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PLANO DE GOVERNO PODE IMPULSIONAR GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA NO BRASIL, DIZ ASSOCIAÇÃO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2009

4 de Setembro de 2009 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Com a inauguração de um novo parque eólico no Ceará, com 105 megawatts (MW), na próxima quinta-feira (10), o Brasil ampliará para 547 MW a potência instalada dessa fonte renovável. O presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEeólica), Lauro Fiuza, disse hoje (4) que até o final do ano outros parques que estão em construção devem começar a operar, o que elevará a potência instalada no país para 900 MW. Segundo ele, ainda falta ao Brasil um plano de longo prazo para impulsionar a energia eólica.

Fiuza participou hoje, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), de seminário promovido pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais do Rio (Apimec/RJ). De acordo com ele, os países que tiveram expansão da fonte eólica contaram com programas de governo, com metas de quantidade a ser comprada, preço e período determinado.

“Isso é fundamental para que as indústrias se instalem e para que os empreendedores iniciem os seus investimentos em detecção de áreas, arrendamento, medição de vento e estabelecimento de projetos no longo prazo. Achamos que a primeira etapa a ser incrementada agora é estabelecer um plano”. Esse plano englobaria a contratação, por dez anos, de mil MW/ano de energia eólica, o que resultaria em 10.000 MW no período final.

Na avaliação do presidente da ABEeólica, falta decisão política para definir esse plano para o setor. Ele observou, porém, que, já existe um discurso unificado no Brasil sobre a importância da geração eólica. “As autoridades estão fazendo o mesmo discurso que estamos pregando há dois anos, o que nos deixa muito otimistas”. Fiuza estima que até o final de 2010 o potencial instalado da energia eólica brasileira chegará em torno de 1.300 MW.

Em comparação a outros países que também investem na fonte eólica para geração de energia - como Portugal, onde são gerados 2.870 MW -, Fiúza afirmou que o Brasil ainda está muito atrasado. Diferentemente de outras nações, entretanto, o Brasil apresenta uma situação particular, reunindo todas as condições que permitem produzir energia renovável em abundância, sob todas as formas: hidrelétrica, eólica, biomassa, solar. Essas condições, assinalou, permitem que o Brasil tenha crescimento e desenvolvimento econômico por muito tempo, com total independência.

“Dentro desse contexto, a eólica agora passa a ser vista com outros olhos”, disse Fiuza. Isso decorre do fato de as reservas hidrelétricas contidas na região de mais alto consumo, que é a costa brasileira, já terem sido esgotadas, explicou. “Daqui para frente, todo o nosso potencial a explorar está na Amazônia. E ali a tecnologia sai de grandes reservatórios que acumulam muita água”.

Naquela região, com as usinas a fio d’água (que não possuem reservatórios), a energia tem que ser complementada por outras formas de geração. “E a eólica é a [fonte] de maior potencial, seguida pelas pequenas centrais hidrelétricas (PCH) e biomassa. E, futuramente, pela solar”.

Fiuza disse que as projeções do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE), elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), no que diz respeito à energia eólica, já serão ultrapassadas com o leilão de reserva programado para novembro próximo. O Plano Decenal prevê que a geração eólica alcançará 3.000 MW em 2017. “O plano está sendo anualmente modificado. É apenas uma sinalização. E como sinalização, ele está péssimo,. Enquanto que, para o ano, o novo PDE já vai acenar para uma participação da eólica bem mais forte.”

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Desmatamento na Amazônia em julho foi 93% maior, mostra Imazon

1 de Setembro de 2009 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O desmatamento na Amazônia em julho foi 93% maior que o verificado no mesmo mês de 2008, de acordo com relatório divulgado hoje (1°) pela organização não governamental (ONG) Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), que utiliza imagens de satélites, mostrou que houve a derrubada de pelo menos 532 quilômetros quadrados (km²) de florestas em julho. No mesmo mês do ano passado, a área derrubada foi de 276 km².

O levantamento da ONG é paralelo à estimativa oficial, calculada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que deve divulgar os números de julho ainda hoje.

De acordo com o Imazon, o desmate ficou concentrado no oeste do Pará, na região do entorno da BR-163 e da Terra do Meio, um conjunto de unidades de conservação, pressionado pelo avanço da pecuária. O estado foi responsável por 70% do desmatamento verificado em julho, com 372,4 km² a menos de florestas.

Mato Grosso aparece em seguida, com 64 km² (12% do total), e o Amazonas em terceiro, com 53 km² de derrubada no período (10%). Com poucas nuvens sobre a região, os satélites conseguiram observar 81% da Amazônia, segundo o relatório.

De acordo com o Imazon, pelo menos 18% dos novos desmatamentos verificados em julho ocorreram dentro de unidades de conservação, (UCs) que deveriam ser áreas protegidas da exploração ilegal de madeira. As UCs mais afetadas foram a Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu e as florestas nacionais de Altamira e do Jamanxim, todas no Pará.

Apesar do aumento do desmate em julho, os dados do Imazon apontam redução da derrubada entre agosto de 2008 e julho de 2009 em relação ao período anterior (agosto de 2007 a julho de 2008). Pelos números do SAD, o desmatamento acumulado até agora foi de 1.766 km², ante 5.031 km² do período anterior, o que corresponde a uma queda de 65%.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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