4 de Agosto de 2009 - Luana Lourenço
- Repórter da Agência Brasil - Valter
Campanato/Abr - Brasília - O ministro do
Meio Ambiente, Carlos Minc, recebe
o enviado especial dos Estados Unidos, Todd Stern,
para tratar das negociações internacionais
sobre Mudança do Clima, que será realizada
em dezembro em Copenhague, Dinamarca
Brasília - Ao comentar os dados de junho
do Sistema de Detecção do Desmatamento
em Tempo Real (Deter), o ministro do Meio Ambiente,
Carlos Minc, voltou a afirmar hoje (4) que a taxa
anual de desmatamento da Amazônia este ano
deverá ser a menor dos últimos 20
anos. “Vamos chegar a oito ou nove mil quilômetros
quadrados”, disse.
A taxa atual, consolidada hoje
pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)
com dados do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento
na Amazônia Legal (Prodes), é de 12,9
quilômetros quadrados (km²), medida entre
agosto de 2007 e julho de 2008.
A expectativa do ministro é
que a taxa anual reflita a queda no desmatamento
verificada até agora pelo Deter, que gera
relatórios mensais. Em junho, o Deter registrou
578 km² de desmatamento, redução
de 33% em relação ao mesmo mês
do ano passado. Em meses anteriores, a queda em
relação a 2008 chegou a 89%.
A redução, segundo
o ministro, é resultado de ações
governamentais como o aumento da fiscalização
e a restrição de crédito agrícola
para quem desmatou ilegalmente. Minc disse que a
queda do desmate poderá ser sustentada com
a implementação de medidas que ofereçam
alternativas econômicas à derrubada
da floresta.
“A regularização
fundiária, o zoneamento ecológico-econômico,
a Operação Arco Verde e o Fundo Amazônia
vão levar o combate ao desmatamento a um
novo patamar. Vamos sair somente da ação
policial e oferecer alternativas econômicas.”
Apesar da expectativa otimista,
Minc afirmou que o mês de julho pode ser o
grande vilão do desmatamento este ano. “Julho
é um mês terrível. E vai ser
difícil reduzir o desmatamento em relação
a julho de 2008, que foi de cerca de 300 quilômetros
quadrados.”
O ministro também ponderou
que a mudança de perfil dos novos desmates
na Amazônia também pode surpreender
no resultado anual do desmatamento. O governo tem
observado redução dos desmates de
grandes áreas, ante o avanço de pequenos
polígonos – derrubadas em áreas menores.
Como as imagens do Prodes – que mede a taxa anual
– são mais precisas que as do Deter – que
gera os dados de alerta mensal – os pequenos desmatamentos
só deverão aparecer na contagem consolidada.