Panorama
 
 
 

LULA CONTESTA ONGS E DIZ QUE MEDIDA PROVISÓRIA NÃO ESTIMULARÁ GRILAGEM DE TERRAS NA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2009

19 de Junho de 2009 - Carolina Pimentel - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (19) que as organizações não governamentais (ONGs) “não estão dizendo a verdade”, quando afirmam que a Medida Provisória 458 estimula a grilagem de terras.

A MP trata da regularização de terras da União ocupadas na Amazônia. Permite, por exemplo, à União transferir, sem licitação, terrenos de até 1,5 mil hectares aos ocupantes que estão nas áreas antes de dezembro de 2004. As pequenas propriedades, de até 100 hectares, poderão ser doadas e as médias, com até 400 hectares, serão vendidas por preço simbólico.

“Posso dizer que as ONGs não estão dizendo a verdade quando dizem que a medida provisória incentiva a grilagem de terras no Brasil. O que nós queremos fazer é exatamente garantir que as pessoas tenham o título da terra, para ver se a gente acaba com a violência neste país. É isso que nós queremos fazer, e vamos fazer”, disse Lula, em entrevista em Alta Floresta (MT), onde lançou a Operação Arco Verde Terra Legal, voltado à regularização fundiária, proteção do meio ambiente e serviços, como emissão de certidão de nascimento e concessão de aposentadoria.

Representantes de movimentos ambientais e centrais sindicais promoveram ato público ontem (18), em São Paulo, para pedir que o presidente Lula vete alguns dispositivos da MP 458, entre eles, os que tratam da venda de áreas regularizadas após três anos, da possibilidade de transferência de terrenos para empresas e também da permissão para que moradores de municípios fora da Amazônia possam ter o título da terra.

Lula reuniu-se ontem com ministros para discutir se veta ou não artigos da MP. Mas deixou a decisão somente para o dia 25, data em que se encerra o prazo para a sanção integral ou vetos.

“O governo está disposto a debater com qualquer ONG e qualquer público porque, primeiro, a medida provisória foi resultado de um grande acordo no Congresso Nacional, em que participaram todos os partidos”, afirmou o presidente, acrescentando que a MP não estimula a grilagem "em hipótese alguma".

Sobre a crise no Senado por causa dos atos secretos, Lula disse que a própria Casa resolverá o problema e não cabe a ele interferir. “Acho que a crise no Senado vai ser resolvida pelo Senado. Não tem como o Presidente da República resolver a crise do Senado. Então, eu acho que lá todo mundo tem mais de 35 anos de idade, e eles vão resolver o problema”, respondeu.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), instalou uma comissão de sindicância para apurar as denúncias de que os atos não eram publicados por ordem de ex-diretores da Casa.

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Resíduos de biocombustíveis podem gerar novos materiais para a indústria aeronáutica

25 de Junho de 2009 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Financiamento de R$ 1,7 milhão, aprovado hoje (25) pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a Rede Tecnologia do Rio de Janeiro (Redetec), será aplicado no desenvolvimento de novos materiais renováveis a partir de resíduos do processo industrial de biocombustíveis. A Redetec reúne 47 universidades, centros de pesquisa e instituições de fomento fluminenses.

O secretário executivo da Redetec, Armando Augusto Clemente, disse hoje (25) que uma das principais aplicações desses novos materiais será na indústria aeronáutica. “A Embraer tomou conhecimento do projeto e é uma das interessadas em usar esse tipo de material que você produz por meio desses rejeitos para [fabricar] acessórios de avião, como painéis, por exemplo”.

O projeto será desenvolvido pela empresa Fibra Design Sustentável, que há cerca de dois anos e meio funciona na Escola Superior de Desenho Industrial (Esdi). Clemente esclareceu que parte dos recursos será usada na construção do Laboratório de Materiais Sustentáveis, dentro das dependências da Esdi. Ali serão feitas todas as experiências com os novos materiais gerados por resíduos da produção de oleaginosas, entre as quais a mamona, o pinhão e o girassol.

Bernardo Ferracioli, sócio e coordenador de projetos da Fibra Design Sustentável, revelou que a idéia é produzir materiais leves que possam ser usados na indústria aeronáutica. Ele não descartou, entretanto, que os novos compósitos que vierem a ser desenvolvidos a partir dos resíduos dos biocombustíveis possam ser usados também em outras áreas.

Uma delas é a produção de substitutos de compensados de madeira, de modo a reduzir o impacto na devastação das florestas. Outra aplicação dos novos compósitos pode ser na produção de plásticos para uso desde computadores até o interior de automóveis.

Além de desenvolver produtos menos agressivos ao meio ambiente, acrescentou Farracioli, o projeto apresenta como vantagem a geração de renda para o Nordeste do país. No caso da mamona em especial, destacou que há um descarte muito grande do caule.

Como o programa de biocombustíveis brasileiro tem uma relação muito estreita com a agricultura familiar, Farracioli disse que a idéia é “juntar a universidade com a empresa privada para criar novos materiais e novas fontes de renda para os agricultores familiares”.

A tecnologia poderá, inclusive, ser replicada no próprio campo e agregar valor à cultura agrícola. O financiamento do BNDES é oriundo do Fundo Tecnológico (Funtec). O projeto tem valor total de R$ 2,1 milhões, incluindo s contrapartida do governo fluminense, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

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Minc diz que usou expressão inadequada ao chamar produtores rurais de vigaristas

24 de Junho de 2009 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Em audiência pública na Câmara para explicar declarações feitas durante manifestação de agricultores familiares em que chamou representantes do agronegócio de “vigaristas”, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, avaliou hoje (24) que as expressão foi “inadequada” e não representa a opinião dele sobre os produtores rurais e a bancada que os representa no Congresso Nacional.

“Quero ir além do pedido de desculpas, quero dizer que não penso aquilo. As expressões foram realmente inadequadas. As pessoas eleitas pelo voto não podem ser tratadas por expressões como essa”, afirmou.

Durante o Grito da Terra, realizado em maio em Brasília, além de chamar os grandes agricultores de “vigarista", Minc disse que eles “encolheram o rabinho do capeta para enganar os pequenos agricultores”. O ministro argumentou hoje que “o calor da manifestação em cima de um carro de som é uma atenuante” para justificar os termos usados na ocasião.

Segundo ele, os parlamentares usaram “expressões muito mais pesadas” em resposta às declarações. O ministro citou o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), que o comparou a traficantes do morro do Rio de Janeiro.

Minc disse que o pedido de desculpas não significa que ele tenha mudado de posição em relação ao papel da grande agricultura na preservação do meio ambiente. “Deve ser feito o reparo necessário que os deputados merecem, mas isso não significa que me humilhei ou me acovardei. Acho que disso tudo deve sair uma base boa para retomar o diálogo sobre o o Código Florestal”, acrescentou.

Neste momento, o ministro ouve as considerações dos parlamentares da bancada ruralista que participam da audiência na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. O deputado Gilvanni Queiroz (PDT-PA) disse que, depois de Minc chamar os produtores rurais de "vigaristas", eles só seriam reparados adequadamente se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitisse o ministro. “O senhor devia sair daqui hoje e pedir demissão, seria o melhor para o país.”

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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