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POVOS DO CERRADO ALERTAM PARA PROCESSO DE DEGRADAÇÃO DO BIOMA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2009

11/09/2009 - Suelene Gusmão - Manifestações artísticas, culturais e gastronômicas, oficinas e painéis estão na pauta do VI Encontro Nacional e Feira dos Povos do Cerrado, que começou no dia 9 de setembro e vai até o dia 13, no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília.

O evento tem por objetivo estimular e promover o intercâmbio de experiências entre os diversos povos que habitam e utilizam os recursos naturais do bioma de forma sustentável. Vai também apresentar a riqueza do bioma e alertar a sociedade brasileira sobre o crescente processo de degradação.

O ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, que participou da abertura oficial do encontro, informou aos participantes sobre o Plano de Monitoramento do Cerrado, lançado nesta quinta-feira (10/9) pela manhã, em comemoração ao dia nacional do bioma. Ele lamentou o atual processo de degradação que afeta a região e disse que o desmatamento do cerrado já é o dobro do que o registrado na Amazônia. "Mas a partir de agora começa uma batalha. Temos de defender o cerrado porque ele é vida, é água. Para nós, ele vai ter a mesma importância da Amazônia".

Como forma de enfrentar a guerra contra o desmatamento, o ministro numerou três frentes de batalha. Segundo ele, a primeira é o monitoramento que começa a ser feito. A segunda é o combate aos crimes ambientais e a terceira, a construção de um modelo de desenvolvimento comunitário sustentável para a região, nos moldes do que vem sendo realizado pela Operação Arco Verde na região amazônica.

Carlos Minc disse ainda ser necessária a ampliação de unidades de conservação no cerrado. "Hoje temos só 7,5% de cerrado protegido, na Amazônia são 24%. Temos que criara novas UCs, sobretudo reservas extrativistas, já que hoje temos a garantia de preço mínimo para produtos do agroextrativismo".

Durante quatro dias de atividades, serão realizados debates, palestras e conferências que tenham relação inerente com o Cerrado, seus povos e seus problemas, com a participação de autoridades e especialistas.

A feira dos Povos do Cerrado vai expor a diversidade de produtos e experiências que ocorrem no bioma, incentivando a divulgação e a comercialização de produtos como frutos, flores, artesanatos e alimentos.

O Encontro dos Povos do Cerrado é promovido anualmente pela Rede Cerrado, associação que congrega entidades e grupos organizados da sociedade civil que atuam na preservação do Cerrado e na promoção de meios de vida sustentáveis. O evento ocorre em comemoração ao Dia Nacional do Cerrado, no dia 11 de setembro.

De acordo com a Rede Cerrado, a região serviu, a cerca de 15 mil anos ou mais, como local de assentamento de povos primitivos. A esse processo seguiu a fase de colonização que conseguiu, em muitos casos, estabelecer relações de produção relativamente adaptadas às condições ambientais. A partir dos anos 60, passou a sofrer um processo de ocupação intensa, privilegiando os sistemas de grandes propriedades para a produção pecuária e, mais recentemente, para a produção de culturas de exportação e reflorestamento monocultural.

Dentro do espírito de resgate cultural e ambiental do Cerrado é que é realizado o Encontro dos Povos do Cerrado. Dentro da programação, no dia 11 acontece na Esplanada dos Ministérios o Grito do Cerrado, com início das atividades marcado para as 8h. Fazem parte do evento a corrida de tora entre povos indígenas, passeata e manifestações públicas. Será entregue a Carta do Cerrado às autoridades públicas. À tarde, acontece o Painel 2: Povos e Território do Cerrado. À noite, haverá uma apresentação da Dança do Toré, pelos Xacriabás.

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Operação em Goiás desmonta mais de 40 fornos de carvoaria ilegal

11/09/2009 - Em celebração ao Dia do Cerrado, foi realizada nesta sexta-feira (11/9), na região de Niquelândia (GO), a primeira ação conjunta de fiscalização ambiental em projetos de assentamentos. A operação Assentamentos Sustentáveis do Cerrado visa à redução do desmatamento ilegal nos projetos de assentamento do Incra em Goiás.

A ação contou com a participação do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc; do assessor do MMA José Maurício Padrone; e do superintendente regional do Incra em Goiás, Rogério Paparardo Arantes.

A iniciativa pretende intensificar ações de monitoramento, controle e fiscalização ambiental, bem como desenvolver ações cooperativas entre o Ibama e o Incra para o licenciamento ambiental nos assentamentos da região. A experiência deverá ser replicada em outros estados brasileiros.

arlos Minc participou da destruição de mais de 40 fornos de carvoarias ilegais - que utilizavam madeira nativa do cerrado para abastecer siderúrgicas do Sudeste - na região de Niquelândia. No local, as equipes também realizaram detenção de infratores, autuação de ilícitos ambientais e apreensão de madeiras. A operação foi coordenada pelo diretor de Proteção do Ibama, Luciano Evaristo.

Em seguida, o ministro participou, em Goiânia, do Ato de Defesa do Cerrado. Foram doados ao Incra uma carreta e dois caminhões com 58 mil metros lineares de madeira, para que o órgão faça a delimitação da Reserva Legal Pequena Vanessa II, em Bom Jardim de Goiás.

O Corpo de Bombeiros de Goiás também recebeu um caminhão de madeira e 81 motosserras apreendidas em Marabá (PA), que serão utilizados para ações de proteção ao bioma. "O cerrado é água e os desmatamentos significam menos água para a população, a agricultura e a energia", disse o ministro. "Vamos intensificar a luta contra o crime", reiterou.

Minc participou também da assinatura de um termo de cooperação, celebrado entre o Ibama e o Incra, que visa à regularização de ações conjuntas de monitoramento, fiscalização e licenciamento de projetos de assentamento.

O MMA, o Incra e o Ibama pretendem ainda estimular e promover acordos que possibilitem a readequação ambiental de propriedades que hoje se encontram em desacordo com a lei.

O Programa de Revisão, Regularização de Monitoramento das Áreas de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente (Prolegal) é um projeto que já vem promovendo, gradativamente, negociações entre proprietários, Ibama/GO e Ministério Público Federal.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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