Panorama
 
 
 

CANTO DOS PÁSSAROS CONTRIBUI PARA ENTENDER A BIODIVERSIDADE DA FLORESTA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2009

Crédito: Gustavo Tilio - Entologista Mario Cohn-Haft, do Inpa 14/07/2009 - 15:00 - O estudo do canto dos pássaros, uma das linhas de pesquisa desenvolvidas pelo Instituto Nacional da Amazônia (Inpa/MCT), em Manaus, pode comprovar que o número de espécies de pássaros na Amazônia brasileira está próximo de 3 mil, portanto, bem superior às 1.200 catalogadas (2/3 da avifauna nacional).

Isso foi o que mostrou o entologista Mario Cohn-Haft, do Inpa, na conferência Sons da Floresta, realizada hoje (14), na 61ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Manaus.

Cohn disse que o estudo do canto dos pássaros da Amazônia “ainda está numa fase inicial, mas com a aplicação das ferramentas tecnológicas disponíveis já se conseguiu dar passos muito importantes”. As pesquisas e observações já mostraram, por exemplo, que “os pássaros (machos), assim como outras espécies animais, emitem barulhos para marcar território” e não apenas para conquistar as fêmeas, como faz parte do imaginário popular.

O pesquisador disse que os pássaros são espécies territorialistas e não vivem tão espalhados na natureza como imaginam as pessoas. Marcando seu território eles garantem, por exemplo, estoque de alimento e espaço para o seu grupo.

O som emitido por indivíduos da mesma espécie varia de região geográfica onde habitam. As diferenças nos cantos, muitas vezes imperceptíveis ao ouvido humano hoje podem ser estudadas com mais facilidade graças ao audioestepetograma, que transforma os sons captados em imagens gráficas.

Os gráficos produzidos “são verdadeiras partituras musicais e nos permitem perceber sequências e freqüências de sons”, explica Cohn. Ele disse também que gravar o som das aves é uma atividade que exige técnica e paciência, pois alguns tópicos como horário, luminosidade, ambiente sonoro influenciam o comportamento das aves. “Algumas espécies só cantam pela manhã ou quando estão em situação de baixa luminosidade”, conta o pesquisador. Segundo ele, “essa é uma área de estudo ainda muito nova e que deverá ajudar muito a entender o comportamento das espécies.

O Inpa reuniu num CD o canto de 340 espécies da Amazônia. “Esse CD é vendido pelo Instituto e o dinheiro arrecadado é revertido para dar continuidade às pesquisas”, informa Cohn.

+ Mais

Pesquisadora do Mast lança o livro Tastevin e a etnografia indígena

15/07/2009 - Hoje, a partir das 17h30, a pesquisadora do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast/MCT), Priscila Faulhaber, lança o livro Tastevin e a etnografia indígena, em Manaus (AM). O evento ocorrerá no stand do MAST na Mostra de Ciência e Tecnologia (ExpoT&C) do MCT, que compõe a 61a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e 40exemplares serão distribuídos gratuitamente aos interessados.

Com profundas reflexões sobre a cultura indígena da Amazônia do início do século XX, a obra dialoga com o tema central da edição 2009 da SBPC: “Amazônia, Ciência e Cultura”. O livro reúne traduções de textos produzidos pelo padre Constant Tastevin durante sua missão religiosa junto aos índios em Tefé (AM).

O contexto social e político no qual se desenrolou o trabalho de Tastevin na Amazônia foi o que antecedeu e procedeu à Primeira Guerra Mundial. Foi, também o da expansão das potências econômicas européias e dos Estados Unidos sobre as regiões tropicais. A Amazônia ainda vivia o auge do movimento de exploração da borracha e de sua exportação. Tastevin pôde, assim, estudar o contato entre as diferentes culturas em conseqüência do movimento de entrada dos seringueiros, vindos do Nordeste do Brasil.

Naquela conjuntura, a Amazônia se descortinava como um lugar a explorar e viver. O grande volume do comércio dos produtos florestais levou a região a estruturar-se economicamente nas primeiras décadas do século XX, com o estabelecimento de bancos comerciais, de companhias estrangeiras de comércio e de colonização e com as concessões de terras a estrangeiros. Os naturalistas e os geógrafos que percorreram a Amazônia para inventariá-la, e também os missionários, serviam, ao mesmo tempo, aos interesses mercantis e políticos de suas pátrias.

“Tastevin e a Etnografia Indígena” traz uma dupla contribuição para as ciências. Sendo, em si, um trabalho etnológico, é um instrumento importante para suporte a estudos etnológicos da Amazônia. Mas, sobretudo, é um magnífico trabalho de preservação da memória científica. Ou seja, o livro, representa, ao mesmo tempo, uma contribuição à prática da etnologia e à história das ciências. Enriquecendo as traduções, a obra traz um trabalho paralelo de etnologia, atualizando termos e expressões e definindo categorias botânicas, geográficas, químicas, técnicas de trabalho e instrumentos de uso cotidiano, característicos da região. As notas são uma segunda fonte importante de informação e se equivalem a um dicionário antropológico, transformando-se, também, num trabalho de tradução cultural, como consideraram o de Tastevin. Nesse sentido, o livro traz uma contribuição didática a todos os interessados em estudos da cultura, bem como aos leigos, pois permite a todos penetrar numa linguagem muito típica.

 

 
 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.