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VIVERISTAS DO IAP GARANTEM QUALIDADE GENÉTICA DAS SEMENTES DO PROGRAMA MATA CILIAR

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Setembro de 2009

Durante a comemoração do Dia da Árvore, nesta segunda-feira (21), em Londrina, o secretário do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, fez questão de ressaltar a importância do trabalho dos cerca de 50 viveiristas do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) que trabalham diariamente para garantir a qualidade genética das mudas plantadas.

“As sementes utilizadas nos viveiros não são compradas, mas coletadas em florestas, por equipes distribuídas pelo Estado. Na busca pelos melhores exemplares de espécies nativas, técnicos entram nas matas e escalam árvores no período de amadurecimento das sementes”, explicou Rasca Rodrigues.

Segundo ele, somente no último ano foram coletadas e beneficiadas nos viveiros do IAP cerca de 25 toneladas de sementes, todas de espécies nativas de diversas regiões do Estado. “Não existe semente de angico ou de peroba à venda em supermercado ou em loja agropecuária, como as sementes de pinus e eucalipto”, demonstrou o secretário.

Para garantir a diversidade e a qualidade genética das mudas produzidas, o IAP promoveu treinamentos, comprou equipamentos e investiu em infraestrutura para coleta de sementes. Atualmente, cada um dos 20 viveiros do instituto possui uma pequena equipe de coleta, que executa o trabalho em sua região.

CUIDADOS – O presidente do IAP, Vitor Hugo Burko, explicou que existe acompanhamento técnico das árvores, para que a coleta seja feita no momento ideal para melhorar a reprodução. “Além disso, também seguimos as recomendações do Embrapa Florestas. Nosso objetivo é perpetuar as características originais de cada espécie, garantindo assim a biodiversidade e a vida no Paraná”, completou.

O trabalho é cuidadoso. “Não podemos coletar todos os anos sementes da mesma matriz. A seleção das árvores leva em consideração a manutenção da diversidade. Se coletássemos sempre das mesmas matrizes, teríamos uma floresta homogênea, o que não nos interessa. Queremos a variedade”, afirmou o funcionário do viveiro do IAP da região Norte, Sebastião Mendes. São coletadas 85 espécies de sementes, sendo que 15 delas estão ameaçadas de extinção - como a araucária, o palmito e a peroba rosa.

O coordenador estadual do Programa, Paulo Roberto Caçola, explicou que, depois de coletadas, as sementes são analisadas e beneficiadas em dois laboratórios do IAP, instalados nos maiores viveiros do Estado – em São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba) e Engenheiro Beltrão (Noroeste do Estado). “Lá as sementes são secas, limpas, testadas e encaminhadas aos viveiros conveniados”, completou.

As técnicas de beneficiamento variam, mas algumas espécies dependem de pouca ajuda – como a cangirana, por exemplo. “Basta que deixemos a semente dentro de saco plástico fechado alguns dias para que ela se abra”, completou o chefe do Viveiro do Guatupê em Curitiba, Benedito Eugênio Padilha.

Só na estufa do viveiro do IAP em São Jose dos Pinhais, 250 mil mudas são produzidas com sementes coletadas pelas equipes do órgão ambiental. “Se não fosse esse trabalho, algumas das árvores cultivadas aqui correriam o risco de desaparecer”, concluiu Padilha.

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Dia da Árvore é homenageado em Londrina com plantio da muda 100 milhões

O Dia da Árvore no Paraná foi homenageado nesta segunda-feira (21) com o plantio da muda número 100 milhões, do Programa Estadual Mata Ciliar. Cerca de mil pessoas – entre estudantes, agricultores, autoridades e parceiros do Programa participaram da solenidade. A muda foi plantada no “Jardim das 100 milhões”, composto por 100 espécies de mudas nativas de todo o Paraná e que formará a primeira coleção de plantas do Jardim Botânico de Londrina, com previsão de entrega da primeira fase prevista para novembro.
Durante o evento, o coordenador regional dos Correios, Areovaldo Alves de Figueiredo lançou – juntamente com o vice-governador Orlando Pessuti, que representou o governador Roberto Requião, e o secretário Rasca Rodrigues - o selo e o carimbo alusivos ao Programa Mata Ciliar.

“O Mata Ciliar não é mais um Programa de Governo, e sim de todos os paranaenses que contribuíram para que chegássemos à muda 100 milhões. É um Programa inspirado na biodiversidade do nosso Estado e voltado à melhoria da qualidade de vida das futuras gerações”, afirmou o secretário Rasca Rodrigues. Ele aproveitou o evento para homenagear todos os funcionários dos laboratórios e dos viveiros do IAP, que contribuíram em campo para a coleta das 25 mil toneladas de sementes necessárias todos os anos para o Programa, fossem transformadas em mudas qualificadas para o plantio.

