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DOIS MILHÕES DE HECTARES EM FLORESTAS BRASILEIRAS SERÃO LICITADOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2009

30/07/2009 - Carine Correa - Até o final de 2010, mais 2,7 milhões de hectares de florestas brasileiras serão licitados.A estimativa é do Serviço Florestal Brasileiro (SBF), órgão responsável pelas licitações. Com isso, a previsão é de que a oferta de madeira de origem legal e sustentável chegue a 840 mil metros cúbicos.

O Plano Anual de Outorga Florestal (Paof) 2010 trata das áreas passíveis de concessão para exploração sustentável e foi assinado hoje(30) em Brasília pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. A medida vai contribuir para a geração de aproximadamente R$ 430 milhões - entre arrecadação para o governo, receitas com serviços e economia gerada pela indústria-, além de 12 mil empregos diretos e indiretos. Até hoje, foram licitadoscerca de 90 mil hectares no País, distribuídos em uma única unidade de conservação, a Flona do Jamari em Rondônia.

As empresas vencedoras das licitações só poderão explorar a floresta por meio do manejo sustentável, técnica seletiva em que são retiradas apenas a quantidade de árvores que a floresta consegue repor em ciclos de produção acima de 30 anos (uma média de cinco a seis árvores para cada hectare, que em geral contém cerca de 500 árvores).

De acordo com Antônio Carlos Hummel, diretor do SBF, as concessões vão propiciar o aumento das áreas para retirada sustentável da madeira e permitir ao setor madeireiro uma oportunidade de acessar um produto legal.

Para o ministro Carlos Minc, a criação de atividades econômicas sustentáveis é uma alternativa importante para o combate ao desmatamento, uma vez que as ações de fiscalização e repreensão não são suficientes para conter a devastação nos biomas.

"Estas ações criam condições para que a floresta em pé seja mais rentável que o desmatamento", afirmou. Segundo estudo realizado pela empresa de consultoria McKinsey, o manejo florestal pode ser mais de cinco vezes mais rentável que a pecuária, um dos principais fatores de desmatamento na Amazônia.

Além da madeira, outros produtos podem ser explorados, como óleos, resinas, frutos e sementes. Para valorizar os ativos florestais, o presidente Lula assinou o Plano de Promoção de Produtos da SocioBiodiversidade, do qual faz parte o pagamento mínimo por itens extraídos da floresta, como a castanha do Pará, o babaçú, a piaçava e o açaí, dentre outros.

Na ocasião, a presidente interina do Ibama, Silvana Canuto, assinou o Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo em Florestas Nacionais e dois planos de manejo para as Flonas Mapeá e Purús. O ministro também anuciu a elaboração de 103 planos de manejo em sua gestão, dos quais 17 já foram assinados.

Concessões

A concessão de áreas florestais para a iniciativa privada foi implementada pela Lei de Gestão de Florestas Públicas (11.284), aprovada em 2006 Para gerir essa atividade, foi criado o Serviço Florestal Brasileiro.

Do total arrecadado anualmente com as concessões, 30% dos recursos são destinadas ao Serviço Florestal e ao Ibama para fiscalização, controle de áreas e monitoramento. Os outros 70% são destinados ao Instituto Chico Mendes, Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal, e aos estados e municípios onde estão localizadas as áreas manejadas.

A administração da área licitada fica a cargo do Instituto Chico Mendes (ICMBio), os planos de manejo devem ser aprovados pelo Ibama e a fiscalização do cumprimento das condições contratuais feitas pelo Serviço Florestal.

Editais

Ainda neste ano devem ser oferecidos aproximadamente 1 milhão de hectares em três editais. Um deles já está aberto, o da Flona Saracá-Taquera, com 140 mil hectares disponíveis. Até o final de 2009, devem ser lançados os editais para as florestas nacionais Amana e Crepori, localizadas na BR-163 no Pará.

O SBF pretende lançar em 2010 novos editais para seis flonas localizadas no Pará, Acre e Rondônia, num total de 1,5 milhão de hectares.

Entre os possíveis interessados estão empresas que utilizam matéria-prima florestal, prestadores de serviço na área de florestas, empresas de máquinas, equipamentos e insumos florestais e comunidades que vivem no entorno das áreas de concessões.

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Mutirão Arco Verde Terra Legal ultrapassa 100 mil atendimentos esta semana

29/07/2009 - Mutirão Arco Verde Terra Legal deverá ultrapassar, esta semana, a marca de 100 mil atendimentos a moradores da Amazônia. Nesta sétima etapa, os caminhões do mutirão estarão, de quinta-feira (30) a sábado (1º), em Confresa, no Mato Grosso, e Amarante do Maranhão, no Maranhão. Desde 19 de junho, já foram realizados 98.896 atendimentos.

