Panorama
 
 
 

ICMBIO PREPARA PARQUE NACIONAL DAS CAVERNAS DO PARUAÇU PARA RECEBER VISITANTES

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2009

Carlos Oliveira - Brasília (28/07/2009) - Falta muito pouco para que o Parque Nacional (Parna) das Cavernas do Peruaçu, em Itacarambi, região norte de Minas Gerais, passe a receber visitantes. Uma equipe de especialistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) se dedica no momento à implantação da infraestrutura necessária à abertura da unidade de conservação (UC) aos turistas. O parque, um refúgio bucólico de rara beleza, cheio de esculturas em rocha esculpidas durante milhões de anos pela natureza, já possui plano de manejo.

Lá, os visitantes poderão se deleitar com as imagens impressionantes de mais de 150 cavernas catalogadas e de cerca de 80 sítios arqueológicos, cujos paredões guardam vestígios antropológicos milenares nas escritas e desenhos do tempo em que os habitantes dessas terras ainda moravam em grutas. Trata-se de uma das formações naturais mais antiga das Américas. O local dispõe ainda de uma rica fauna e flora. Se não bastasse, toda essa beleza natural fica às margens do Rio Peruaçu, afluente do São Francisco, no meio do sertão das Minas Gerais.

Uma das iniciativas que devem tirar essa proposta do papel é um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com a montadora de automóveis Fiat. Pelo acordo, a multinacional se propõe a fazer investimentos na estruturação do parque. O TAC é para compensar um erro da empresa quando da fabricação de uma série de um dos carros populares. O veículo acabou sendo comercializado fora dos padrões de controle de emissão de gases poluentes. Como o documento foi firmado antes da criação do ICMBio, quando o Parna ainda estava sob a gestão do Ibama, é preciso um aditivo para que seja finalizado o processo.

A esperança do chefe do parque, Evandro Silva, é a de que essa providência burocrática seja resolvida o mais rapidamente possível. Ainda mais porque neste ano a Unidade de Conservação (UC) completa dez anos de criação. Abri-la ao público, na opinião dele, é atender a uma grande expectativa regional, tanto por parte da população quanto dos municípios abrangidos. “É uma UC de notória e indiscutível relevância para conservação ambiental que fica numa região de transição entre os biomas cerrado, caatinga e mata atlântica e abriga um dos complexos espeleológicos e arqueológicos mais importantes e belos do Brasil e do mundo. Além disso, tem forte apelo turístico, o que vai ajudar a desenvolver a região”.

Entre os principais projetos estruturais do Parna estão a adequação do abastecimento de água de forma a não interferir e nem causar danos à natureza, a criação do Centro de Apoio à Pesquisa, o Centro de Apoio ao Visitante, além de reformas em vários espaços já existentes no local. Acrescenta-se a isso algumas ações já programadas, como a elaboração de trilhas interpretativas por onde os turistas poderão passear. Esse trabalho será concluído no próximo mês por uma equipe do Centro Nacional de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas (Cecav), unidade especializado do ICMBio.

Mauro Gomes, especialista em geoprocessamento e integrante da equipe do Cecav, explica o objetivo desse tipo de trilha. “A idéia é definir um trajeto que possibilite aos usuários não apenas o deslocamento até o destino final, mas também maior integração com o meio no qual ele está inserido, mesclando as áreas científicas, pedagógicas e paisagísticas,” detalha. O roteiro inicial já está estabelecido pelo pessoal do parque. “O que vamos fazer, na verdade, é percorrer este caminho e definir quais seriam os melhores acessos, considerando o nível de dificuldade previsto, bem como quais atributos da paisagem devem ser ressaltados”, explica.

Para isso a equipe formada pelo pessoal do Cecav, juntamente com analistas do Parna e do Ibama, estará municiada do que tem de melhor em termos de tecnologia. De direcionamento por GPS e satélite a softwares modernos. Tudo a serviço da criação de um banco de dados capaz de orientar os técnicos na finalização das trilhas. “A idéia é utilizar todos os recursos disponíveis e assim conseguir apresentar um resultado bem profissional,” adianta Gomes.

