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INDÚSTRIA DE ENERGIA RENOVÁVEIS E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA PODEM GERAR MAIS DE 8 MILHÕES DE EMPREGOS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Setembro de 2009

14 de Setembro de 2009 - Projeção para o Brasil aponta para potencial de criação de 600 mil novos postos de trabalho, a maioria nos setores de biomassa e energia eólica.

Estudo realizado pelo Greenpeace em parceria com o Conselho Europeu de Energias Renováveis mostra que salvar o clima do planeta é um bom negócio. A indústria de energias renováveis, e programas e medidas de eficiência energética têm capacidade para gerar 8 milhões de empregos no mundo até 2030 se, em dezembro, na Conferência do Clima em Copenhague (Dinamarca), for fechado um forte acordo de redução das emissões dos gases que provocam o aquecimento global.

A conclusão é do relatório “Trabalhando para o clima: energias renováveis e a revolução dos empregos verdes”, realizado pelo Greenpeace em parceria com o Conselho Europeu de Energia Renovável (EREC, na sigla em inglês), lançado hoje na Austrália (versão em inglês). O estudo foi realizado a partir de uma pesquisa da Universidade de Tecnologia, de Sidnei (Austrália).

No Brasil, cálculo que cruza dados das associações do setor com o cenário de expansão da energia renovável no país, traçado no relatório Revolução Energética, lançado pelo Greenpeace em 2007, aponta para a criação de 600 mil novas vagas. As maiores contribuições virão da geração de energia por biomassa seguida pela energia eólica, com 190 mil e 150 mil novos postos de trabalho, respectivamente.

“Estes números só serão possíveis se for criado um ambiente propício ao desenvolvimento de algumas energias no Brasil, especialmente em relação às energias eólica e solar”, diz o coordenador da campanha de energia do Greenpeace, Ricardo Baitelo. “O que depende de políticas públicas e da criação de um marco regulatório estável que estimule a pesquisa e o desenvolvimento das energias renováveis, além de estimular a criação de um mercado produtor capaz de fabricar localmente os equipamentos necessários e de exportá-los, no médio e longo prazos.”

No mundo - A substituição do carvão por eletricidade gerada a partir de fontes renováveis, por exemplo, não só evitará a emissão de 10 bilhões de toneladas de gás carbônico, como irá gerar, até 2030, cerca de 2,7 milhões mais empregos além do que criaria a indústria carvoeira.

"Os líderes globais podem enfrentar as crises gêmeas - econômica e climática - com investimentos em energias renováveis", diz Sven Teske, especialista em energia do Greenpeace Internacional e coordenador do estudo. "Para cada emprego perdido na indústria do carvão, a revolução energética cria três novos postos de trabalho no setor de energia renovável. Podemos escolher empregos verdes e crescimento ou desemprego e colapso ambiental e social."

A posição do Greenpeace em relação à reunião do Clima em Copenhague:

• Sabemos que um aumento na temperatura média global mais de 1,5 graus poderiam causar impactos irreversíveis para o planeta e o aquecimento chegar a 2 graus as mudanças serão catastróficas. Precisamos de um plano global que preveja que as emissões tem até 2015 para chegaram ao nível máximo, e devem diminuir rapidamente após essa data, atingindo um valor próximo a zero até, no máximo, 2050;

• Os países desenvolvidos precisam reduzir suas emissões em, no mínimo, 40% até 2020. Pelo menos ¾ deste valor deve ser atingido pela redução das emissões dentro do país, sem compensar as emissões em outros locais.

• Os países em desenvolvimento devem reduzir suas emissões entre 15 e 30% até 2020, com o apoio dos países desenvolvidos;

• A criação de um mecanismo de financiamento para acabar com o desmatamento e com as emissões associadas em todos os países desenvolvidos deve ser feita até 2020. As áreas chaves para receber financiamento desse fundo são a Amazônia, a Bacia do Congo e as florestas da Indonésia e papua Nova Guiné que precisarão atingir o desmatamento zero até 2015.

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CTNBio abre as porteiras

17 de Setembro de 2009 - A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou nesta quinta-feira (18/8) mais três variedades de milho transgênico, duas da empresa suíça Syngenta e uma da americana Monsanto. Com estas aprovações, o Brasil passa a contar com nove variedades de milho transgênico. Mais uma vez, os interesses econômicos falam mais alto que as preocupações ambientais. As plantas transgênicas contaminam e destroem as convencionais.

Dois desses milhos têm o agravante de serem “piramidados”, ou seja, são provenientes de cruzamentos entre variedades transgênicas previamente autorizadas. As aprovações dos "piramidados" são consideradas perigosas porque abrem precedente para outras aprovações de variedades sem estudo prévio específico e transforma qualquer cruzamento transgênico em candidato a aprovação.

Em maio de 2009, o diretor de conservação e biodiversidade do ministério do Meio Ambiente, Bráulio de Souza, enviou carta ao presidente da CTNBio, Walter Colli, expressando preocupação com as implicações ambientais da liberação de transgênicos "piramidados". Colli chegou a prorrogar a decisão, mas acabou ignorando as preocupações do Ministério do Meio Ambiente, como de costume.

Segundo Rafael Cruz, coordenador da campanha de transgênicos do Greenpeace, "não existe preocupação com biossegurança por parte da CTNBio. O objetivo da comissão é aprovar tudo o que vier, como uma espécie de carimbador maluco".

O arroz da Bayer é o próximo da fila da CTNBio. Mesmo com estudos independentes que expõem os potenciais efeitos perversos do arroz da Bayer para a saúde humana e o meio ambiente, ele pode ser liberado.

Contaminação

A primeira safra de milho transgênico no Brasil, colhida em 2009, está gerando questionamentos em diversos setores a respeito da contaminação de plantações convencionais. Produtores orgânicos estão preocupados com a certificação livre de transgênicos de suas plantações. A indústria, por sua vez, teme a falta de suprimento convencional.

No mês passado, a Secretaria de agricultura do Paraná (Seab-PR) divulgou nota técnica, denunciando falta de fiscalização federal no campo e ineficácia das regras de coexistência da CTNBio. A secretaria conduziu estudos no campo durante toda a safrinha de milho, colhida em junho deste ano.


 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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