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ÁREAS PROTEGIDAS SÃO BARREIRA VERDE DA AMAZÔNIA CONTRA DESMATAMENTO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2009

19/08/2009 - Paulenir Constâncio - Os números seriam surpreendentes não fosse o Programa de Áreas Protegidas na Amazônia (Arpa), do Ministério do Meio Ambiente, o maior programa do gênero no planeta. Lançada nesta quarta-feira (19/8), na Câmara dos Deputados em Brasília, a publicação "Redução das Emissões de Carbono do Desmatamento no Brasil: o papel do Programa Arpa" não apenas dimensiona a questão como aponta a importância e a necessidade de avançar na proteção ao bioma amazônico, fundamental para o Brasil e para o mundo.

As conclusões do documento apontam uma barreira verde de 334 mil Km², barrando o avanço do desmatamento. A área corresponde a 13 unidades de conservação amparadas pelo Programa. Até 2016 a previsão é chegar até 563 mil Km², equivalente ao território da França. Até agora, nas 61 áreas apoiadas pelo Programa, o estoque chega a 4,6 bilhões de toneladas, cerca de 18% de toda a Amazônia.

O estudo revela, ainda, que nas unidades de conservação e no seu entorno se verifica redução efetiva nos índices de desmatamento. As áreas representam uma barreira contra a derrubada da floresta que representam hoje menos de 1% do total desmatado. A publicação da Universidade Federal de Minas Gerais, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), do Woods Hole Research Center e WWF Brasil, apoiada pelo MMA, traz também cenários sobre o desmatamento em unidades de conservação, alertando para a necessidade de somar novas UCs às 531 existentes.

No debate internacional sobre mudanças climáticas, pós-Kyoto 2012, o tamanho do desmatamento evitado, somado às demais áreas protegidas sob a gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, mais as reservas indígenas e áreas de proteção militar, credencia o Brasil na busca de um mecanismo global de financiamento da redução de emissões, o REDD Redução de Emissões provenientes do Desmatamento e Degradação Florestal. Para Anael Jacob, coordenador do programa, o mecanismo deverá ganhar força no planejamento estratégico para a segunda fase do Arpa.

O estudo, apresentado a 23 parlamentares da frente ambientalista, reforça a necessidade de garantir apoio para a continuidade do programa. Para o presidente do Instituto Chico Mendes, Rômulo Mello, o evento na Câmara é importante para incentivar o andamento do projeto de lei que prevê o pagamento por serviços ambientais, em tramitação nas comissões da Casa. Segundo ele, há ainda um expressivo número de projetos tramitando no Congresso que impactam as unidades de conservação e "por isso é importante estar aqui para sensibilizá-los (os parlamentares)".

Investimentos - Em sua primeira fase, o Arpa já investiu US$ 105 milhões, recursos do orçamento de doações internacionais ao Fundo de Áreas Protegidas (FAP). Segundo Anael, a proposta para a segunda fase inclui um ganho, também, na qualidade do apoio do Arpa, não apenas na ampliação da área protegida, mas também no volume de emissões de carbono por desmatamento evitado.

Mesmo sem obrigação de cumprir metas junto ao Protocolo de Kyoto, a redução de emissões é expressiva. Para Paulo Moutinho, diretor do Ipam, a região é um grande armazém de carbono, podendo trazer recursos para o combate ao desmatamento e, consequentemente, aos programas de redução e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Segundo ele, a comunidade internacional ainda não reconhece o esforço brasileiro. "Estamos trabalhando de graça", salientou.

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Minc defende participação da agricultura familiar no debate de normas ambientais

18/08/2009 - Bárbara Bomfim - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse nesta terça-feira (18/08), que o governo está tomando como base de discussão os 22 pontos acordados entre o MMA e os setores da agricultura familiar com relação ao Código Florestal Brasileiro. A afirmação foi feita no encerramento do "Seminário Nacional: A Legislação Ambiental e a Agricultura Familiar e Camponesa", evento realizado, em Brasília, pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo e a Comissão Pastoral da Terra (CPT).

Há menos de um mês, o Ministério do Meio Ambiente junto com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Agricultura Familiar no Brasil (Fetraf) divulgaram instruções normativas para solucionar diversos pontos acordados com os setores da agricultura familiar.

De acordo com o ministro, paralelo ao trabalho do MMA, o presidente Lula determinou à Casa Civil a coordenação de um grupo de trabalho formado pelos ministérios do Meio Ambiente, Agricultura e Desenvolvimento Agrário para estudar o assunto. O grupo deve definir uma proposta de reforma no Código Florestal Brasileiro que, segundo Carlos Minc, deve contemplar não só a agricultura familiar, mas o conjunto da agricultura brasileira considerando os médios e grandes proprietários.

"Os 22 pontos acordados com os setores da agricultura familiar foram usados para iniciar as discussões do grupo de trabalho dos quatro ministérios que, depois de reuniões, há mais consenso do que desconsenso. No parlamento, a correlação de forças ainda é desigual, mas se o governo fechar uma posição única e equilibrada que signifique mais produção e mais proteção é possível seguir em frente", afirmou o ministro que se diz confiante com o grupo de trabalho.

A participação do ministro Carlos Minc no seminário demonstra que o Ministério do Meio Ambiente já consolidou aliança com os movimentos sociais da agricultura familiar, setor que hoje representa mais de 70% da mão-de-obra entregue na agricultura. Os dois dias de encontro reuniu 90 lideranças, estudiosos e especialistas da área ambiental, agrária e agrícola que discutiram a construção coletiva de estratégias e ações em defesa do meio ambiente para enfrentar as diversas propostas de mudanças relativas à legislação ambiental.

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Número de licenças ambientais para obras aumentou em 40%

13/08/2009 - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou que o número de licenças ambientais para obras teve aumento de 40% neste ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior. "Foram 472 licenças ambientais para obras, das quais 213 do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]", disse. Ele participou, nesta quinta-feira (13/8), de audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado.

Ele atribuiu esses números a medidas adotadas por ele para acelerar o andamento dos processos de licenciamento ambiental pelo Ibama e lembrou que há um mês foi lançado o "Agiliza-2", com dez medidas complementares que possibilitam a redução do tempo necessário para o estudo de impacto ambiental e licenciamento de obras.

Os estudos de impacto e licenciamentos estão sendo avaliados por bacias hidrográficas e não isoladamente, disse o ministro, reconhecendo que há casos concretos e específicos de atrasos na concessão das licenças, problemas que, segundo afirmou, são geralmente atribuídos ao ministério e ao Ibama, mas envolvem vários outros órgãos e outros fatores.

"Persistem problemas pontuais de licenciamento em algumas obras, por questões que envolvem terras indígenas, o TCU e ações na Justiça, entre outras. São problemas que, muitas vezes, são debitados nas costas da área ambiental", reclamou o ministro.

Na audiência, Minc defendeu ainda o licenciamento de novas hidrelétricas como alternativas às térmicas de carvão e óleo, bem como a implementação de programas de energia solar e eólica.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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