Mais que isso, o chefe do Parna, Evandro Silva, espera que seja efetivamente retomado o processo de execução das diretrizes previstas no TAC assinado com a Fiat. Nesse caso, segundo ele, é imprescindível que o aditivo ao termo, já acordado entre as partes, seja finalmente assinado. Silva está bastante otimista e acredita que num prazo curto o Parque Nacional das Cavernas do Peruaçu estará de portas abertas para turistas, cientistas e aventureiros do Brasil e do mundo inteiro.
Ascom/ICMBio

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ICMBio garante equipamentos, aviões e brigadistas para combater incêndios na temporada de seca

Sandra Tavares Brasília (02/07/09) – Com o início da temporada de seca em boa parte do País, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) se prepara para combater os incêndios florestais que, normalmente, ocorrem no período mais críticos, que vai de julho a outubro nas regiões Centro-Oeste e Sudeste e setembro a outubro nas regiões Norte e Nordeste.

De abril a maio foram formados 1,2 mil brigadistas, dos quais 508 já foram contratados desde 1º de junho para atuar em 37 Unidades de Conservação. O número de brigadistas por Unidade de Conservação (UC) varia de 7 a 42, levando-se em consideração o tamanho da reserva, a vulnerabilidade, o histórico de incêndios e a capacidade administrativa da unidade em gerenciar a brigada, entre outros.

O conjunto de ações tomadas pelo Instituto Chico Mendes, por meio da Coordenação Geral de Proteção (CGPRO) visa a fortalecer e dar maior autonomia às UCs para o combate aos incêndios. Os cursos de formação, por exemplo, que capacitaram os 1,2 mil brigadistas foram ministrados em sua grande maioria pelos 27 instrutores do ICMBio.

MAIS BRIGADISTAS – A expectativa é de que até o final de 2009 sejam formados mais de 3 mil brigadistas e destes contratados 1.407 para as ações de combate em 86 Unidades de Conservação consideradas prioritárias. O chefe da UC que possui brigada contará com crédito no cartão corporativo, aprovado para atender as emergências relacionadas ao combate.

O Instituto já finalizou a licitação dos uniformes e equipamentos de proteção individual. A licitação para aquisição dos equipamentos de combate como bombas costais, moto bombas e mangueiras, encontra-se na fase de análise de amostras. Já o contrato nacional para fornecimento de alimentação que prevê apoio aos brigadistas em campo está sendo concluído. Aeronaves modelo Air Tractor foram contratadas e permanecerão em duas bases de apoio do ICMBio – sendo dois aviões na base de Cuiabá MT) e mais dois na base de Lençóis (BA).

Acordos de cooperação estão sendo formalizados com órgãos estaduais que darão apoio tanto de pessoal quanto de materiais necessários ao combate de incêndios localmente. Um desses parceiros locais é o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF-MG), cujo acordo já está assinado.

“Cumprimos uma importante fase de nosso planejamento que era a contratação a partir de 1º de junho dos brigadistas para as 37 unidades previstas. Não só conseguimos, como inovamos na forma de contratação, que foi rápida”, afirma o coordenador de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais e Emergências Ambientais do ICMBio, Alexandre Figueiredo de Lemos.

O processo de seleção, feito pelas chefias das UCs, foi feito via sistema interno de rede. A Coordenação Geral de Gestão de Pessoas do ICMBio recebeu as fichas dos brigadistas selecionados pelas chefias e incluiu em folha. Com isso as unidades puderam emitir automaticamente os certificados e contratos dos brigadistas, prontos para a assinatura.

