29/06/2009 - Para
facilitar o acesso a informações de
interesse público, a Secretaria do Meio Ambiente
do Estado e a Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental - CETESB disponibilizam, desde dezembro
de 2008, dados de seus respectivos sites a partir
da tecnologia WAP.
A sigla WAP significa Wireless
Application Protocol que, em português, quer
dizer Protocolo para Aplicações sem
Fio. Embora seja possível utilizar essa tecnologia
por computadores, o WAP foi criado para prover serviços
de navegação Web a partir do telefone
celular, possibilitando, por exemplo, usuários
acessarem portais e mandarem e-mails. Aparelhos
telemóveis mais novos podem ainda utilizar
o WAP para fazer downloads.
De acordo com Oleg Archiptchuk,
gerente do Departamento de Tecnologia da Informação,
o serviço WAP “é mais um canal de
divulgação de informações
ambientais, tornando ainda mais público os
monitoramentos da CETESB e os projetos da secretaria”.
Segundo o gerente, “esse é o primeiro sistema
de governo preparado para atender a demanda por
celular, tanto no Estado de São Paulo como
no âmbito federal”.
O aperfeiçoamento e a expansão
do uso da tecnologia WAP se tornam estratégicos
para atender ao princípio constitucional
da das ações do Estado. Isso porque,
de acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações
- Anatel, o número de aparelhos de telefonia
móvel no Brasil chegou, em maio deste ano,
a 154,6 milhões, com 923.504 novas habilitações
só em abril.
No entanto, para que a comunicação
WAP seja mais eficiente é necessário
que as informações sejam disponibilizadas
da forma mais objetiva possível, pois o excesso
de informações dificulta a visualização
nas pequenas telas dos celulares. Dessa forma, a
página para tecnologia WAP se distingue dos
sites da SMA e CETESB, já que foi desenhada
de maneira a atender a essa necessidade.
Na página do WAP pode-se
obter informações a partir de sete
links iniciais: Ouvidoria, Qualipraias (abreviação
para qualidade das praias), Qualiar (abreviação
para qualidade do ar), 21 Projetos, Disque Ambiente,
Localizador e Fale Conosco. “Este é o começo,
mas pretendemos disponibilizar mais conteúdo”,
afirma Oleg Archiptchuk.
Para visualizar a página do portal para WAP,
basta entrar em http://wap.ambiente.sp.gov.br de
computador ou de celular.
Texto: Júlio Vieira
Fotografia: José Jorge
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Megacomando fiscaliza a emissão
de fumaça preta de 27 mil veículos
em 16 pontos de acesso à Capital
24/06/2009 - O motorista de caminhão
Sidney da Cunha acordou bem cedo hoje. Já
de madrugada, na cidade de Registro, carregava o
automóvel com mudas de plantas para serem
revendidas na CEAGESP de Campinas. Já na
cidade de São Paulo, ouviu na rádio
que a Secretaria do Meio Ambiente e a CETESB – Companhia
de Tecnologia de Saneamento Ambiental, juntamente
com as polícias militares Ambiental e Rodoviária,
faziam um megacomando de fiscalização
de emissão de fumaça preta nas principais
rodovias que dão acesso à Capital.
Cunha temeu que pudesse ser parado,
já que o seu caminhão emitia uma fumaça
que ele não sabia se atendia ao recomendado
pelo órgão ambiental. Ao passar pelo
Rodoanel, a suspeita foi comprovada. O caminhão
foi parado e o motorista levou para casa uma multa
ambiental no valor de R$951,00.
Cunha e outros 1.222 motoristas
de veículos a diesel foram alvo da Operação
Inverno, campanha realizada todo ano pela CETESB
no período em que as condições
meteorológicas são mais desfavoráveis
à dispersão dos poluentes, visando
amenizar ou prevenir episódios críticos
de poluição. Nesta quarta-feira, 24.06,
16 rodovias contaram com comandos que envolveram,
ao todo, 125 funcionários da SMA, CETESB
e Polícia Militar. Das 9h00 às 15h00,
passaram pelos comandos 27.799 veículos,
registrando um percentual de desconformidade de
4,4%.
O secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano,
passou pelo comando do Rodoanel, onde Cunha foi
autuado, e deixou claro de que “mais que punir,
esses comandos têm caráter educativo,
para orientar os motoristas sobre a importância
de manter o veículo regulado e ajudar a combater
a poluição atmosférica”. Durante
o período da Operação Inverno
os veículos multados podem reduzir em até
70% o valor da penalidade se efetivarem e comprovarem
a realização da manutenção
do veículo.
Opacímetro
Durante a megaoperação
de fiscalização de fumaça preta,
Xico Graziano anunciou a publicação
ainda esta semana, no Diário Oficial, de
novo decreto que passa a reconhecer o opacímetro
como instrumento de fiscalização da
emissão de poluentes dos veículos.
