvore e depois o MST chegou lá e derrubou tudo. Eu fiz até um dossiê sobre isso e mostrei para o Minc [Carlos Minc, ministro do Meio Ambiente], esse falastrão, e ele não fez nada com esses que são os verdadeiros desmatadores da Amazônia”, relatou.

O coordenador de políticas públicas do ISA afirmou ainda que o prêmio Amigos e Inimigos da Amazônia será entregue em uma cerimônia para cada um dos parlamentares que fazem parte da lista. A data ainda não foi definida.

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Ambientalistas criticam mudanças na legislação ambiental

5 de Junho de 2009 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - No Dia do Meio Ambiente, 22 entidades ligadas à defesa de causas ambientais criticaram as mudanças da legislação ambiental brasileira, em curso no Congresso Nacional. Ontem (4), o Senado aprovou a Medida Provisória 458, que facilita a regularização fundiária na Amazônia – e já foi chamada pelos ambientalistas de “MP da Grilagem”.

“Com pesar, esta não é uma ocasião para se comemorar. É sim momento de repúdio à tentativa de desmonte do arcabouço legal e administrativo de proteção ao meio ambiente arduamente construído pela sociedade nas últimas décadas”, afirmam as entidades em nota, entre elas o WWF, o Greenpeace e o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).

As organizações consideram que as medidas já aprovadas ou em tramitação, como as tentativas de mudança no Código Florestal, “demonstram claramente que a lógica do crescimento econômico a qualquer custo vem solapando o compromisso político de se construir um modelo de desenvolvimento socialmente justo, ambientalmente adequado e economicamente sustentável”.

A nota cita ainda unidades de conservação que estão engavetadas na Casa Civil e o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 19 que fixou teto de 0,5% do valor da obra para compensação ambiental de grandes empreendimentos.

O grupo defende iniciativas como o Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE) Verde, que premia financeiramente os estados que possuam unidades de conservação ou terras indígenas, e a criação de um marco legal para energia alternativa. Essas propostas, segundo as entidades, estão parados no Congresso à espera de votação na Câmara ou no Senado.

“Queremos andar para frente, e não para trás. Convocamos todos os cidadãos brasileiros a refletirem sobre as opções que estão sendo tomadas por nossas autoridades nesse momento, e para se manifestarem veementemente contra o retrocesso na política ambiental e a favor de um desenvolvimento justo e responsável”, defendem.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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