Antes o chefe da unidade, após selecionar os brigadistas, separava toda a documentação exigida, enviava para Brasília e a contratação era feita pela sede. “Hoje todo este processo é realizado via intranet, preenchendo todas as exigências legais online, gerando automaticamente o certificado do brigadista e o contrato. Graças a um trabalho integrado entre as áreas de proteção, recursos humanos e tecnologia da informação do Instituto”, destaca Lemos.

RONDAS – Os 35 brigadistas contratados para atuar no Parque Nacional da Serra do Cipó/MG, por exemplo, já estão efetuando rondas de monitoramento nas áreas consideradas críticas. De um ponto que fica no mirante do parque – apelidado de Piutch - eles avistam grande parte da unidade, o que possibilita localizar rapidamente os focos de incêndio.

Para o analista ambiental do parque e instrutor dos cursos de formação em brigadistas, Edward Elias Júnior, apagar incêndios florestais é uma das atividades mais desgastantes sob os aspectos físico e emocional, mas que não desanima quem se envolve.

“Enfrentamos um calor infernal, respiramos fumaça e ainda temos que estar atentos para não colocar a nossa vida em risco. Ficamos dias contendo o fogo em condições não muito favoráveis. Mas se me perguntarem se eu gostaria de trabalhar apenas com isso, não tenho dúvidas de que sim. É uma missão conter o fogo” destaca Edward, que foi capacitado em 2006 e já passou sua experiência em mais de 20 cursos ministrados, participando da primeira formação do ICMBio.

Segundo ele o desafio é trabalhar para que não haja incêndios de forma alguma. “Qual o preço da perda de espécies de flora e fauna, após um incêndio catastrófico? No último incêndio tivemos espécies raras de orquídeas e de canela-de-ema (Vellozia squamata) devastados. Se o valor é incalculável, então tem que se investir em conscientização, treinamento da brigada e na prevenção, pois sabemos que a maioria dos incêndios são provocados pela ação humana e começam com um fósforo ou isqueiro”, explica o instrutor.

Em reunião feita pela CGPRO no início deste ano, com gestores das unidades mais suscetíveis a incêndios, foi colocada a necessidade de se rever o modelo de contratação dos brigadistas, que hoje é temporária, para permanente, adotando um nos mesmos moldes dos contratos existentes hoje para vigilância das unidades. O objetivo é que se tenha brigada ao longo de todo o ano, e não apenas nos meses de seca.

“O ideal é que a UC possa contar com um número de brigadistas o ano todo, e quando o período de seca se aproximar, possa contratar mais alguns em caráter temporário. Com isso se desenvolve um trabalho cada vez mais efetivo de educação ambiental,mostrando alternativas de substituição do uso do fogo, como se fazer uso controlado, aceiros, tudo aliado às tecnologias disponíveis” destaca Elias.

Confira a lista das UCs que tiveram brigadistas contratados:

- Rebio Córrego Grande
- Esec Serra Geral de Tocantins
- Flona Brasília
- Flona Capão Bonito
- Flona Goyatacazes
- Flona Ipanema
- Flona Passa Quatro
- Mico Leão Preto
- Parna Aparados da Serra
- Parna Brasília
- Parna Caparaó
- Parna Cavernas do Peruaçu
- Parna Chapada dos Guimarães
- Parna Chapada dos Veadeiros
- Parna das Emas
- Parna Grande Sertão Veredas
- Parna Itatiaia
- Parna Pacaás Novos
- Parna Restinga de Jurubatiba
- Parna Sempre Vivas
- Parna Serra da Bocaína
- Parna Serra da Canastra
- Parna Serra do Cipó
- Parna Serra dos Órgãos
- Parna Serra Geral
- Parna Tijuca
- Rebio Augusto Ruschi
- Rebio Comboios
- Rebio Contagem
- Rebio Córrego do Veado
- Rebio Poço das Antas
- Rebio Soretama
- Rebio Tinguá
- Rebio União
Ascom/ICMBio

 
 

ICMBio - Instituto Chico Mendes
Ascom

 
 
 
 

 

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