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MUDANÇAS CLIMÁTICAS DEVEM ESTIMULAS PESCA TURISMO E ENERGIA NO PANTANAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2009

(18/09/2009) - As atividades de pesca, turismo e a produção de energia a partir de aguapés que descem os rios são três possibilidades de aproveitamento econômico dos recursos do Pantanal, caso as mudanças climáticas aumentem os períodos de cheia na região.

Este cenário foi apresentado pelo pesquisador André Steffens Moraes, da Embrapa Pantanal, em Buenos Aires, Argentina, entre os dias 24 e 26 de agosto, na 6ª Reunião Técnica Internacional da Rede Cyted "Efeitos das Mudanças Globais sobre Áreas Úmidas da Iberoamerica".

André apresentou a palestra “Cenários de Desenvolvimento Sustentável no Pantanal em Função de Tendências Hidroclimáticas”, e trabalhou com dois cenários futuros possíveis para a região em função das mudanças climáticas: aumento e redução do período de alagamento.

Os prognósticos traçados sobre as atividades econômicas mais promissoras no Pantanal indicam que a pecuária vai permanecer nos dois cenários, mas com futuros diferentes. Segundo André, caso aumentem os períodos de cheias, ela deve ceder espaço para as três atividades citadas acima, sendo a produção de energia a partir de aguapés uma atividade nova na região.

Essa biomassa vegetal aquática apresenta diversos potenciais econômicos a médio prazo, como produção de fertilizantes orgânicos, de fibras e de energia (bio-óleo, biocarvão, etanol celulósico, gás de síntese, hidrocarbonetos renováveis).

“Caso prevaleça a seca, poderão ser implementados sistemas combinados de produção silvopastoril, incluindo o replantio de plantas nativas em áreas antes alagadas, para aproveitamento econômico dessas espécies”, explicou o pesquisador da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Como exemplo, cita produtos do setor florestal, tais como madeira para uso na construção civil e na indústria moveleira, produção de fibras e frutos, extração de gomas, óleos e essências e demais subprodutos da silvicultura.

Cenários hidroclimáticos são úteis porque permitem identificar oportunidades para as próximas décadas, em função da mudança de clima. Nos prognósticos realizados também foram consideradas as mudanças e tendências da economia mundial e o valor dos serviços ambientais produzidos pela região.

Desenvolvimento Sustentável

Como usar esses cenários em favor do desenvolvimento sustentável do Pantanal? Os cenários ambientais e econômicos prognosticados permitiram definir formas de manter os serviços ambientais e mitigar a emissão de gases de efeito estufa, o que se daria pela geração e uso de tecnologias de manejo de biomassa vegetal aquática (aguapés) e terrestre para diversas finalidades, principalmente produção de energia e insumos renováveis. Tais atividades podem possibilitar benefícios sócio-ambientais, tais como a diversificação da renda, o seqüestro de carbono, a redução da pressão sobre matas nativas e a redução da emissão de gases de efeito estufa.

Cientistas da Embrapa Pantanal identificam que haverá um aumento dos índices de chuva até 2070, em decorrência do aumento no transporte de umidade do Oceano Atlântico Equatorial e da Floresta Amazônica para a região central da América do Sul. Mas isso não significa aumento das cheias, já que a região tem déficit hídrico. O déficit hídrico ocorre quando o volume de evaporação das águas é maior que o volume de chuvas.

Rede

O Cyted é o Programa Iberoamericano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento e reúne 19 países da América Latina, Portugal e Espanha. Desde que foi criado, em 1984, gerou quase 200 redes temáticas. A rede que se reuniu na Argentina é uma delas, foi formada em 2004 e está se encerrando agora, em 2009.

O objetivo desta rede é propiciar a cooperação entre especialistas iberoamericanos, o intercâmbio de experiências e a transferência de conhecimentos sobre os efeitos das mudanças globais sobre as áreas úmidas e sua repercussão em três direções fundamentais: a vulnerabilidade dos recursos hídricos; a biodiversidade, a vulnerabilidade de espécies e a resiliência; e a segurança alimentar e a saúde humana.

O pesquisador disse que em breve deve ser criada uma outra rede sobre o tema, mais ampla. "A ideia é incluir as áreas glaciais e de montanhas, além de manter os estudos em áreas úmidas", afirmou. As reuniões técnicas acontecem uma vez por ano. Desta vez, cerca de 15 profissionais participaram.
Ana Maio

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Fundo Amazônia financia ações de desenvolvimento científico

(23/09/2009) - Pesquisadores e analistas da Embrapa Acre participaram, na sexta-feira( 18) , da rodada de apresentações do Fundo Amazônia. O objetivo foi conhecer as linhas de financiamento e formas de acesso aos recursos para ações de pesquisa científica. Uma das categorias do Fundo da Amazônia é destinada ao desenvolvimento científico e tecnológico aplicado ao uso sustentável da biodiversidade.

“O Fundo Amazônia conta com linhas temáticas compatíveis com a atuação da Embrapa. Áreas estratégicas para a empresa poderão ser contempladas com recursos desta fonte de financiamento. Além disso, abre-se a perspectiva de desenvolver projetos em parcerias com as diversas unidades da Embrapa”, afirma o chefe-geral da Embrapa Acre, Judson Valentim.

Atualmente o Fundo Amazônia dispõe de 110 milhões de dólares, recursos provenientes de doação do Governo da Noruega. Esse valor chegará a um bilhão de dólares até 2015. Os recursos serão destinados a ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e uso sustentável das florestas no bioma amazônico.

Para a chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Acre, Lúcia Wadt, os recursos do Fundo são uma boa oportunidade de ampliar o leque de atuação da empresa porque também permitem investimento em de infraestrutura e capacitação. “O interessante é que o acesso aos recursos por meio de carta-consulta possibilita maior mobilidade na execução dos projetos. Outra vantagem é que as propostas podem ser negociadas e adaptadas às diretrizes de financiamento”, diz Lúcia.

O Fundo é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pela seleção, contratação e monitoramento dos projetos e o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) responde pela secretaria executiva do comitê técnico. Os recursos são desembolsados mediante a celebração de contratos de créditos não reembolsáveis com instituições do governo, fundações de pesquisa, setor privado, associações, cooperativas e organizações não governamentais.

O Acre encerrou a rodada de apresentações do Fundo Amazônia em estados da Amazônia Legal. Segundo Luiz Pazos, gerente do Departamento de Gestão do Fundo Amazônia, o evento é importante para esclarecer o que pode ser acessado e gerar discussões que podem suscitar projetos para este tipo de financiamento. “Como o esforço de captação de recursos é centrando no BNDES, isso facilita o acesso de instituições interessadas”, enfatiza.

O evento foi realizado pelo Serviço Florestal Brasileiro, BNDES e Ministério do Meio Ambiente, com apoio Governo do Acre, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), Centro de Trabalhadores da Amazônia, Associação das Indústrias de Madeira de Manejo do Estado do Acre (Assimanejo), Rede GTA, Grupo de Trabalho Amazônico.
Priscila Viudes


 

Fonte: Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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