Panorama
 
 
 

PROJETO ESTUDA IMPACTOS DO USO DO FOGO NA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2009

(15/06/2009) Para medir os efeitos do processo de derruba e queima da floresta em ecossistemas amazônicos, a Embrapa Acre, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal do Acre (Ufac), Universidade de Brasília (UnB), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade de Washington entre outras instituições nacionais e internacionais, executam em parceria o projeto Combustão de Biomassa da Floresta Amazônica.

Coordenado pelo Departamento de Energia da Faculdade de Engenharia da Unesp (campus de Guaratinguetá), o projeto é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e contempla os estados do Acre e Mato Grosso. Serão investidos mais de dois milhões de reais em pesquisas voltadas para o estudo de parâmetros relativos à combustão de biomassa e suas emissões na Amazônia. O desenvolvimento do projeto ocorrerá associado a outras pesquisas em andamento na mesma área de conhecimento.

Sistematizar informações sobre o uso do fogo associado ao desmatamento para atividades agropecuárias e florestais na Amazônia tem sido uma das grandes preocupações da pesquisa científica nos últimos anos. “Uma das prioridades do projeto é estudar os efeitos da retirada da floresta e do uso do fogo sobre aspectos bióticos (saúde humana, vegetação, anfíbios e répteis, fungos de solo) e abióticos do ambiente (dinâmica de estoques de nutrientes, dinâmica e fatores de emissão e eficiência de combustão do fogo, emissões de gases de efeito estufa, poluição atmosférica)”, explica o pesquisador da Embrapa Acre, Falberni de Souza Costa, coordenador da pesquisa no Estado.

No período de 22 de junho a 14 de julho, pesquisadores da Unesp e Inpe visitam o Acre para, junto com a equipe acriana, delimitar a área experimental do projeto no Vale do Juruá (Cruzeiro do Sul) e iniciar as atividades de pesquisa. O grupo de especialistas também realiza palestras para técnicos e produtores de Cruzeiro do Sul e Rio Branco sobre os objetivos da pesquisa e resultados esperados.

Finalidade científica

A pesquisa será desenvolvida em três fases, começando pela caracterização da área para implantação do experimento. O segundo momento inclui a derrubada e queima controlada da floresta e, por último, serão realizados estudos para comparação com os dados obtidos na primeira fase da pesquisa. Além de Cruzeiro do Sul, Alta floresta (MT), também participa do projeto, por se tratar de uma região de transição entre os biomas cerrados e Amazônia. A área de pesquisa no Baixo Acre está em fase de seleção, com uso previsto para 2012. Em cada local serão utilizados quatro hectares como área experimental.

Costa destaca que a pesquisa será realizada obedecendo à legislação estabelecida por órgãos de controle ambiental, além de cuidados necessários para garantir a segurança no entorno das áreas experimentais. “Neste caso específico, a queimada terá finalidade científica, com resultados inéditos para o Acre”.

Ainda segundo o pesquisador, a geração de indicadores de impactos do fogo no ambiente, como, por exemplo, a emissão de gases de efeito estufa, está entre os resultados esperados para o projeto. Esta e outras informações poderão subsidiar o governo do Acre na formulação de políticas públicas voltadas para o controle das queimadas no Estado.
Pesquisador Falberni de Souza Costa
Embrapa Acre

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Programa de biodiesel na Paraíba beneficiará 31 municípios

(17/06/2009) Dalmo Oliveira A Embrapa Algodão reafirmou seu compromisso com a demais instituições que compõem o grupo de trabalho técnico na Paraíba do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PPNPB) na manhã de terça-feira, (16), durante a quarta reunião oficial do GT, ocorrida no auditório da estatal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no bairro do Centenário, em Campina Grande. O programa beneficiará 31 municípios nos pólos Borborema e Mata Norte.

“Estamos prontos com nossa equipe de pesquisadores para dar o suporte necessário para que o programa avance na Paraíba”, declarou o agrônomo Napoleão Beltrão, chefe geral da Embrapa no estado. Ele defendeu ainda a inclusão do algodão herbáceo para compor com a mamona as opções para o programa no grupo de oleaginosas a serem cultivadas para a extração de óleo visando produção de biocombustíveis.

“A BRS Aroeira é um algodoeiro com alto teor de óleo e pode se encaixar perfeitamente no programa, além de ser uma cultura bem menos exigente que o girassol”, justificou Beltrão, defendendo também o disciplinamento dos cultivos, com utilização de plantio em curvas de nível e outras técnicas, visando o maior aproveitamento das áreas e a preservação dos solos.

