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MINC DEFENDE AÇÕES COMBINADS PARA COMBATER DESMATAMENTO E PERDA DA BIODIVERSIDADE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2009

17 de Julho de 2009 - Lúcia Nórcio - Repórter da Agência Brasil - Curitiba - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu hoje(17),em Curitiba, medidas conjuntas para combater o desmatamento e a perda da biodiversidade. Devem ser combinadas ações de repressão com a valoração da floresta em pé, disse o ministro, justificando o apoio do governo federal ao projeto de implementação da Certificação Life.

“As operações de fiscalização são necessárias, vão continuar, mas sozinhas não funcionam, são insuficientes. Tem que haver mudança de conceitos, valores, critérios e existem muitas iniciativas de boas práticas ambientais. Essa é uma delas – disse o ministro ao participar do lançamento do projeto.

O Certificado Life é uma ferramenta que vai reconhecer , medir e classificar ações que as empresas adotarem em prol da conservação da biodiversidade. “O Brasil está sendo pioneiro em valorizar as empresas que não agredirem e cuidarem da biodiversidade. Nos vamos levar isso para a Conferência da Biodiversidade, no Japão, no ano que vem,” disse ele.

De acordo com Minc, o ministério resolveu apoiar o projeto através da Secretaria Nacional de Biodiversidade, por entender que essa responsabilidade é de todos e não só do gestor público. Deverão participar empresas que além de cumprir leis ambientais, querem mostrar ao mercado competitivo que ajudam a preservar os biomas e os corredores de biodiversidade e fazem isso porque é bom, porque estão criando uma marca e pensando no futuro.

Após o lançamento, Minc disse que as operações de fiscalização vão continuar em todo o país. Citou algumas realizadas recentemente, entre elas a Operação Angustifolia, desencadeada no Paraná, pelo Ibama e Polícia Federal. “Flagramos a retirada diária de 40 caminhões com essa madeira, sabemos que ainda insistem com o desmatamento, que estão sendo retirados uns 5 caminhões mas estamos atentos”.

Segundo o ministro, todos os biomas brasileiros estão sendo monitorados e na primeira revisão do Plano Nacional de Mudanças Climáticas, em maio de 2010, serão cumpridas metas de redução do desmatamento na Mata Atlântica, Pantanal, Cerrado, Catinga e Amazonas. Este ano, o desmatamento na Amazônia será o menor dos últimos 20 anos e para a Mata Atlântica a meta é dobrar a área preservada nos próximos 20 anos, criando novos corredores e combatendo o crime ambiental – garantiu .

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Debate sobre questões climáticas fica apenas na agenda

Paulo Machado
Ouvidor Adjunto da EBC
Brasília - No dia 24 de junho o leitor Daniel Barone leu a matéria Especialistas discutem mudanças climáticas e soube que, naquele dia, especialistas e parlamentares iriam se reunir em um auditório do Senado Federal para discutir o assunto. Ligada à primeira, uma segunda matéria: ONGs cobram ações imediatas do governo para enfrentar mudanças climáticas, publicada logo a seguir, adiantava quem seriam os participantes e os objetivos do encontro: “ discutir ações imediatas do governo para reduzir as emissões brasileiras de gases de efeito estufa e garantir resultados na negociação global sobre um novo acordo para complementar o Protocolo de Quioto”.

Interessado no tema, no dia seguinte Daniel escreveu para a Ouvidoria perguntando: “Como podemos acompanhar esta reunião, ou se possível, como sugestão seria interessante uma matéria de acompanhamento deste encontro.” Mas infelizmente já era tarde, pois o evento durou apenas um dia e não foi acompanhado pela reportagem da ABr.

Em sua resposta ao leitor, no dia 29 a Agência justificou: “Agradecemos ao leitor. Na verdade o evento ocorreu no último dia 24. Não tivemos como fazer a cobertura factual, mas publicamos uma matéria adiantando o conteúdo do evento e detalhando as reivindicações que a sociedade civil apresentou ao Congresso.”

Perguntas sem respostas

Pelas informações contidas na matéria que adiantou o conteúdo do evento, muitas perguntas ficaram sem respostas. Ela dizia, por exemplo, que o debate se daria com representantes do governo. Quem foram esses representantes? Será que ministros como o do Meio Ambiente, o da Minas e Energia ou o da Agricultura estiveram presentes?

Entre as reivindicações que seriam apresentadas constava o estabelecimento de metas e regras para as políticas públicas do setor como: redução dos índices de desmatamento do Cerrado e da Caatinga, níveis emissão de carbono na atmosfera e redução de autorizações para termelétricas a óleo e carvão mineral. Qual a resposta dos representantes do governo a essas reivindicações? Quais as metas estabelecidas pelo próprio governo? Como o governo pretende atingi-las?

A matéria também informava que o Plano Nacional de Mudanças Climáticas está em tramitação no Congresso Nacional e que as organizações da sociedade civil querem a aprovação de uma Política Nacional de Mudança do Clima, com status de lei, que possa regulamentar a questão de forma mais consistente, pois, segundo elas: “o plano ainda está longe de ser um esforço de Estado que coloque o Brasil nos trilhos de um desenvolvimento com baixos níveis de carbono”. O que pensam as autoridades do governo a esse respeito?

Outra questão que estava na pauta do evento, são as negociações para a reunião que ocorrerá em dezembro em Copenhague. Segundo a matéria: “As ONGs pedirão que os negociadores sejam firmes para garantir metas ambiciosas e rígidas de redução de emissões de gases de efeito estufa pelos países desenvolvidos”. Quem serão os “negociadores”? Qual a posição deles em relação a um acordo internacional sobre o problema? Será possível negociar “um mecanismo que estimule a redução de emissões por desmatamento e degradação”? Ou ainda: “metas mais ambiciosas e, principalmente, a criação de um mecanismo para florestas, que beneficiaria muito o Brasil”?

Essas são algumas das perguntas para as quais os leitores da Agência Brasil não encontraram respostas em suas matérias e tampouco nas das demais agências de notícias. Assim, esse assunto, muito mais do que uma simples agenda diária, poderia merecer uma pauta completa e aprofundada, informando sobre quais são os interesses que estão em jogo, quem são os agentes internacionais e nacionais que negociarão e decidirão sobre o problema, que posições defendem e por que resistem à, ou apóiam, a implementação de políticas públicas com metas e objetivos claros. Essas informações dariam condições dos leitores participarem desse debate e se posicionarem em relação ao assunto, orientando suas atitudes pessoais frente à situação ambiental do país, do planeta, e, principalmente, em relação ao modelo de desenvolvimento.

Julho e agosto estão chegando, meses em que boa parte das regiões Centro-oeste e Norte é coberta por nuvens de fumaça provenientes das queimadas. Todos os anos essa história se repete. O gás carbônico toma conta de nossa atmosfera como a desafiar nossas instituições. Será essa fumaça a mesma que dificulta a cobertura da mídia sobre o assunto?
Até a próxima semana.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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