09/09/2009 - Paulenir Constâncio
- O ministro Carlos Minc disse nesta quarta-feira
(9/9), em audiência em Brasília com
o ministro do Meio Ambiente da Dinamarca, Troel
Lund Pouse, que o Brasil levará a Copenhague
uma posição clara e espera que os
países desenvolvidos avancem
em suas metas de redução de emissões.
Segundo ele, é preciso superar o clima de
desconfiança estabelecido, o que só
é possível se todos colocarem suas
"cartas na mesa".
A posição dinamarquesa
só será definida após reunião
da União Européia, prevista para o
final do mês, segundo adiantaram seus representantes.
O papel e as propostas brasileiras, que estão
sendo articulados pelos ministérios das Relações
Exteriores, Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente,
poderão ser fechados, também, até
o final do mês, segundo previsão de
Minc.
O ministro brasileiro enumerou
as medidas e os resultados que o País vem
alcançando, e disse que o Plano Nacional
sobre Mudança do Clima, que estabelece 70
por cento de redução do desmatamento,
será revisado até julho de 2010 para
incorporar metas para os demais biomas brasileiros.
Minc disse, também, acreditar
que o Fundo de Mudanças Climáticas,
que prevê a destinação de 10%
dos lucros do petróleo ao meio ambiente será
aprovado pelo Congresso.
Ele garantiu que o Brasil levará
números consistentes de redução
de emissões à Convenção
e pretende fazer a ponte entre o grupo de países
desenvolvidos e em desenvolvimento.
Minc explicou que os resultados
a serem levados a Copenhague apontam para a maior
redução de desmatamento dos últimos
20 anos. Lembrou, ainda, que de acordo com dados
recentes, a queda é de 46%, se comparado
o período de agosto de 2008 a julho de 2009
com o mesmo período anterior. O número
representa 4,8 milhões de toneladas de CO²
a menos na atmosfera, mais do que o previsto para
todos os países ricos no protocolo de Kyoto.
Fechar os números, segundo esclareceu, depende
apenas do novo inventário de emissões,
previsto para sair até o final do ano.
"Estamos fazendo nosso dever
de casa, mas queremos metas mais arrojadas dos países
ricos", cobrou. Segundo ele, o Brasil apoia
as metas previstas pelo IPCC Painel Intergovernamental
de Mudanças Climáticas , que prevê
reduções entre 20% e 40%, mas vai
lutar que sejam as mais próximas possíveis
de 40%, consideradas as peculiaridades de cada país.
Mesmo elogiando a mudança de posição
do governo Barack Obama, dos EUA, em relação
a seu antecessor, George Bush, Minc criticou a timidez
da proposta em estudo no congresso americano.
O ministro disse ainda que o Brasil
quer a adoção de mecanismos de Redução
de Emissões por Desmatamento e Degradação
(REDD), desde que de forma limitada. Para o ministro,
os países desenvolvidos têm de destinar,
juntos, pelo menos R$ 800 bilhões ao ano
aos fundos em discussão em Copenhague. Ele
lembrou que se trata apenas de uma pequena parte
do que foi gasto para salvar o sistema financeiro
internacional na atual crise mundial. "Estamos
falando de salvar o planeta. Sem planeta não
há sistema financeiro", reforçou.
Ele disse que vai reforçar o papel do G-77
e está negociando o apoio de pelo menos 20
países para o apoio às posições
dos países em desenvolvimento na Convenção
do Clima.
+ Mais
Carrefour e Kimberly-Clark são
os novos parceiros da campanha Saco é um
Saco
04/09/2009 - Com a parceria de
mais duas grandes empresas - Carrefour e Kimberly-Clark
- a campanha Saco é um Saco, lançada
em junho deste ano pelo Ministério do Meio
Ambiente, já conta com a adesão de
14 parceiros, como o Wal-Mart, a rede de cinemas
Rain, a Revista Gol Linhas Aéreas, a CPFL
Energia, o Grupo Cultural AfroReggae, o Compromisso
Empresarial para Reciclagem (Cempre), Instituto
Akatu, Eco 21 e metrôs de Brasília,
São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
Para incrementar a campanha na
internet, o Carrefour irá patrocinar a estratégia
de web, com a criação de um hotsite
e aperfeiçoamento das ferramentas de interatividade
do blog www.mma.gov.br/sacolasplasticas. A rede
de supermercados ainda irá internalizar as
diretrizes da campanha em suas lojas e veículos
de comunicação.
A Kimberly-Clark incluirá
a logomarca da campanha nas embalagens de alguns
produtos do papel higiênico Neve e, de agosto
até dezembro de 2009, lançará
embalagens com alça plástica nos produtos
da mesma marca que contenham 8, 24 e 32 rolos. Além
disso, de outubro a dezembro deste ano, irá
distribuir gratuitamente 120 mil sacolas retornáveis
com a logo e folder da campanha para os consumidores
que comprarem embalagens de Neve Naturali 8 ou 4
rolos nas 264 lojas da rede Wal-Mart e suas bandeiras
no Brasil: BIG, Nacional e Bom Preço. Outras
40 mil sacolas retornáveis serão para
os consumidores que comprarem embalagens do produto
Neve com 24 ou 32 rolos nas redes Carrefour e Pão
de Açúcar em todo o Brasil.
Exposucata - Nesta quarta-feira
(9/9), o Ministério do Meio Ambiente participa
de debate sobre o gerenciamento empresarial correto
da sacola plástica durante o 4º Congresso
Internacional de Negócios da Indústria
de Reciclagem (Exposucata), que acontece em São
Paulo.
O objetivo é abordar alternativas
para o descarte final desses materiais, de forma
que as sacolas plásticas possam ser inseridas
na cadeia de suprimentos sem poluir o meio ambiente,
contando com o empenho dos consumidores, recicladores
e rede varejista.
Participam ainda da palestra representantes
do Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos
(Plastivida), do Conselho Regional de Química
e da Associação Brasileira da Indústria
de Embalagens Plásticas Flexíveis
(ABIEF).
Informações sobre o evento no site
www.exposucata.com.br.
+ Mais
MMA, Ibama e ICMBio integram atuação
no combate a incêndios florestais
03/09/2009 - Termina nesta sexta-feira
(4/9), o primeiro curso nacional de capacitação
em Sistema de Comando de Incidentes, promovido pelo
Ministério do Meio Ambiente (MMA) com o objetivo
de integrar a atuação de servidores
do Prevfogo/Ibama, do Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
e do Corpo de Bombeiros no combate a incêndios
florestais.
O treinamento que teve início
dia 31 de agosto faz parte das ações
previstas no Programa Nacional de Redução
do Fogo nas Áreas Rurais e Florestais (Pronafogo),
instituído pelo ministro do Meio Ambiente,
Carlos Minc, como parte da formulação
de uma política específica para a
questão do fogo e sua interface com as questões
relacionadas com as mudanças climáticas.
O programa estabelece metas de
redução do número de incêndios
florestais e de queimadas com ações
para a substituição do fogo como técnica
de manejo do solo. A capacitação foi
elaborada pelo MMA e teve o apoio significativo
do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal
que conduziu as instruções.