Data 08/07/09 - O Ministério
de Minas e Energia, a Eletrobrás e o Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial (Inmetro) lançaram
na última quinta-feira (2), em São
Paulo, a Etiqueta de Eficiência Energética
em Edificações para edifícios
comerciais, de serviços e públicos.
A ideia pertence ao Programa Brasileiro de Etiquetagem
(PBE). Desenvolvida em pareceria
pela Eletrobrás e pelo Inmetro, por meio
do Programa Nacional de Conservação
de Energia (Procel), a etiqueta consiste em uma
avaliação do desempenho em consumo
de energia em três níveis de eficiência
nas construções civis.
A aplicação da certificação
tem como objetivo reduzir os níveis de consumo
energético, além de promover economia
no bolso dos consumidores. Segundo o ministro de
Minas e Energia, Edison Lobão, a nova etiqueta
é “mais um passo para conscientizar o povo
brasileiro da importância de usar a energia
elétrica com racionalidade e eficiência”.
Lobão esclareceu que a eficiência energética
é uma das prioridades de sua gestão
à frente do MME, e que a nova iniciativa
reflete a “posição de vanguarda do
Brasil no que diz respeito às questões
de economia de energia”.
Para receber a etiqueta, os edifícios
são avaliados nos seguintes aspectos: envoltória,
sistema de iluminação e sistema de
condicionamento de ar. A intenção
é diminuir o recebimento de calor pela envoltória
do prédio, além de aproveitar melhor
a iluminação e a ventilação
natural. Na prática, a ideia resultar em
menor consumo energético e incentiva a utilização
de formas alternativas de energia, como a energia
solar, além do uso racional da água.
Níveis de economia
Assim como os eletrodomésticos que fazem
parte do PBE, os projetos de arquitetura serão
analisados e receberão etiquetas com graduações
de acordo com o consumo de energia. Inicialmente
a “etiquetagem” será implantada de forma
voluntária, mas passará a ser obrigatória.
Os prédios serão classificados de
‘A’ a ‘E’, sendo ‘A’ o mais eficiente. Inicialmente,
já existe a regulamentação
para os edifícios comerciais de metragem
superior a 500 m².
A economia de energia elétrica
por meio da arquitetura bioclimática pode
alcançar percentuais de 30% no caso de edificações
já existentes, mas adaptados; e 50% em prédios
novos, porém que aderissem ao projeto desde
seu início. Por exemplo, os lucros da agência
bancária da Caixa em Jardim das Américas
(Curitiba/PR), já puderam ser comparados
com os de outras agências do banco no país
e a redução do consumo foi de 24%
em energia e de 65% em água, desde a inauguração,
há seis meses.
Os edifícios dos setores
residenciais, comerciais, e públicos são
responsáveis por aproximadamente 45% do consumo
de energia elétrica no Brasil. Este resultado
se dá em formas de iluminação
artificial e climatização de ambientes.
A metodologia aplicada para a certificação
foi desenvolvida por intermédio de um convênio
entre a Eletrobrás, por meio do Procel Edifica,
e o Laboratório de Eficiência Energética
em Edificações (LabEEE), da Universidade
Federal de Santa Catarina, com a participação
de uma comissão formada por representantes
do Inmetro, do Centro de Pesquisa de Energia Elétrica
(Cepel), do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia (Confea), do Instituto dos Arquitetos
do Brasil (IAB), da Caixa Econômica Federal,
de universidades e de associações
de fabricantes de materiais de construção.
Após aprovação,
por parte do Comitê de Indicadores e Níveis
de Eficiência Energética (CGIEE), do
Ministério de Minas e Energia, a metodologia
recebeu sugestões representantes de diversos
setores da construção civil e pela
sociedade em geral.
Assessoria de Comunicação
Ministério de Minas e Energia
(61) 3319-5620/558
Com informações da Eletrobrás