11/09/2009 - Imagine ver de perto
um linguado, uma moréia verde, uma raia jamanta
ou uma tartaruga verde. Todas as maravilhas dos
oceanos vão estar mais próximas dos
paulistas com a ajuda do Passaporte Azul, publicação
que traz sugestões de roteiros
de mergulho nas áreas protegidas do litoral.
O guia foi lançado, em 10.09, na Adventure
Sports Fair, que acontece no Centro de Exposições
Imigrantes até 13.09.
O Passaporte informa para os mergulhadores
as particularidades de cada ponto, como profundidade,
temperatura e condições de mergulho.
Além disso, é possível conferir
mapas detalhados das áreas, indicações
de como chegar e relatos sobre a vida marinha. Muitos
dos pontos passam por locais de naufrágios,
interessantes para aqueles que buscam explorar de
perto a história do litoral de São
Paulo. “Quando vi o Passaporte o achei muito completo.
Ele é para os verdadeiros aventureiros.”,
disse o secretário Xico Graziano.
Os pontos de mergulho indicados
na publicação estão inseridos
nas Áreas de Proteção Ambiental
Marinhas - APAs do litoral norte e centro, no Parque
Estadual Marinho da Laje de Santos e no Largo dos
Parques Estaduais da Ilha Anchieta, de Ilhabela
e da Serra do Mar. Os roteiros propostos foram escolhidos
para incentivar o conhecimento da vida marinha no
Estado, da natureza ao redor e das tradições
culturais das comunidades locais. “A idéia
de criar o Passaporte Azul surgiu quando começamos
a discutir a criação das APAs marinhas.
As comunidades locais foram de grande ajuda na elaboração
do guia.”, conta Anna Carolina Lobo, gerente de
Ecoturismo da Secretaria do Meio Ambiente.
Os passaportes serão vendidos
por R$5,00 nos parques e áreas que estão
no roteiro. Na capital, os pontos de venda ficarão
na sede da Fundação Florestal - FF
e no balcão único da Secretaria Estadual
do Meio Ambiente - SMA. Em breve, os interessados
também poderão adquirir o passaporte
pela internet.
Ecoturismo na Argentina
Durante o lançamento, o secretário
Xico Graziano e o secretário do Turismo da
Argentina, Lic. Enrique Meyer, assinaram um Protocolo
de Intenção para promover o intercâmbio
técnico e de experiências entre os
órgãos, ambos responsáveis
pelas políticas de gestão e uso público
em unidades de conservação. “A Argentina
possui muitos parques e experiências interessantes
em ecoturismo. Essa parceria tem o objetivo de estimular
a visitação de Unidades de Conservação
nos dois países.”, disse José Amaral
Wagner Neto, Diretor da Fundação Florestal.
Projetos serão desenvolvidos pelos técnicos
da Fundação Florestal e da Argentina
para identificar as potencialidades de implantação
de circuitos integrados de ecoturismo e esportes
de aventura nos parques dos dois países.
Uma ação prevista é implantar
campanhas de divulgação para incrementar
a visitação nessas áreas protegidas.
+ Mais
Seminário discute mudanças
climáticas e créditos de carbono
10/09/2009 - As propostas e desafios
do mercado de créditos de carbono, o potencial
brasileiro, os investimentos em energias renováveis
e a busca da sustentabilidade nas cidades foram
os temas abordados nos painéis do 3º
Seminário Créditos de Carbono e Mudanças
Climáticas, realizado pelo jornal Valor Econômico
em 10.09. O encontro contou com a presença
de consultores e especialistas no mercado de carbono.
A palestra de abertura, apresentada
pelo secretário do meio ambiente, Xico Graziano,
abordou as perspectivas e iniciativas na agenda
das mudanças climáticas. De acordo
com o secretário, a China assumiu uma posição
ousada, se comparada com as ações
das demais economias emergentes. “A China tem dado
provas de que está disposta a investir na
redução de suas emissões. Por
ter uma matriz energética muito suja, ao
contrário do que muitos imaginaram, o país
está à frente, buscando uma nova liderança”,
destacou.
Graziano enfatizou a importância
da elaboração dos inventários
de emissão. “Se discute muito qual vai ser
a meta de redução, mas não
se sabe o quanto se emite. A base de dados e informações
é extremamente frágil em nosso país
em termos de emissão”, apontou. O secretário
ressaltou a elaboração do inventário
estadual de gases de efeito estufa, que deve ser
finalizado no primeiro semestre de 2010.
Apesar do Brasil ser um país que não
possui metas de redução de gases de
efeito estufa, o Estado de São Paulo saiu
na frente e apresentou à Assembléia
Legislativa a Política Estadual de Mudanças
Climáticas – PEMC, que recebeu caráter
de urgência para entrar em votação.
Graziano declarou ainda que é preciso aproveitar
as oportunidades diante dos desafios. “O enfrentamento
da crise do planeta pode provocar investimentos
que ajudem a construir uma nova economia”, pontuou.
O seminário proporcionou a troca de experiências
entre os profissionais que lidam diariamente com
esta temática, seja na elaboração
de inventários de emissões ou em projetos
de comercialização de carbono. O seminário
também abordou as perspectivas futuras da
agenda das mudanças climáticas, principalmente
diante das expectativas mundiais da Conferência
das Partes da Convenção das Nações
Unidas sobre Mudança de Clima, que será
realizada em dezembro de 2009 em Copenhagen, na
Dinamarca.
O evento contou com a participação
de profissionais das universidades Federal do Rio
de Janeiro – UFRJ e Estadual de São Paulo
– USP, da Fundação Getúlio
Vargas – FGV e do Instituo de Pesquisas Tecnológicas
– IPT.