Panorama
 
 
 

RENDA DOS AGRICULTORES FAMILIARES É FORTALECIDA COM BIODIESEL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2009

02/07/2009 Começou a valer nesta quarta-feira (1º) o aumento de 3% para 4% da mistura de biodiesel ao diesel, o chamado B4. Segundo o coordenador do Programa de Biodiesel pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Arnoldo de Campos, a renda dos agricultores familiares em várias partes do País tem crescido com a participação no Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB). Em 2008, a média da renda obtida com a produção de oleaginosas para biodiesel foi de R$ 5.274 por família/ano.

Campos destaca que dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam um crescimento de 72% na produção de mamona no estado do Piauí. O coordenador de Biodiesel do MDA acredita que o B4 vai possibilitar um crescimento maior da renda dos agricultores familiares e assentados que participam do Programa Nacional de Biodiesel, além do fortalecimento das empresas produtoras de biodiesel que possuem o Selo Combustível Social, concedido pelo MDA, que responde por mais de 90% do mercado.

Atualmente, 31 empresas possuem o Selo Combustível Social, que é concedido aos produtores de biodiesel, promovendo inclusão social e desenvolvimento regional. Juntas, essas empresas tem capacidade de 9,2 milhões de litros por dia. Para obter o certificado as empresas devem atuar gerando emprego e renda para os agricultores familiares por meio de aquisições de matérias-primas dos mesmos.

Expansão no Piauí

Na Serra da Capivara, no município de Elizeu Martins (PI), a agricultora familiar Francisca de Sousa Soares está concluindo a colheita de 1,6 mil quilos de mamona e mil quilos de feijão produzidos em dois hectares. Em São Raimundo Nonato (PI), o agricultor Denerval Nascimento já colheu 1,6 mil quilos de mamona e 1,2 mil quilos de feijão. A mesma realidade vive o agricultor Graciano Lima Neto que, no município de Guaribas (PI), também aguarda uma boa produtividade no cultivo da mamona.

Esse é um pedaço do retrato de agricultores familiares que têm apostado na produção de oleaginosas para o Programa de Biodiesel. Nesses casos, a segurança alimentar e nutricional também é importante, uma vez que o cultivo das oleaginosas é consorciado com o feijão, consumido em boa parte pelos próprios agricultores.

Com os bons resultados obtidos no pólo de biodiesel da Serra da Capivara (PI) a perspectiva é de ampliar o trabalho. Está previsto estender a atuação junto a agricultura familiar para a região dos Cocais (PI), envolvendo assentados da reforma agrária na safra 2009/2010.

Em diagnóstico realizado este ano, foi constatado que 1,5 mil assentados estão interessados em cultivar oleaginosas. Para isso, MDA, Incra, Cooperação Técnica Alemã (GTZ), Petrobras Biocombustíveis e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí (Emater/PI) realizarão no próximo mês um planejamento estratégico para a safra 2009/2010, para que toda logística de produção das oleaginosas chegue em tempo certo ao agricultor, desde sementes a assistência técnica.

Inserção de agricultores no PNPB

O MDA instalará um pólo de biodiesel na região, onde será formado um grupo de trabalho com os principais envolvidos direta ou indiretamente com a cadeia produtiva do biodiesel para planejar, avaliar e encaminhar as ações do PNPB na região. Essa iniciativa faz parte do Projeto Pólos, que vem executando em 42 pólos a organização e a articulação da base produtiva de oleaginosas, via instalação e acompanhamento de Grupos de Trabalho (GT) e apoio aos Núcleos de Produção. O objetivo do projeto é promover condições para que os agricultores familiares sejam inseridos, de forma sustentável, na cadeia produtiva do biodiesel nas regiões Centro-Sul e Norte do País.

Entre os focos de trabalho nos pólos estão a organização da base produtiva de forma a garantir produção e cumprimento de contratos com as empresas; a operacionalização do programa e auxílio nas estratégias dos produtores de biodiesel, em questões como demanda e logística; facilitação do acesso às políticas públicas como de crédito, seguro, assistência técnica e extensão rural, capacitação, pesquisa e transferência de conhecimentos.

Política pública

A consolidação do mercado de biodiesel no Brasil é resultado de uma política pública do Governo Federal que objetiva a implementação, de forma sustentável, tanto técnica como economicamente, da produção e do uso desse combustível, limpo e renovável, em todo território nacional. A cadeia produtiva foi estruturada a partir do lançamento, em 2004, do PNPB.

O programa é resultado de uma ação interministerial centrada nas seguintes diretrizes: sustentabilidade da produção; promoção da inclusão social; garantia de preço, qualidade e suprimento; e diversificação de matérias-primas. A gestão operacional é do Ministério de Minas e Energia (MME).

Nos últimos cinco anos, o mercado se consolidou a partir de um marco regulatório estável e de uma série de leilões de compra. Um ano e meio após a entrada em vigor no País da mistura obrigatória de biodiesel no diesel, o Brasil já se destaca como um dos maiores produtores e consumidores dessa fonte alternativa no mundo, o que reforça a vocação brasileira para a produção de combustíveis limpos e renováveis.

