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RESOLUÇÃO QUE DISPÕE SOBRE A QUALIDADE DOS LAUDOS ANALÍTICOS APRESENTADOS AO SEAQUA ENTRA EM VIGOR

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Setembro de 2009

03/09/2009 - Exatamente três anos após sua edição entrou em vigor, no último dia 31.08, a Resolução SMA 37/2006, que dispõe sobre os requisitos dos laudos analíticos submetidos aos órgãos integrantes do Sistema Estadual de Meio Ambiente - SEAQUA. Agora, portanto, só serão aceitos pelos órgãos do SEAQUA laudos analíticos emitidos por laboratórios acreditados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO ou outro órgão que faça parte dos acordos de reconhecimento mútuo de que o INMETRO é integrante.

A Resolução SMA 37/2006, cujo objetivo, entre outros, segundo Meron Petro Zajac, assessor da Diretoria de Tecnologia, Qualidade e Avaliação Ambiental da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB foi o de oferecer maior confiança na análise dos processos, assim como na tomada de decisões, pelos técnicos da Companhia, com base numa maior confiabilidade nos resultados analíticos dos laboratórios ambientais. Mas em 2008, conforme explica Meron, foi prorrogada por mais um ano através da Resolução SMA 46/2008, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente - SMA, com a finalidade de oferecer maior transparência ao processo e maior oportunidade para que um número maior de laboratórios se acreditassem, nos parâmetros de interesse ambiental, de acordo com a Resolução 37.

Meron lembra que, desde a publicação da Resolução em 2006, a CETESB e a SMA realizaram “workshops” e outras iniciativas visando justamente uma capacitação dos laboratórios ambientais e enfatizando a importância da acreditação de Sistemas de Gestão de Qualidade – SGQ. Um seminário em março de 2009, no auditório da sede da SMA e da CETESB, foi mais um passo rumo a esse objetivo, abordando diversos temas de interesse.

Por sua vez, a química Patrícia da Silva Trentin, gerente do Setor de Qualidade Laboratorial da CETESB, destacou que a entrada em vigor da Resolução mostra a importância do estabelecimento de medidas necessárias para a garantia da qualidade do meio ambiente e se alinha, também, com as diretrizes do Governo do Estado de São Paulo, de conferir rapidez, transparência e principalmente confiabilidade ao processo de licenciamento ambiental.

Laboratórios acreditados

Como complemento à Resolução SMA 37/2006, foi publicado no Diário Oficial do Estado do último dia 29.08 a “Decisão de Diretoria – 211/2009/T/L” da CETESB, que torna transparente o Artigo 2º da Resolução no que se relaciona à aceitação de resultados de ensaios físicos, químicos orgânicos e inorgânicos, microbiológicos, biológicos e toxicológicos, somente quando realizados por laboratórios acreditados, nos parâmetros determinados, segundo a Norma ABNT NBR ISO/IEC 17025, do INMETRO, ou outro organismo reconhecido por ele, quando houver laboratórios nestas condições no Brasil.

A norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 “Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração” garante que o laboratório acreditado é capaz de produzir dados confiáveis, rastreáveis e reprodutíveis – componentes críticos e fundamentais na tomada de decisão pelos órgãos do SEAQUA.

Com o objetivo de regulamentar a alínea “b” do Artigo 2º, a CETESB elaborou critérios para as situações onde não há laboratórios acreditados para determinados parâmetros em território nacional. Esses critérios passam a vigorar, conforme sua publicação no Diário Oficial, com vigência por um período de 18 meses. Após esse prazo serão aceitos somente laudos analíticos de laboratórios acreditados.
Texto: Mário Senaga
Fotografia: Pedro Calado

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Seminário debate o papel do biólogo na área ambiental

04/09/2009 - Formular e elaborar estudos, projetos e pesquisas relacionados à preservação, saneamento e melhoramento do meio ambiente é o papel do profissional graduado em biologia conforme a lei federal nº 6684, de 03/09/1979, que regulamenta o exercício da profissão. A partir da publicação da lei, a data ficou marcada como o dia do biólogo. No entanto, a atuação do biólogo tem ido além do que especifica a lei com o aumento da pressão da atividade humana sobre o meio ambiente.

Diante deste cenário, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, juntamente com o Conselho Regional de Biologia da Primeira Região CRBio 01, promoveram, em 02.09, o seminário “O papel do biólogo na área ambiental”. O objetivo do encontro foi apresentar e divulgar as atividades, experiências e responsabilidades do biólogo enquanto profissional atuante na área ambiental.

