Panorama
 
 
 

ALTA DE DESMATAMENTO MOSTRA DESCASO
DO BRASIL COM AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Agosto de 2009

05 de Agosto de 2009 Fumaça proveniente das queimadas para limpar a terra para pecuária ou agricultura. O crescimento da pecuária é responsável pela maior parte do desmatamento do país e também a maior fonte de emissão de gases do efeito estufa.
São Paulo (SP), Brasil — Segundo dado divulgado hoje pelo INPE, taxa registrada entre 2007 e 2008 chegou a 13 mil km2

A divulgação hoje da taxa consolidada de desmatamento na Amazônia Legal no último ano mostra que a destruição voltou a crescer após três anos de queda. Entre agosto de 2007 e julho de 2008, foram derrubados 12.911 quilômetros quadrados, segundo dados do Prodes, gerados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). No período 2006/2007, a taxa foi de 11.532 km2 .

“O Brasil quer e precisa de desmatamento zero na Amazônia. Perder 13 mil km2 de floresta em um ano não só é um absurdo como demonstra que o país não fez seu papel para combater o aquecimento global”, diz Marcio Astrini, do Greenpeace. O Brasil é o quarto maior emissor de gases do efeito estufa no mundo, principalmente por causa do desmatamento e das queimadas.

Com esse novo número, será mais difícil para o governo atingir sua meta de desmatamento estabelecida no Plano Nacional de Mudanças Climáticas. Agora, terá de ficar abaixo de 9 mil km2 no período 2008/2009.

DETER – Enquanto o Prodes mostra um retrato mais fiel do desmatamento – com divulgação anual –, outro sistema também rodado pelo INPE, o Deter, apenas detecta os focos maiores, sem detalhamento, para alerta rápido, porém com anúncio mensal.

O número divulgado hoje pelo Ministério do Meio Ambiente, de 578 quilômetros quadrados desmatados em junho, segundo o Deter, deve ser analisado com cuidado. A temporada de chuvas na Amazônia, nesse ano, foi mais longa do que o normal, com um índice alto de cobertura de nuvens no período. Por causa disso, a diferença dos números apontados pelo Deter para o que realmente está acontecendo em terra deve ser maior do que o usual.

Em junho, por exemplo, a taxa elevada de cobertura de nuvens – 43% da Amazônia Legal – impediu a observação correta do que aconteceu em solo. O Pará, que concentrou 57% do desmatamento registrado pelo satélite (330 km2 ) no mês, estava com praticamente metade (49%) de sua área sob nuvens.

“Todos os números que apresentam uma queda no desmatamento na Amazônia são bem-vindos, mas comemorá-los como definitivos é absurdamente precipitado. Só teremos uma visão real do desmatamento após a divulgação dos dados do Prodes”, afirma Astrini.

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Pesca de arrasto não!Relatório da ONU mostra que é preciso fazer muito mais do que foi feito até agora para proteger as águas profundas

23 de Agosto de 2009 A proteção dos oceanos é uma necessidade cada vez mais urgente, devido ao alto nível de degradação que temos hoje. Apesar de serem fundamentais para a vida no planeta, os oceanos não recebem o cuidado devido para evitar problemas de poluição e perda de biodiversidade, entre outros.
Amsterdam, Holanda — Relatório da ONU mostra que é preciso fazer muito mais do que foi feito até agora para proteger as águas profundas

A ONU lançou, no último dia 21, uma revisão do relatório das diretrizes destinadas à proteção da vida em águas profundas. O relatório mostra que os países tomaram medidas muito aquém de seus compromissos e uma das práticas mais devastadoras, a pesca de arrasto, continua a ser praticada.

O Greenpeace vem alertando os governos para a necessidade de acabar imediatamente com atividades destrutivas para águas profundas. "É ultrajante que quase três anos depois das diretrizes propostas pelas Nações Unidas, os países tenham feito muito pouco – ou quase nada - para realmente impedir a pesca de arrasto regulamentada em alto mar", disse Farah Obaidullah, da campanha de oceanos do Greenpeace Internacional.

A resolução do ano de 2006 da ONU estabeleceu medidas a serem implementadas pelos Estados-membros, a fim de proteger a vida em alto mar em águas internacionais. Tais determinações incluem também a realização de avaliações de impacto ambiental, identificando as regiões mais vulneráveis e garantindo que a pesca de arrasto não poderia ser realizada. As medidas valeriam a partir de 31 de dezembro de 2008.

Apesar disso, em junho de 2009, o Coalizão pela Conservação de Águas Profundas publicou a sua própria análise, que concluiu que, em todos os oceanos, os Estados-membros e organizações regionais de pesca (ORP) estão longe de viver de acordo com os compromissos assumidos em 2006. Mesmo nos poucos lugares onde as avaliações de impacto foram realizadas, eles só foram parcialmente concluídas ou não foram conclusivas. Muitas áreas onde os ecossistemas marinhos vulneráveis são reconhecidos ou prováveis de ocorrer, permanecem abertas à pesca de fundo com poucas ou nenhuma limitação. Finalmente, onde foram tomadas medidas, estas são muitas vezes fracas e oferecem pouca proteção à vida marinha.

Durante anos a comunidade científica, governos e as organizações ambientalistas em todo o mundo, têm alertado para os impactos devastadores da pesca de arrasto a longo prazo. A prática acaba com a vida de vastas extensões de mar, incluindo os frágeis ecossistemas de águas profundas e os corais que podem viver milhares de anos.

"Se continuarmos no ritmo atual de destruição, em poucas décadas os habitats mais profundos e misteriosos do nosso planeta vão desaparecer para sempre. Se os países que pescam não podem ou não vão cumprir com o que prometeram, é melhor que parem de pescar.", concluiu Obaidullah. O Greenpeace cobrará à Assembleia Geral da ONU que peça um fim imediato à pesca de arrasto adotada pela Assembleia Geral em 2006.




 

Fonte: ISA – Instituto Socioambiental
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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