22 de Julho de 2009 - Danilo Macedo
- Repórter da Agência Brasil - Valter
Campanato/Abr - Brasília - O ministro do
Meio Ambiente, Carlos Minc, anuncia em entrevista
coletiva detalhes do acordo firmado com a agricultura
familiar
Brasília - O ministro
do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou que técnicos
da pasta e do Itamaraty discutem hoje (22) o envio
de lixo da Inglaterra para o Brasil e que amanhã
será divulgado um comunicado sobre o assunto.
“O Brasil não será
a lata de lixo do planeta. Vamos multar, vamos mandar
de volta e cobrar responsabilidade de países
que têm um discurso ambiental avançadíssimo
e enviam seu lixo químico para países
em desenvolvimento”, disse Minc, depois de participar
de solenidade no Ministério do Meio Ambiente.
Segundo o ministro, a Inglaterra
já informou que vai criar normas internas
rigorosas “para não permitir que lá
tenham um discurso ecológico e enterrem o
lixo deles exatamente nos países que têm
menos condições financeiras e tecnológicas
de tratar”.
+ Mais
Exportações de madeiras
brasileiras caíram 43% depois da crise financeira
mundial
23 de Julho de 2009 - Lúcia
Nórcio - Repórter da Agência
Brasil - Curitiba - As exportações
brasileiras de produtos de madeira vêm diminuindo
desde 2007, e a situação tornou-se
ainda mais grave para o setor com a atual crise
financeira. Segundo o presidente do Sindicato das
Indústrias da Madeira do Estado do Paraná,
Jorge Valentin Camilotti, nos seis primeiros meses
deste ano houve uma queda de 43% no volume de exportação
de produtos de madeira no país, em comparação
com o ano passado.
No Paraná, a queda nas
vendas nos últimos 20 meses foi de 54%, se
for analisado o conjunto de itens como madeira serrada,
pinus, compensando tropical, portas e batentes e
outros segmentos. O Paraná emprega cerca
de 600 mil trabalhadores no setor madeireiro, nas
cerca de 1,2 mil empresas filiadas ao sindicato.
“Com os ajustes devido à crise financeira,
as empresas paranaenses demitiram 6% do quadro de
funcionários, de janeiro a junho deste ano”,
disse Camilotti.
Trata-se de uma crise diferente,
mais séria, em que dois fatores são
determinantes: a cotação baixa do
dólar e a queda nos preços da madeira
no mercado internacional, explicou Camilotti à
Agência Brasil. Ele citou como exemplo a madeira
compensada, que era vendida por US$ 600 o metro
cúbico e atualmente está cotada em
US$ 440. No mercado interno, com a construção
civil em uma fase boa, as vendas de portas e batentes
têm permanecido estáveis, a retração
é na exportação, de 31%.
De acordo com o dirigente sindical,
o setor está “trabalhando no vermelho”. Uma
das sugestões apresentadas por ele é
o incremento de linhas de crédito especiais
para a exportação. Uma das alternativas
seria prorrogar o prazo da linha de crédito
para empresas exportadoras, que já tenham
vendido sua mercadoria para outros países,
o chamado adiantamento de contrato de câmbio
(ACC).
“Estes contratos estão
cada vez mais raros e não temos mais a prorrogação
de 30, 60 dias como antes, embora essa solicitação
já tenha sido feita para o Banco Central.”
O setor de madeira, que era vinculado
ao Ministério da Agricultura, atualmente
está ligado ao Ministério do Meio
Ambiente que, na avaliação de Camilotti,
tem agido mais como órgão fiscalizador
e punitivo. “Não temos a quem recorrer, ou
encaminhar nossas reivindicações.
O bom seria a volta ao Ministério da Agricultura.”
+ Mais
Brasil vai denunciar Reino Unido
por enviar lixo em contêineres destinados
à exportação
22 de Julho de 2009 - Luana Lourenço
- Repórter da Agência Brasil - Brasília
- O Ministério das Relações
Exteriores vai denunciar o Reino Unido por tráfico
de resíduos perigosos. A Delegação
Permanente do Brasil em Genebra foi instruída
a apresentar a denúncia, nos temos da Convenção
da Basileia.
Mais de 1,4 mil toneladas de lixo
foram exportadas ilegalmente do Reino Unido para
o Brasil. A Agência Britânica de Meio
Ambiente informou que o material será levado
de volta, mas alegou, em entrevista à BBC,
que as autoridades brasileiras estão retendo
os contêineres com o lixo.
De acordo com o Itamaraty, um
dos artigos da Convenção da Basileia
estabelece que o retorno da carga ilícita
ao país é de responsabilidade do exportador,
no caso o Reino Unido.
O ministro Celso Amorim conversou
hoje (22) com o chanceler britânico David
Miliband, que se comprometeu a “dar ao assunto a
importância que merece”.
A iniciativa do Itamaraty atendeu
a pedidos do Ministério Público Federal,
do Ministério do Meio Ambiente e do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama).
Os contêineres, que chegaram
em portos brasileiros, deveriam conter material
importado por empresas brasileiras.