A abertura do evento contou com a participação do presidente da CETESB em exercício, Edson Tomaz de Lima Filho, e do presidente do CRBio 01, Wlademir João Tadei. “A questão ambiental hoje exige uma visão muito mais holística do que cartesiana e o biólogo, por sua formação, tem essa visão de análise do conjunto das questões existentes”, apontou Edson. Já, o presidente do CRBio 01 parafraseou o pai da teoria da evolução para demonstrar o dinamismo que o biólogo deve adquirir. “Como disse Darwin, não são os animais mais fortes que sobrevivem, mas os que apresentam maior capacidade de adaptação” - declarou. De acordo com Wlademir, o estado de São Paulo conta atualmente com 18.000 biólogos.

A palestra inicial foi ministrada por Aristides Almeida Rocha, primeiro biólogo da CETESB, quando a companhia chamava Centro Tecnológico de Saneamento Básico, na qual destacou o papel do profissional como parte de uma equipe multidisciplinar. “A CETESB surgiu com pouco mais de seis técnicos e eu era o único biólogo. O número do meu crachá era 007”, contou em tom de brincadeira. Durante a palestra, Aristides, que é professor titular e ex-diretor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, consultor assessor das Organizações Pan-Americana e Mundial de Saúde OPA/OMS e presidente do conselho consultivo do Instituto Samuel Murgel Branco, contou o histórico dos biólogos na CETESB. “Tudo começou com o laboratório do prédio cinco. Na época, o governador Abreu Sodré vinha para a inauguração e as vidrarias ainda não tinham sido entregues. Pegamos emprestados alguns beckers da Comissão Intermunicipal de Controle das Águas e do Ar – CICPAA, que atuava na região do ABC, e fizemos algumas soluções coloridas apenas pra ficar com cara de laboratório”, relatou.

De acordo com Aristides, o biólogo é importante para participar das decisões de planejamento, não só nas análises laboratoriais. Para ele, o maior patrimônio da CETESB é o corpo de funcionários. “Me orgulho muito de ter começado aqui”, declarou.

O seminário abordou em três mesas redondas as diversas áreas nas quais o biólogo tem atuação dentro do sistema estadual de meio ambiente. As mesas discutiram o trabalho em monitoramento e diagnósticos ambientais, licenciamento ambiental, fiscalização, emergências ambientais e educação ambiental. Para a farmacêutica bioquímica Rosana Maria de Macedo Borges, do setor de áreas contaminadas da CETESB, o biólogo pode atuar em qualquer área, desde que tenha conhecimento técnico. “Temos estagiários em biologia que puderam escolher onde trabalhar, com duas propostas de consultoria”, afirmou.

A bióloga Júlia de Lima Krahenbuhl, que trabalha na Coordenadoria de Educação Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente – SMA destacou a transversalidade exigida quando o tema é educação ambiental. “Para explicar a um professor o que é fotossíntese ou ciclo hidrológico em curso de capacitação, facilita se o profissional for um biólogo para esclarecer tais conceitos”, enfatizou.

O encerramento do seminário contou com a palestra “Mudanças Climáticas e Biodiversidade”, apresentada por Carlos Joly, professor da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP e coordenador do programa de Pesquisa em Caracterização, Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Biota/Fapesp.
Texto: Valeria Duarte
Fotografia: José Jorge

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Prefeitura de Valinhos começa a expedir licenças ambientais

10/09/2009 - A Prefeitura de Valinhos está, desde o dia 1º de setembro último, habilitada a expedir licenças ambientais para empreendimentos de baixo impacto, tendo já recebido um pedido formal de licenciamento e várias solicitações de informações. Com essa finalidade, foi firmado um convênio entre o município e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, órgão da Secretaria do Meio Ambiente, que incluiu, entre outras exigências, o treinamento de técnicos da prefeitura para a prestação desse serviço.

A lista de empreendimentos licenciáveis pela administração municipal contempla 43 atividades, desde a fabricação de sorvetes, tecidos, embalagens e artigos de serralheria, até a lapidação de pedras ou fabricação de calçados, entre outras de impacto local.
Quatorze municípios do Estado já firmaram convênio com a CETESB, assumindo o licenciamento ambiental. Ribeirão Preto foi o primeiro município a expedir as licenças. Santo André, Araraquara, Ribeirão Preto, Valinhos, Rio Claro, Campinas, Adamantina, Bragança Paulista, Brotas, Colina, São Paulo, Tabapuã, Guarulhos e Tatuí já formalizaram o convênio com a CETESB.

Mais de 50 municípios paulistas já iniciaram negociação com a agência ambiental, interessados em assumir a fiscalização e o licenciamento de empreendimentos de impacto local.
Texto: Renato Alonso


 

Fonte: Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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