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PROCURADORES PEDEM VETO A ARTIGOS DE MP QUE REGULARIZA TERRAS NA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2009

15 de Junho de 2009 - Leandro Martins - Repórter da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - Procuradores que atuam na Amazônia entregaram na última semana um documento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para pedir que vete artigos da Medida Provisória 458 que trata da regularização de terras na região e foi aprovada pelo Congresso Nacional no último dia 3.

O documento foi assinado por 37 representantes do Ministério Público Federal que atuam nos estados do Pará, Amapá, Acre, de Rondônia, Mato Grosso, do Tocantins e de Roraima.

Daniel Avelino, um dos procuradores que assinaram o documento, atua há dois anos e meio em Belém e no sudeste do estado do Pará e afirma que o texto original da medida provisória sofreu muitas alterações na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

Para ele, a aprovação do texto pelo presidente com essas mudanças pode aumentar a quantidade de conflitos sociais e de problemas com a Justiça.

"O que o governo está fazendo é unicamente legitimando todo esse processo de exclusão e de pressão, seja sobre a floresta, seja sobre populações tradicionais, seja sobre quilombolas, seja sobre indígenas."

O procurador afirma que o Ministério Público também quer a regularização fundiária na Amazônia. Mas, para ele, o governo não tem estrutura de fiscalização adequada para colocar essa medida em prática. Avelino acrescenta um argumento que ouviu da senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, de que o governo federal está transferindo para particulares bens da União que equivalem a quatro vezes o patrimônio do Banco do Brasil.

"O principal alvo de críticas é o fato de você possibilitar que pessoas que desenvolveram sua atividade de forma ilegal, cometendo crimes de violência agrária, envolvendo ameaças, envolvendo violência física, como nós podemos citar aqui o caso da irmã Dorothy, possam se beneficiar da regularização fundiária proposta pelo governo."

Em nota, o relator da MP na Câmara dos Deputados, deputado Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) afirma que não aceita a alegação de que a medida beneficia grileiros e propicia o aumento do desmatamento. Bentes justifica que texto acrescido por ele ao Artigo 1º da MP estabelece que somente uma área ocupada poderá ser regularizada, quer para pessoa natural, quer para pessoa jurídica.

Bentes afirma que a medida vai transformar pequenos e médios posseiros em pequenos proprietários e que áreas acimas de 1.500 hectares só poderão ser adquiridas com o pagamento pela terra.

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Supermercados suspendem compra de carne de frigoríficos acusados de desmatamento na Amazônia

15 de Junho de 2009 - Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - Três redes de supermercados de âmbito nacional - Pão de Açúcar, Carrefour e Wal-Mart - decidiram suspender, desde a semana passada, a compra de carne de onze frigoríficos localizados em áreas apontadas como de desmatamento na região amazônica. Segundo nota conjunta, os três grupos repudiam atos contrários à lei e que causem danos ao meio ambiente.

“Como medida adicional, as três redes solicitarão, ainda, um plano de auditoria independente e de reconhecimento internacional que assegure que os produtos que comercializam não são procedentes de áreas de devastação da Amazônia”, informa o comunicado conjunto das três redes.

As três empresas informam que não "adquirem mercadorias que não foram inspecionadas e liberadas pelo Serviço de Inspeção Federal [S.I.F.], órgão do Ministério da Agricultura, e que não estejam acompanhadas da respectiva Guia de Trânsito Animal [G.T.A.] de validade e arquivada nas Indústrias Fornecedoras de Carne Bovina”, informa a nota.

Os três varejistas, além de outras 68 empresas revendedoras de derivados do boi e fabricantes que utilizam o boi como matéria-prima para seus produtos, foram notificados pelo Ministério Público Federal (MPF) no Pará e alertados a evitarem a venda de produtos que tenham origem nas áreas apontadas pelo Greenpeace em seu estudo A Farra do Boi na Amazônia, divulgado há duas semanas.

Segundo a assessoria de imprensa do MPF, as notificações fazem parte das ações realizadas para “desmanchar a cadeia produtiva que lucra com a devastação ambiental”. O MPF informou ainda que foram propostas 21 ações que pedem o pagamento de R$ 2,1 bilhões em indenizações por danos ambientais à sociedade brasileira.

Ao mesmo tempo a International Finance Corporation (IFC), ligada ao Banco Mundial, anunciou que cortou o financiamento de R$ 90 milhões ao grupo Bertin, o maior frigorífico do país e apontado como um dos responsáveis por ações que contribuem para a devastação na Amazônia.

Entretanto, segundo informações da porta-voz da IFC no Brasil, Karina Manasseh, o acordo para suspender a parceria foi firmado na primeira semana de maio, sem nenhuma influência do relatório do Greenpeace. A divulgação só aconteceu na semana passada porque foi nesse período que a diretoria da IFC foi comunicada sobre o fim da parceria.

“A IFC está comprometida com a sustentabilidade no setor de carne na região e vai continuar atuando junto a um grupo diverso de partes interessadas a fim de desenvolver incentivos de mercado visando a melhoria de padrões sociais e ambientais e o auxílio de soluções baseadas em mercado para responder aos desafios do setor. A IFC continua comprometida em promover a sustentabilidade no setor de carne bovina do Brasil e continuará a trabalhar com o Grupo de Trabalho da Pecuária”, afirmou Karina Manasseh.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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