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PLANO DEVE AJUDAR PAÍS A REDUZIR EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2009

10/09/2009 - Em audiência pública realizada nesta terça-feira (8), pela Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC) do Senado, o cientista Carlos Nobre, do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP), disse que a implantação do Plano Nacional sobre Mudanças Climáticas (PNMC), pode tornar o Brasil um dos países com os menores índices per capita de emissões de gases de efeito estufa.

A comissão discutiu o Plano e as perspectivas do Brasil para a 15ª Conferência das Partes (COP 15) das Nações Unidas. Esse encontro será em dezembro, em Copenhague, na Dinamarca, com a participação de especialistas de 200 países, que debaterão o acordo global que sucederá o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012. Eles acenam com a adoção de regras mais rígidas de redução das emissões de gases do efeito estufa.

Representando o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) no debate, Nobre disse que o Brasil terá pelos próximos 20 anos a "grande oportunidade" de contribuir para a redução do aquecimento global, por meio de programas que priorizem o combate aos desmatamentos e queimadas, as ações de reflorestamento, o aumento da eficiência agrícola e o uso de energia renovável.

Para ele, o País dispõe de características naturais que neste momento favorecem o desenvolvimento de sua economia e que não são encontradas em outros países emergentes, como Índia e da China. “No Brasil, o desafio é pensar em eficiência agrícola se quisermos reduzir radicalmente aqui a emissão de gases poluentes da atmosfera. Precisamos inverter essa tradição de expansão da área pelo aumento da eficiência”, observou.

Mesmo lembrando que o PNMC ainda está em discussão na Câmara dos Deputados, Nobre afirmou que o Brasil já tem condições de liderar o debate sobre a redução do desmatamento tropical. Ressaltou ainda a criação da Rede Vida, pelo MCT, destinada a ampliar o conhecimento sobre as mudanças climáticas globais. A rede, com 76 instituições e 139 grupos de pesquisa, pretende apresentar o resultado de suas primeiras pesquisas em 2010.

“Temos condições de ser um País plenamente desenvolvido. Nosso grande potencial é o ambiental, mais que o agrícola, onde já somos uma potência. A implementação bem sucedida do plano pode tornar menor a emissão de gás carbônico”, afirmou.

Nobre observou que o Inpe já se prepara para ampliar o monitoramento da cobertura vegetal de todos os biomas do País, e não apenas da Amazônia, em um trabalho que envolverá diversas instituições públicas, a exemplo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)

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Ministros do MCT e MMA assinam acordo para acesso à biodiversidade

15/09/2009 - Os ministros da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e do Meio Ambiente, Carlos Minc, assinaram hoje (15), em Brasília, um acordo interministerial para a implantação do credenciamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) junto ao Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEM/MMA).

O credenciamento permite ao CNPq autorizar instituições nacionais, públicas ou privadas, a coletar amostras do patrimônio genético da biodiversidade, além de remeter essas coletas a instituições sediadas no exterior, para fins de pesquisa científica. No encontro, foi assinado também o encaminhamento do anteprojeto de lei que dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético nacional e que será enviado à Casa Civil pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) para apreciação.

Rezende destacou a importância do acordo para a geração de conhecimento a partir de amostras coletadas da biodiversidade. Ele lembrou ainda que na 60ª Reunião Anual Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada em julho de 2008, em Campinas (SP) , o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fez um pedido aos organizadores do evento, para que o acesso à pesquisa fosse desburocratizado. “Dois meses depois recebi um documento do presidente da SBPC, Marco Antonio Raupp, que apontava necessidade de avanços em três áreas: administração de recursos para pesquisa, acesso à biodiversidade e a importação de material genético para produção de pesquisas. Estamos avançando em todas elas, inclusive no acesso à biodiversidade com a assinatura deste acordo”, enfatizou.

O ministro falou também do projeto de lei sobre acesso à biodiversidade. “O atual projeto de lei será encaminhado à Casa Civil, mas ainda passará pela análise de outros ministérios. Tenho certeza que será um avanço para o País. Antes desse documento, que tem cerca de 70 artigos, tínhamos outro com mais de 180 artigos, mas que não atendia prioritariamente a biodiversidade. Espero que este projeto seja aprovado e regulamentado para que possamos comemorar em 2010, o Ano Internacional da Biodiversidade. Precisamos do acesso a esses materiais para podermos proteger a biodiversidade”, destacou.

Aliança histórica

Carlos Minc considerou a parceria entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o CNPq e o MCT um marco histórico. “É uma satisfação de estarmos aqui hoje (15), selando uma aliança histórica para o bem da biodiversidade e do meio ambiente. A sua defesa depende do conhecimento proporcionado pela pesquisa. Se não soubermos como se comporta como iremos defendê-la”, interrogou.

Minc citou também a participação do Brasil no grupo de países que detém a maior área de biodiversidade do planeta. “Dezoito países somam mais de 80% da biodiversidade de todo o mundo. A nossa importância é real. Neste sentido, tenho confiança que o CNPq vai desburocratizar o acesso às pesquisas. O meio ambiente está ganhando em mecanismos de proteção à biodiversidade”, considerou.

CNPq

O presidente do CNPq, Marco Antonio Zago, comentou que pela primeira vez um ministro do Meio Ambiente visita as instalações da instituição. Ele disse ainda que a visita tem um significado simbólico que não pode passar despercebido. “A aliança entre CNPq, MMA e MCT tem função estratégica. Deste modo, caberá ao MCT coordenar o processo político de ciência e tecnologia para o desenvolvimento da biodiversidade. O MMA atuará na fiscalização das políticas empregadas. E o CNPq por sua vez será responsável por executar as ações”, descreveu.

Zago explicou que a decisão do CGEN atribui ao CNPq a responsabilidade de controlar o acesso ao patrimônio genético da biodiversidade. Ele disse ainda que o CNPq hoje já atua na promoção à pesquisa. Citou o Programa Ecológico de Longa Duração (PELD/CNPq), responsável por pesquisas em biomas de todo o País e que já recebeu em nove anos mais de R$ 20 milhões. “Cito também, o Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira (Probio/CNPq/MMA), que também recebeu recursos na ordem de R$ 29 milhões”.

O presidente do CNPq ressaltou a criação dos 123 Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INTs). “Para este edital temos disponíveis cerca de R$ 600 milhões. Dos 123 institutos, 18, são voltados para o estudo da biodiversidade. Apenas para estes, foram destinados mais de R$ 70 milhões”, disse.

Zago falou também do Ano Internacional da Biodiversidade, instituído pela Organização das Nações Unidades (ONU), e propôs três desafios. “Proponho uma ação em conjunto para o estudo integrado do bioma brasileiro, formação de recursos humanos e a repatriação de dados da biodiversidade brasileira”, citou.


 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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