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DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA ATINGIU ÁREA DE 123 KM² EM MAIO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2009

24 de Junho de 2009 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Antonio Cruz/Abr - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participa de audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara para explicar declarações feitas durante manifestação de agricultores familiares
Brasília - O desmatamento na Amazônia em maio atingiu uma área de 123 quilômetros quadrados (km²), de acordo com relatório do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), divulgado hoje (24) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em relação aos dados de maio de 2008, quando o Inpe registrou 1.096 km² de desmate, houve queda de 88%.

A cobertura de nuvens na região no período permitiu a visualização de 38% da área, situação melhor do que nos três meses anteriores, quando os satélites só conseguiram observar cerca de 20% da floresta por causa das nuvens.

Mato Grosso voltou a liderar a lista de maiores desmatadores, com 61,2 km² de florestas derrubadas em maio, cerca de 50% do total verificado no mês em toda a região. No entanto, o Inpe pondera que a taxa de desmate foi elevada por causa da baixa quantidade de nuvens sobre o território mato-grossense, diferentemente do que ocorreu em outros estados.

“O Amapá, o Pará, o Amazonas e o Acre não puderam ser monitorados adequadamente, pois apresentaram alto índice de cobertura de nuvens no período. O estado de Mato Grosso foi o que apresentou melhor oportunidade de observação, e também onde a maior área de alertas foi mapeada”, ressalta o relatório.

Em Roraima foram desmatados 17,7 km² e no Maranhão, 17,6 km². Os estados de Rondônia e do Pará, que ocupavam os primeiros lugares nos últimos rankings, só aparecem em seguida, com 11,7 km² e 10,5km² de devastação, respectivamente.

A medição do Deter considera as áreas que sofreram corte raso (desmate completo) e as que estão em degradação progressiva. O sistema serve de alerta para as ações de fiscalização e controle dos órgãos ambientais.

De agosto de 2008 até maio de 2009, o Deter já registrou 2.957 km² de desmatamento na Amazônia. No período anterior (agosto de 2007 a maio de 2008) a soma foi de 6.952 km².

A redução verificada pelo Deter pode sinalizar queda na taxa anual de desmatamento, medida pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes). O número atual é de 11,9 mil km².

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Relatório de maio sobre desmatamento na Amazônia apontará redução significativa, diz Minc

23 de Junho de 2009 - Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou hoje (23) que o relatório sobre o desmatamento na Amazônia no mês de maio mostrará redução significativa dessa atividade em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo Minc, este ano o desmatamento será o menor dos últimos 20 anos. O relatório, com informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), será apresentado amanhã (24).

“Vamos cumprir a meta do plano de mudanças climáticas para esse período. Isso significa que, se cumprirmos toda a meta até 2017, só com essa redução de 70% do desmatamento na Amazônia, o Brasil deixará de emitir gás carbônico mais do que a soma de todas as reduções propostas pelos países ricos, em Quioto [Japão], que não estão sendo cumpridas”, disse o ministro, após participar do lançamento da campanha nacional Saco é um Saco.

De acordo com Minc, entre os setores mais importantes ligados ao desmatamento da Amazônia, o mais descontrolado é o da pecuária. “O frigorífico não desmata, ele compra carne dos fazendeiros. Uma parte está dentro da lei e outra está fora. Nós criamos um decreto que obriga cada frigorífico a disponibilizar a lista de todos os seus fornecedores e os bancos públicos firmaram com o governo um protocolo que prevê que eles não podem financiar empresas que destroem a Amazônia”, afirmou o ministro.

Ele reforçou que os frigoríficos que compram carne de fazendeiros que desmatam a Amazônia são co-responsáveis pelo crime ambiental praticado pelo fornecedor e que aqueles que comprarem dessas fazendas não terão mais crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Minc informou ainda que o governo está reunindo os dados necessários para a adoção na indústria automobilística de um selo semelhante ao usado em geladeiras e fogões. Segundo o ministro, tanto as indústrias quanto as montadoras serão obrigadas a informar a quantidade de gás carbônico emitida pelos automóveis. “O objetivo é estimular o consumo consciente, que não é espontâneo. É preciso dar informação para que o consumidor tome uma decisão que significa a melhoria da vida dele e da dos outros.”

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ONGs cobram ações imediatas do governo para enfrentar mudanças climáticas

24 de Junho de 2009 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Organizações não governamentais ambientalistas ligadas a questões climáticas vão apresentar hoje (24) manifesto cobrando ações imediatas do governo para reduzir as emissões brasileiras de gases de efeito estufa e garantir resultados na negociação global sobre um novo acordo para complementar o Protocolo de Quioto, marcada para dezembro em Copenhague, na Dinamarca.

O grupo, batizado de Observatório do Clima, organiza hoje um debate com representantes do governo, do Congresso Nacional e da sociedade civil para discutir os instrumentos adotados pelo Brasil para enfrentar as mudanças climáticas e o andamento da negociação internacional que deverá ser concluída em Copenhague.

Entre as reivindicações está a implementação de medidas efetivas do Plano Nacional de Mudanças Climáticas, inclusive com a definição de metas de redução para o desmatamento de biomas como o cerrado e a caatinga. A versão atual do plano só prevê metas para a Amazônia.

Na avaliação das ONGs, o plano “ainda está longe de ser um esforço de Estado que coloque o Brasil nos trilhos de um desenvolvimento com baixos níveis de carbono”. Além da redução dos índices de desmatamento, o grupo defende outros compromissos, como a prioridade para energias renováveis e a redução drástica de autorizações para termelétricas a óleo e carvão mineral.

“Queremos a aprovação da Política Nacional de Mudança do Clima, com status de lei, que possa regulamentar a questão de forma mais consistente, mais duradoura”, acrescentou a pesquisadora do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Brenda Brito. O projeto de lei que cria a política está em tramitação no Congresso.

Em relação às negociações internacionais, as ONGs pedirão que “os negociadores sejam firmes para garantir metas ambiciosas e rígidas de redução de emissões de gases de efeito estufa pelos países desenvolvidos”. Além disso, na avaliação do grupo, os negociadores brasileiros deverão concentrar esforços para criar um mecanismo que estimule a redução de emissões por desmatamento e degradação, o chamado Redd.

“As negociações já começaram e é possível chegar a um acordo em Copenhague se houver comprometimento. É possível ter um acordo que possa prever metas mais ambiciosas e, principalmente, a criação de um mecanismo para florestas, que beneficiaria muito o Brasil”, comentou Brenda

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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