Panorama
 
 
 

ONGS COBRAM MEDIDAS EFETIVAS DE GOVERNOS
PARA REDUZIR EMISSÕES DE GASES

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2009

10 de Agosto de 2009 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Enquanto os países ricos e os em desenvolvimento evitam definir posturas firmes na negociação de um novo acordo climático, organizações não governamentais (ONGs) cobram ações mais efetivas e compromissos mais claros dos negociadores para garantir um plano ambicioso de redução de emissões de gases de efeito estufa a partir de 2012, quando vence o primeiro período de compromisso do Protocolo de Quioto.

Apesar de avanços, a discussão tem travado uma desconfiança mútua: os países ricos não querem ter metas maiores se os em desenvolvimento não aceitarem compromissos e os países pobres se negam a reduzir drasticamente suas emissões se não houver transferência de recursos e tecnologia. O impasse tem que ser resolvido até dezembro, quando 192 países vão se reunir em Copenhague (Dinamarca) para definir um novo regime internacional de emissões.

“O mundo tem que conseguir chegar a um acordo em dezembro. Um tratado em Copenhague é vital para que a gente consiga evitar que as mudanças climáticas cheguem a níveis catastróficos”, afirma o coordenador da campanha de clima do Greenpeace Brasil, João Talocchi.

Na mais recente reunião preparatória, em junho, em Bonn (Alemanha), um grupo de ONGs de todo o mundo entregou aos negociadores uma proposta para o novo acordo, com objetivos bem definidos. O grupo sugere o corte de 80% das emissões globais de gases de efeito estufa (em relação a níveis de 11000), o estabelecimento de metas obrigatórias de redução para os chamados novos países industrializados, como Cingapura e Arábia Saudita, e a criação de um novo organismo internacional para gerenciar os esforços de redução de emissões.

“Até agora, a disposição dos países desenvolvidos não se mostra coerente com a gravidade do problema”, diz Talocchi, que defende a adoção de compromissos para curto e médio prazo e não apenas para 2050, como querem alguns países.

Apesar do papel fundamental dos ricos – que têm o dinheiro e a tecnologia – países como Brasil, China, Índia e México – que já são grandes emissores – também podem assumir compromissos mais ambiciosos, na avaliação do coordenador do programa de energia e mudança climática do WWF Brasil, Carlos Rittl. “O Brasil, por exemplo, tem muitas oportunidades de liderar. Mas ainda estamos fazendo muito pouco.”

Para Rittl, há incoerências na política de desenvolvimento brasileira que poderão dificultar a legitimidade do país em cobrar posições mais firmes dos países ricos.

“O Brasil tem mostrado avanços, mas há muita incoerência, uma situação que beira a esquizofrenia. O Plano Decenal de Energia e o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] não condizem com as metas do Plano Nacional de Mudança do Clima [que prevê metas de redução do desmatamento da Amazônia, por exemplo]”.

Além de intervir com os negociadores, a estratégia das ONGs ambientais mundo afora até a reunião de Copenhague vai ser a de convencer a sociedade sobre a gravidade das mudanças climáticas para o futuro do planeta. “A população precisa ir às ruas, exigir uma postura de liderança, um papel proativo de seus negociadores. As mudanças climáticas são o maior desafio que a humanidade já enfrentou junta”, argumenta Talocchi.

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Entidades apresentam sugestões para inclusão de florestas no novo acordo climático

4 de Agosto de 2009 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Organizações da sociedade civil e empresas, ligadas ao Fórum Amazônia Sustentável, entregam hoje (4) aos ministérios do Meio Ambiente, da Ciência e Tecnologia e das Relações Exteriores uma carta com sugestões ao governo brasileiro para a negociação da inclusão de um mecanismo financeiro para a preservação de florestas no acordo global sobre mudanças climáticas.

A Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (Redd) deve ser incluída no acordo climático que vai vigorar após 2012, quando vence o primeiro período do Protocolo de Quioto. O novo regime deve ser definido em dezembro, em Copenhague (Dinamarca). A ideia é compensar financeiramente os países que preservam suas florestas e, dessa forma, evitam a emissão de gases de efeito estufa, principalmente o dióxido de carbono, liberado nas queimadas e no corte de árvores.

Na avaliação do fórum, por abrigar a maior floresta tropical do mundo, o Brasil terá papel estratégico na negociação do Redd. Na carta, as entidades defendem a entrada de recursos internacionais para a conservação da Amazônia, “desde que o poder decisório sobre a aplicação dos recursos seja de responsabilidade do Brasil, por meio da interação entre governo e sociedade”.

Entre as diretrizes que as organizações não governamentais e empresas sugerem ao governo brasileiro está a garantia de “distribuição justa e equitativa” dos recursos, com recompensas para os povos da floresta, os produtores rurais, as empresas e os agricultores familiares que assumirem a conservação florestal. Também recomendam a criação de um sistema nacional de controle de emissões e a coordenação entre a esfera federal e os governos estaduais e municipais na definição de implantação dos projetos de Redd.

Na carta, o fórum defende que o Brasil “aceite diferentes mecanismos de financiamento para o Redd”. Ainda não está definido se os países que mantêm a floresta em pé serão recompensados por meio de um fundo com contribuições internacionais voluntárias ou com a geração de créditos de carbono negociáveis no mercado.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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