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UNIFICAÇÃO DE CADASTRO AMBIENTAL E FUNDIÁRIO CONTERÁ AVANÇO DO DESMATAMENTO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2009

16/06/2009 - Paulenir Constâncio - Para conter e monitorar o avanço do desmatamento na Amazônia o governo precisa de um cadastro integrado e eficiente, capaz de identificar proprietários e posseiros e exigir o cumprimento das medidas previstas na legislação ambiental. Para isso, técnicos dos ministérios do Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário, representantes de secretarias estaduais, BNDES e ONG, reuniram-se nesta terça-feira (16), na Universidade de Brasília.

Eles buscam uma forma de unificar os cadastros ambiental e fundiário. "O processo já está avançando em alguns estados e o principal resultado da oficina foi a conclusão de que já se caminha para uma integração", afirmou o diretor do Departamento de Articulação de Ações da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente, Mauro Pires.

O cadastramento integrado começará pelos 43 municípios responsáveis por 55% do desmatamento na Amazônia. Quando estiver pronto, o cadastro vai permitir a órgãos licenciadores agilizar seu trabalho com relação às atividades rurais na região. Segundo Mauro Pires, alguns estados já estão bastante avançados na questão. Ele citou o Mato Grosso, onde já existe um programa específico voltado para a regularização fundiária e ambiental das propriedades. No Pará, o processo também está em andamento. Os dois estados lideram a lista dos municípios que mais desmatam. Rondônia também já avançou na solução do cadastramento, segundo explica.

Como resultado da oficina, o grupo vai elaborar um documento com recomendações aos órgãos dos governos estaduais e federais para a implementação da integração dos cadastros.

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Minc esclarece participação em evento sobre droga

16/06/2009 - Carlos Américo - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse nesta terça-feira (16) na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, em Brasília, que em sua participação na Marcha da Maconha ele defendeu mudanças na legislação para que o usuário e o dependente sejam tratados como problemas de saúde pública e não como criminosos. Ele esclareceu que em nenhum momento incentivou a desobediência da lei ou incentivou o uso, por isso não fez apologia a droga.

"Essa questão de apologia carece de fundamentos por uma razão muito simples: eu defendo mudanças na legislação e não o descumprimento da legislação", ressaltou Minc, que é autor de lei do Rio de Janeiro de 2003 sobre a prevenção, tratamento e outros direitos fundamentais do usuário. A convocação do ministro Carlos Minc para falar sobre sua participação na marcha foi proposta pelo deputado Laerte Bessa. A passeata foi realizada no dia 9 de maio com autorização da Justiça.

Segundo Minc, a posição de tratar a questão do uso da maconha como de saúde pública é acompanhada por outros ministros, como o da Saúde, José Gomes Temporão, e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Minc ressaltou que a descriminalização deve caminhar junto com o combate ao tráfico de drogas e outras políticas, como de educação. O ministro Carlos Minc afirmou não defender o uso e não vê benefícios, mas sabe do sofrimento e da dificuldade física, psicológica e social do dependente.

Durante seis anos Minc organizou um fórum permanente para debater políticas sobre drogas. Entre os participantes estavam juízes, secretários de seguranças públicas e de políticas contra drogas.

O ministro ainda falou aos parlamentares sobre a legalização da maconha. Ele defendeu a legalização da maconha por ter, segundo suas pesquisas, os mesmos efeitos ao usuário que o cigarro e o álcool. Ele acredita que não é a legalização que vai levar ao aumento do consumo e citou os trabalhos de educação nas embalagens de cigarro que ajudam na redução do uso. Entretanto, Minc salientou que essa posição não é única e correta e sim mais um ponto para debates sobre drogas, que é um problema mundial.

A prisão do usuário não é solução para resolver o problema. Para Minc, é preciso trabalhar na busca de soluções mais avançadas sobre o assunto, com a participação da igreja, da família e da escola, com preservação. Segundo ele, muitas vezes o usuário não procura ajuda especializada por temer ser identificado como criminoso. "Os usuários e dependentes devem ser tratados não como criminosos mas como pessoas humanas que têm que ter a sua dignidade preservada, com direito à recuperação e inserção social", ressaltou

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Minc participa de operação de combate à pesca ilegal da lagosta no Ceará

17/06/2009 - Paulenir Constâncio - O ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, participou, nesta quarta-feira (17), no município cearense de Aquiraz, de operação que resultou na queima de 600 km de redes de pesca do tipo caçoeira, utilizadas na pesca predatória. O material foi apreendido nos últimos três anos no litoral do estado em ações de combate a crimes ambientais, que resultaram também na apreensão de três toneladas de pescado.

"Temos de coibir o crime ambiental, mas precisamos também alertar o consumidor", destacou Minc durante a operação, afirmando que se o pescador vai para o mar trabalhar mesmo sabendo da proibição é porque tem mercado, existe gente que compra e que consome a lagosta. A operação foi realizada na Cerâmica Tavares, que emprega casca de coco e restos de corte de madeira em seus fornos. "Isso mostra que é possível buscar alternativas de sustentabilidade", disse Minc.

Citando recente decisão do Ministério Público proibindo as grandes redes de supermercados de comprarem carne de frigoríficos que abatem gado adquirido de pecuaristas que exercem a atividade ao arrepio das leis ambientais, o ministro afirmou que o consumidor agora está mais exigente e se une ao estado na punição aos crimes ambientais. "A melhor punição para a atividade predatória e que prejudica a natureza é ninguém consumir carne que venha de criação ilegal de gado na Amazônia", adicionou o ministro.