A Embrapa deve continuar colaborando também com o processo de capacitação de produtores de mamona para a multiplicação de sementes certificadas, como o que já vem ocorrendo na parceria com a Cooperativa Agroindustrial do Compartimento da Borborema (Copaib), com sede em Pocinhos, que produziu até fevereiro sob encomenda da Embrapa Algodão cerca de 20 toneladas de sementes de mamona das variedades 149 Nordestina e Paraguaçu e possui uma demanda de 140 toneladas para os próximos meses.

O PPNPB é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), com a gestão operacional da Obra Kolping do Brasil. O GT conta com a participação de vários órgãos estatais e da sociedade civil, como a Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão (Seplag), Secretaria do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba S. A. (Emepa), Emater, Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura no Estado da Paraíba (Fetag-PB), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Petrobras, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, entre outros.

Segundo Lúcia Maria Canuto Bandeira, consultora da Obra Kolping do Brasil que supervisiona o PPNPB nos estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Piauí, o programa pretende aumentar em até oito vezes a produção de oleaginosas na região. Ela explica que a idéia é beneficiar agricultores familiares envolvidos no processo produtivo, com garantia de compra de toda a produção e de preços mínimos. “Estamos estimulando que projetos pequenos sejam articulados na composição de projetos maiores, gerenciados por um único parceiro, para terem mais chance de ser aprovados pelo MDA”, comenta.

No pólo Mata Norte os municípios paraibanos contemplados serão Santa Rita, Cruz do Espírito Santo, Sapé, Sobrado, Riacho do Poço, Mari, Capim, Cuité de Mamanguape, Mamanguape, Itapororoca, Lucena, Rio Tinto, Marcação, Curral de Cima, Baía da Traição, Jacaraú e Mataraca. No pólo Borborema, as cidades são Campina Grande, Puxinanã, Lagoa Seca, Massaranduba, Serra Redonda, Matinhas, Remígio, Algodão de Jandaíra, Serraria, Pilões, Casserengue e Solânea.

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Óleo de fritura pode virar biodiesel

(18/06/2009) O projeto “Sistema produtivo de biodiesel a partir de misturas de óleos vegetais virgens e usados”, proposto pela Embrapa Agroenergia, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento foi aprovado pela Financiadora de Estudos e Projetos, FINEP, no início do mês de junho, com valor de 2,5 milhões de reais.

Com tecnologia voltada à produção de biodiesel será reaproveitado o óleo de fritura usado em bares e restaurantes de Brasília pra abastecer parte da frota local. Esta é a proposta a ser executada durante os três anos do projeto, de acordo com o líder do projeto e pesquisador da Embrapa Agroenergia, José Dilcio Rocha.

Para isso, a Embrapa e a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) irão desenvolver o projeto, em parceira com a Emater/DF, Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília e a Centro Federal de Educação Tecnológica de Brasília (CEFET/DF). A preocupação maior da Embrapa e dos parceiros é evitar a contaminação das estações de tratamento de água, visto que, grandes volumes de recursos são gastos com produtos químicos para neutralização dos óleos residuais provenientes de frituras que chegam aos esgotos. A eliminação destes resíduos proporcionará redução de custos com o tratamento de água, além de significativo ganho para a sociedade visto que elimina-se um passivo ambiental resultante da emissão de produtos químicos ao meio ambiente. “A idéia da reciclagem é tirar o produto do esgoto”, afirma o pesquisador.

O aproveitamento do óleo residual de fritura será transformado em combustível, misturado a óleos provenientes da agricultura familiar do entorno do Distrito Federal, a partir de oleaginosas como girassol, soja e mamona, formando o biodiesel. Nesta proposta, também está incluída a construção de uma fábrica escola, no Instituto Federal de Educação, financiada pela Finep, com capacidade de processamento de até 5 mil litros/dia. A proposta também tem como desafio desenvolver uma logística viável de coleta do óleo usado.

Hoje no DF

De acordo com Dilcio, O descarte de óleos de frituras do saturados na rede de esgotos do Distrito Federal é grande, o que ocasiona constantes entupimentos na rede, bem como o aumento da poluição de cursos d’agua e aumento no custo final no tratamento dos efluentes. A estimativa é que atualmente quatro milhões de litros de óleo sejam consumidos por ano e despejados na rede de esgotos do DF.

A implementação desse projeto, salienta o pesquisador, dará uso ao óleo residual como biodiesel e a substituição parcial do diesel em frotas que circulam nas ruas do DF. Além disso, proporciona oportunidades para agricultura familiar na produção de óleos vegetais como matéria-prima para o biodiesel.
Daniela Garcia Collares

 
 

Fonte: Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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