Desde o início das fiscalizações
da CETESB, na década de 70, o instrumento
utilizado para identificar os veículos poluidores
foi a Escala de Ringelman, tabela com cinco tons
de cinza onde é possível fazer uma
comparação com a cor da fumaça
emitida pelos veículos diesel. Quando a cor
da fumaça se enquadra entre os tons de número
três a cinco, o veiculo está em desconformidade
e é autuado. A multa por emissão de
fumaça preta é de 60 Unidades Fiscais
do Estado de São Paulo - UFESP, equivalentes
a R$951,00, podendo dobrar a cada reincidência
no mesmo ano.
Com o opacímetro será
possível fazer fiscalizações
mais rigorosas, já que o equipamento consegue
detectar fumaças invisíveis, mas que
também interferem na qualidade do ar. A outra
novidade do decreto é que agora os municípios
também poderão atuar como agentes
fiscalizadores, desde que firmem convênio
com o Estado.
A tarefa de fiscalizar as emissões
das frotas de veículos a diesel cabia somente
ao Estado, que agora passa a contar com as prefeituras
como parceiras nesse trabalho. A vantagem para o
município é a intensificação
na fiscalização de uma atividade que
tem impacto local, favorecendo a redução
das emissões de poluentes por parte dos veículos
na localidade.
Graziano também ressaltou
a importância da sociedade participar como
agente fiscalizador, lembrando que, para isso, existe
o Disque Ambiente – 0800 11 35 60 –, canal de denúncias
da Secretaria do Meio Ambiente. Atualmente, 50%
das denúncias registradas no Disque Ambiente
são de emissão de fumaça preta.
No ano passado, durante a Operação
Inverno, o serviço recebeu 3.500 denúncias
de veículos poluidores.
Os próprios motoristas
que passaram pelo megacomando desta quarta-feira
reconheceram que a sociedade tem que denunciar e
que cabe a eles manter os veículos regulados.
“Vocês estão certos, agora é
levar o caminhão para o reparo e ficar uns
15 dias sem pegar estrada até o caminhão
ficar pronto novamente. Vou ficar mais atento”,
finalizou Cunha antes de entrar no seu veículo
e seguir para Campinas com as mudas de plantas e
uma multa de R$951,00.
Texto: Evelyn Araripe
Fotografia: José Jorge
+ Mais
Especialistas franceses discutem
propostas de intervenção na Zona Leste
de São Paulo
26/06/2009 - O calendário
de eventos do Ano da França no Brasil prevê,
além de atividades artísticas e culturais,
um debate entre especialistas brasileiros e franceses
em meio ambiente e urbanismo, para tratar de políticas
públicas enfocando especialmente as transformações
preconizadas para a região Macro Leste da
Capital. O evento vai se realizar na próxima
terça-feira, 30.06, das 13h30 às 17h00,
no câmpus Anália Franco, da Universidade
Cruzeiro do Sul – UNICSUL, na Avenida Regente Feijó,
1.295.
O evento, denominado “Ambiências
Urbanas da Cidade de São Paulo – O que a
cidade está fazendo para se transformar?
Um olhar para a Região Macro Leste”, conta
com o patrocínio do “Centre de Recherche
sur L’Espace Sonore et l’Environnement Urbain”,
com o apoio de órgãos da Prefeitura
de São Paulo, CETESB – Companhia de Tecnologia
de Saneamento Ambiental e outros. Mais informações
podem se obtidas no Instituto Qualicidade pelo telefone
11-4994.3224 e e-mail forumagenda21macroleste@gmail.com.
O encontro é resultado
de um projeto de cooperação internacional
iniciado em 2002 envolvendo, do lado francês,
o Centro Nacional de Pesquisa Científica
e o Ministério da Ecologia, Planejamento
e Desenvolvimento Sustentável. O objetivo
é o estudo da dinâmica das ambiências
urbanas buscando a compreensão das formas
das estruturas sociais, como a qualidade de vida
e as intervenções humanas que geram
as transformações em uma cidade, espaço
ou lugar.
Segundo Cintia Okamura, da CETESB,
que coordena a equipe brasileira, a escolha da Zona
Leste para sede do encontro se deveu ao trabalho
desenvolvido pelo Fórum Agenda 21 Macro Leste,
criado em 2005 para discutir a questões das
ambiências urbanas com ampla participação
de organizações não-governamentais,
iniciativa privada e poder público. Outro
motivo é o trabalho desenvolvido pelos onze
subprefeitos da região buscando a melhoria
da qualidade de vida da população.
“A noção de ambiência,
diz Okamura, contribui para emancipar o indivíduo
das perspectivas usuais em relação
ao ambiente, fazendo prevalecer a percepção
e o papel das práticas sociais na concepção
do espaço urbano.’ Desta forma, contrapondo-se
à visão do espaço físico,
o indivíduo readquire a sensibilidade à
percepção e à experiência
estética.
Os especialistas deverão
produzir uma proposta sobre a contribuição
das ambiências urbanas na construção
de políticas públicas para a cidade
de São Paulo. Além disso, no final
do encoantro, está prevista a assinatura
de termo de adesão do Fórum Agenda
21 Macro Leste à Rede Internacional de Ambiências
Urbanas, estabelecendo o compromisso de cooperação
para o estudo da natureza e especificidade das ambiências
e elaboração de projetos de intervenção
urbana.