Minc destacou que os grandes exploradores desse mercado devem ser punidos, mas para o pescador artesanal vai propor que o estado proporcione uma alternativa que lhe garanta o sustento quando a pesca estiver limitada ou proibida. Segundo o ministro, a Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca e o Ministério do Meio Ambiente vão incentivar o consumo do pescado. "Queremos dobrar a produção, mas 90% do pescado terá de vir da aquicultura e piscicultura".

A resex de Prainha do Canto Verde, recém-criada em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente (5/6), foi lembrada por Minc como exemplo de atividade sustentável que o governo pretende implantar para substituir atividades predatórias e danosas ao meio ambiente.

A operação em Fortaleza foi deflagrada em 2003 pela Superintendência Regional do Ibama do Ceará. Segundo o superintende João Juvêncio, a fiscalização vem contando com diversas parcerias no estado, principalmente das populações da costa. "Principalmente o cidadão, já que não dá para colocar um fiscal em cada lugar", acrescentou Juvêncio. Participou também da operação o assessor especial do MMA, José Mauricio Padrone.

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Probio II realiza primeira reunião anual

17/06/2009 - Lúcia Leão - Os dez parceiros do Probio II realizaram, nesta quarta-feira (17), na Secretaria de Biodiversidade e Florestas, sua primeira reunião anual que teve por objetivo afinar a operacionalização de cada uma das ações e garantir a correta execução dos recursos financeiros, de forma a alcançar os objetivos do programa. Ao longo dos próximos seis anos ele investirá US$ 95,5 milhões US$ 22,5 do Banco Mundial e US$ 75 milhões do governo e do setor privado brasileiros em iniciativas que contemplem a conservação da biodiversidade no setor produtivo e em políticas setoriais do governo federal.

O Probio II, por definição, apóia projetos que tenham o objetivo de harmonizar a produção econômica - inclusive em áreas de grande impacto com a conservação ambiental e que tratem a biodiversidade como tema transversal de todas as políticas públicas. Um exemplo, no caso de projetos econômicos, a jazida de Juriti, maior mina de bauxita a céu aberto do mundo, no norte do Pará, onde o Funbio realizará programas de conservação da biodiversidade com recursos do programa. No setor público, uma das ações em fase mais adiantada de implementação é o fomento à agricultura orgânica, conduzido pelo Ministério da Agricultura.

Os parceiros do MMA na execução do Probrio II são os ministérios da Saúde, da Agricultura e da Ciência e Tecnologia, a Embrapa, a Fiocruz, a Funbio, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o Instituto Chico Mendes e a Caixa Econômica Federal, que administra os recursos.

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Fórum alerta para agravamento da desertificação no semi-árido

17/06/2009 - Paulenir Constâncio - O povo nordestino já convive com a desertificação e o problema começa a ser agravado pelo aumento da temperatura do Planeta, provocado pelas mudanças climáticas globais. O alerta é resultado da reunião que marcou ontem o Dia Mundial do Combate à Desertificação, em Fortaleza-CE. Durante o encerramento do evento, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, destacou a necessidade de governos estaduais e federal adotarem medidas urgentes, para que as quase 18 milhões de pessoas que habitam o semi-árido não sofram demasiadamente seus efeitos e disse que dos R$ 900 milhões de reais anuais do Fundo Clima, R$ 450 milhões vão para o Nordeste, para serem aplicados em programas de adaptação.

Durante a cerimônia, no Palácio Iracema, foi lançada a II Conferência Internacional sobre Impactos de Variações Climáticas e Desenvolvimento Sustentável em Regiões Semiáridas. O evento vai reunir 50 países de cinco continentes e vai debater a vulnerabilidade, as mudanças climáticas, a desertificação e o desenvolvimento sustentável. Suas conclusões deverão subsidiar a Rio+20, proposta pelo Governo Lula às Nações Unidas, mas ainda sem confirmação.

Minc anunciou as medidas que vêm sendo tomadas em parceria com nove estados nordestinos e Minas Gerais. Especialistas em estudos do impacto ambiental estimam que o aquecimento afete a vida de pelo menos oito milhões de nordestinos no final desse século. Eles serão os primeiros a sofrerem os efeitos de um processo que já começou. "Mesmo que tomemos medidas imediatas ainda haverá impacto, só que menor".

Previsões indicam que a diminuição da oferta de terras para a agricultura e os longos períodos de estiagem vão afetar de maneira drástica o plantio do milho e da mandioca, base da alimentação do povo nordestino. As discussões em torno do problema mobilizaram boa parte dos debates do encontro de Fortaleza, que começou na segunda-feira. Técnicos da Embrapa previram problemas com a produção de alimentos em todo o País.

O Plano Nacional sobre Mudança do Clima, aprovado por Lula em dezembro do ano passado, inclui medidas de mitigação dos problemas da desertificação, lembrou Minc. Até o final do ano, seis estados deverão estar com os seus planos prontos. Os Ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia convocaram o Painel Brasil de Mudanças do Clima para ter a idéia precisa do tamanho do impacto do aumento de temperatura sobre o Brasil. Com a conclusão dos trabalhos de mais de cem cientistas, que ficarão prontos até 2010, o Brasil terá um quadro mais preciso da situação do Nordeste e demais estados. Minc salientou que o Brasil terá que tomar medidas mitigatórias mesmo antes da conclusão do relatório.

O Plano prevê a redução gradativa das emissões de carbono, responsável por quase 70% da contribuição brasileira para o aquecimento global, até 2017, centrado no combate ao desmatamento e mudança do modelo econômico da Amazônia.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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