+ Mais

Assentados catarinenses recebem educação ambiental

10/07/2009 zstá próxima de ser concluída a primeira grande etapa do Programa de Oficinas Ambientais, destinado à educação de famílias assentadas em todo o estado de Santa Catarina. Dos 95 projetos de assentamento que já possuem Licença Ambiental de Operação (LAO) no estado, 66 já foram ou estão em fase de conclusão, totalizando 2.926 famílias. Até o final deste ano, a Superintendência Regional do Incra pretende lançar um novo edital para a contratação desses serviços para os 29 projetos de assentamento restantes, com previsão de término em 2010, envolvendo 1.151 famílias.

O principal objetivo das oficinas ambientais é proporcionar aos agricultores assentados orientações técnicas sobre o modo de conciliar a produção de alimentos com a preservação ambiental. As oficinas possuem uma carga horária de 32 horas, realizadas em dias úteis, e divididas em quatro grandes temas: Legislação Ambiental, Manejo Sustentável dos Recursos Naturais, Sistema Sustentáveis de Produção e Recuperação de Áreas Degradadas e Destinação de Resíduos Sólidos e Resíduos Tóxicos.

As oficinas de educação ambiental fazem parte das ações recomendadas pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma), órgão estadual responsável pelos licenciamentos de empreendimentos rurais, para a renovação das licenças, que têm prazo de quatro anos. Além dos 95 projetos de reforma agrária que receberam a LAO, Santa Catarina possui 33 assentamentos com projetos básicos ambientais já encaminhados ao órgão licenciador para a expedição das LAOs, quatro projetos aguardando a Licença Ambiental de Instalação (LAI) e outros quatro assentamentos com licenças prévias já expedidas.

Para os 33 projetos de assentamento que aguardam a LAO, a superintendência regional do Incra/SC pretende reeditar a parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (Sebrae), que possibilitou a aceleração dos procedimentos dos licenciamentos ambientais já obtidos. Com a parceria, consultores e profissionais são contratados e disponibilizados pelo Sebrae, para atuarem em conjunto com consultores da Fatma. Todas as ações de regularização dos projetos existentes visam cumprir a resolução nº 387/2006 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que determinou ao Incra promover esforços para dar celeridade ao cumprimento da legislação ambiental.

+ Mais

Arco Verde Terra Legal mostra iniciativas sustentáveis no MT

13/07/2009 O Mutirão Arco Verde Terra Legal, que tem a proposta de levar desenvolvimento sustentável aos municípios que registram os maiores índices de queimadas na Amazônia Legal, é também uma oportunidade para mostrar iniciativas já existentes nesse sentido. Foi o que aconteceu em Nova Ubiratã, a quarta das 20 cidades mato-grossenses a receber o mutirão, que aconteceu de quinta-feira (9) a sábado (11).

Na Feira de Produtos da Reforma Agrária e Agricultura Familiar, desenvolvida durante o mutirão, as assentadas Geneci Schulke e Benilde Narciso, do assentamento Entre Rios, venderam mel, rapadura, amendoim, paçoca, tomate e mandioca produzidos organicamente.

As assentadas fazem parte da Associação dos Produtores Rurais da Gleba Entre Rios (Aproger) - que conta com apoio do Projeto de Alternativa ao Desmatamento e Queimadas (Padeq), do Ministério do Meio Ambiente (MMA) para implantação de viveiros de mudas, e da Casa do Mel. Construída dentro dos padrões do Sistema de Inspeção Federal (SIF) o mel silvestre embalado pela Casa é vendido não só na região como também em feiras nacionais e regionais de iniciativas sustentáveis.

O viveiro e a Casa do Mel são também locais para atividades de educação ambiental onde estudantes aprendem, por exemplo, a importância de ajudar na recuperação da floresta. “É um sentimento gratificante. Enquanto outros estão destruindo nós estamos construindo e vivendo com mais qualidade de vida”, atesta Geneci.

Ela conta ainda que no assentamento onde mora já foram plantadas dez mil mudas e que outras 15 mil estão sendo preparadas para o plantio. São espécies nativas e frutíferas que compõem o Sistema Agroflorestal (SAF), implantados como alternativa tanto para recuperação de áreas degradadas como para a agricultura familiar.

Adubação orgânica

Outra iniciativa que teve destaque em Nova Ubiratã foi a aula de campo no sítio do agricultor familiar Gari da Silva, onde foi mostrada a importância da adubação orgânica e seus resultados na produtividade e na diversificação da produção. Para adubar a terra o agricultor utiliza apenas esterco de suas criações (gado, frango, suíno e coelho), folhas secas, serragem e casca de soja. A mandioca é o plantio que se destaca, tanto pela produtividade quanto pela variedade, e que garante renda para toda a família, além do leite e derivados, banana, cana-de-açúcar e hortaliças.

Assentamentos

O município de Nova Ubiratã abriga três assentamentos do Incra. São eles: Entre Rios (Boa Esperança), Santa Terezinha e Cedro Rosa. Juntos abrigam aproximadamente 700 famílias.

A previsão para 2009/10 é de que esses assentamentos recebem cerca de R$ 2 milhões em recursos para aplicação na construção de estradas, assistência técnica, elaboração de georeferenciamento, de planos de desenvolvimento e de recuperação dos assentamentos.

 
 

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.