O Ministério do Meio Ambiente vai coordenar as ações no município mato-grossense, onde mais de 6 mil famílias moram em assentamentos do Incra. O mutirão vai agilizar o processo de regularização ambiental e fundiária para conseguir créditos em bancos, a fim de melhorar a qualidade de vida, sem agredir o meio ambiente. Esta é uma demanda antiga da população. A Secretaria de Meio Ambiento do Mato Grosso e o Incra estão trabalhando para acelerar o processo de regularização da área.

Nesta quarta-feira, o diretor do Departamento de Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Paulo Guilherme, fez uma visita em alguns dos assentamentos da região, identificando algumas das questões que podem melhorar. "Há o entendimento da população de que é preciso mudar o modelo de desenvolvimento". O atendimento em Confresa acontecerá na Escola 29 de julho.

O município Amarante do Maranhão será a única cidade maranhense a receber os serviços do mutirão. Lá, o consultor do MMA Sérgio Maragoni apontou a necessidade de assistência técnica para que os produtores trabalhem de forma sustentável. Outra particularidade do município é a presença de comunidades indígenas. Por isso, a Funai e a Funasa começam a participar do mutirão. O atendimento acontecerá na escola municipal.

O objetivo do mutirão é o estímulo a um modelo de produção sustentável, à prevenção e combate ao desmatamento e à grilagem de terras na Amazônia Legal. Até o final de outubro, as três caravanas do Mutirão Arco Verde Terra Legal vão percorrer os 43 municípios com os maiores índices de desmatamento na região.

Durante os mutirões, são promovidas ações como capacitação, emissão de documentos, entrega de bibliotecas, patrulhas agrícolas e acesso a benefícios previdenciários, dentre outros serviços realizados pelos estados e municípios. Também são realizadas atividades culturais, com sessões de cinema e shows, entrega de bibliotecas e feira com produtos da agricultura familiar.

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Escolhidos 28 novos projetos que receberão recursos do PDPI

28/07/2009 - Maiesse Gramacho - A Comissão Executiva dos Projetos Demonstrativos dos Povos Indígenas (PDPI) aprovou, em maio, 28 novos projetos para a gestão ambiental de terras indígenas na Amazônia. Em julho, 20 organizações que executarão esses projetos passaram por oficinas de capacitação, promovidas pelo PDPI, no Maranhão, Amazonas e Mato Grosso. As restantes serão capacitadas em encontros marcados no Acre, Rondônia e Brasília.

"O PDPI apoia três linhas de ação, que são a proteção das terras indígenas, a valorização da cultura e atividades econômicas sustentáveis. Essas linhas servem para atender o principal objetivo do projeto: garantir a melhoria da qualidade de vida dos povos indígenas", diz Euclides Pereira, gerente técnico do PDPI.

Segundo ele, além de dar os subsídios para a implantação da Política Nacional de Gestão Ambiental em Terras Indígenas, o projeto também confere mais autonomia aos índios. "São eles que acessam e gerem os recursos liberados, diretamente", conta. Desde a criação, em 2001, o PDPI já executou R$ 21 milhões dos R$ 35 milhões doados pelo banco alemão KfW.

O PDPI ainda dispõe de R$ 2,8 milhões para a região conhecida como Corredor Central da Amazônia. De acordo com a coordenação do projeto - para a execução deste recurso -, o PDPI está recebendo propostas de organizações indígenas da região. Elas podem ser de até R$ 150.000,00, e ter prazo de execução de até 18 meses. O prazo de recebimento termina em 31 de março de 2010.

O PDPI é um programa de cooperação internacional executado pela Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente. Sua conclusão está prevista para o final de 2012.

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PL que institui pagamento por serviços ambientais deve ser apreciado em agosto

29/07/2009 - O Projeto de Lei 5487/2009, que institui o pagamento por serviços ambientais, está na pauta da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da Câmara dos Deputados e deve ser apreciado ainda em agosto. O projeto, que tramita apensado ao PL 792/2007, deve ser aprovado sem dificuldades, já que conta com o apoio tanto da bancada ambientalista quanto da ruralista, principais interessadas no assunto.

O PL prevê a criação da Política Nacional de Serviços Ambientais e o Programa Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais. "Ele é importante porque abre uma alternativa de incentivo à recuperação de áreas degradadas e à conservação, sobretudo aos agricultores familiares", avalia o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Egon Krakheck.

A proposta do PL, elaborada pelo MMA, atribui às Unidade de Conservação o papel de receber pagamento por serviços ambientais, criando incentivos econômicos para a preservação e restauração de vegetação nativa. Para o ministro Carlos Minc, o pagamento, além de ser uma solução viável para a recuperação de áreas degradadas, possibilita uma outra forma de sustento às populações envolvidas em crimes ambientais - sem ter de degradar o ambiente.

De acordo com Krakheck, a expectativa é de que o PL seja aprovado com rapidez. "A perspectiva é boa, porque essa é uma discussão que já está em curso há bastante tempo, tanto dentro do MMA quanto no Congresso", diz. Segundo ele, o fato de o projeto ter sido apensado ao PL 792/2007 "deve acelerar todo o processo".

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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