Estiveram presentes à solenidade do Dia da Árvore o prefeito de Londrina, Barbosa Neto; presidente da Câmara de Vereadores de Londrina, José Roque Neto; o presidente da Itaipu Binacional, Jorge Samek, o presidente do IAP, Vitor Hugo Burko; a diretora de Ação Social e Meio Ambiente da Sanepar, Maria Arlete Rosa; diretora de Meio Ambiente da Copel, Marlene Zanin; presidente da Sociedade Rural do Paraná, Alexandre Kureff; deputado federal Luiz Carlos Hauly; coordenadora da Região Metropolitana de Londrina, Elza Correa, entre outras autoridades.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa deputado estadual, Luiz Eduardo Cheida, agradeceu a iniciativa privada e a todos os agricultores que, desde o início, acreditaram na proposta do Governo de recuperar a mata ciliar para a melhoria do meio ambiente e da produção.

RESULTADOS – O Programa Mata Ciliar atua em duas principais vertentes, uma delas é a recomposição da mata ciliar através do plantio de mudas de espécies nativas e a outra, o abandono de áreas para que a vegetação se recomponha naturalmente.

“O abandono de áreas para regeneração natural é tão importante quanto o plantio de mudas, uma vez que a vegetação nativa pode servir como banco de sementes assegurando assim a qualidade genética destas novas florestas”, explica o secretário Rasca.

Hoje, o Mata Ciliar é considerado referência mundial em reflorestamento, graças ao envolvimento e mobilização da sociedade paranaense. Com o apoio de mais de 300 parceiros e 399 prefeituras garantiu-se resultados como, por exemplo, a semeadura no campo de 4,1 mil hectares de novas mudas, 4,9 mil quilômetros de cercas instaladas, 13,4 mil hectares de áreas abandonadas para regeneração natural e 132,4 mil agricultores beneficiados em todo o Estado. Já o índice de sobrevivência das mudas em campo é de 55% e foi obtido através de vistorias de 58 áreas totalizando 158.000 mudas.

O Programa também contabiliza o carbono sequestrado pelo plantio das árvores, que até agora já soma 1.404.364 mil toneladas de carbono. Além disso, o Programa mantém um Projeto de Neutralização do carbono emitido pela Convenção da Diversidade Biológica – entidade da Organização das Nações Unidas (ONU). Ao todo, 58 propriedades integram a ação com o plantio de 163.727 mil mudas de espécies nativas e 118,165 hectares de reflorestamentos. O índice de sobrevivência das mudas é de 98% e o resgate de carbono de 2,85 toneladas ao ano.

EVOLUÇÃO – Para atingir a meta inicial de plantar 90 milhões de mudas de árvores nativas, às margens dos principais rios, Unidades de Conservação e Corredores de Biodiversidade, o Governo investiu cerca de R$ 20 milhões no Programa Mata Ciliar para reestruturação dos 20 viveiros do IAP. Até o ano de 2004 estes viveiros produziam três milhões de mudas anualmente. Já em 2007, a produção de mudas saltou para dez milhões.

Outro fato comemorado pelo secretário Rasca é a conversão da produção dos viveiros do IAP que antes produziam apenas mudas de árvores exóticas para a produção de 85 espécies nativas recomendadas pela Embrapa nas sete regiões bioclimáticas do Paraná.

“Até 2003, eram produzidos dois milhões de mudas de espécies exóticas, como pinus e eucalipto, e apenas um milhão de árvores nativas. Hoje, 100% da produção é de espécies nativas. Se comparássemos à produção de nativas até 2003 com o que produzimos somente nos viveiros do IAP atualmente, já seria um aumento de 1.000%”, destaca o secretário.

VIVEIROS – Cada “kit viveiro” cedido aos parceiros inclui uma casa de vegetação de 50 metros quadrados com sistema de irrigação, área de rustificação (incubadora de mudas) de 160 metros quadrados, tubetes para produção de 90 mil mudas anuais, sombrite (cobertura de plástico) e sistema tubular de sustentação da estufa, além de sementes. “Os parceiros se responsabilizam apenas pela mão-de-obra, terreno, instalação hidráulica e manutenção”, explicou o presidente do IAP, Vitor Hugo Burko.

Ele ainda comentou que o sistema de produção oferecido é considerado inovador. “No lugar das tradicionais embalagens plásticas descartáveis são usados tubetes reaproveitáveis. Em seu interior, casca de pinus em vez de terra”, disse. O tubete é o local onde a semente fica acondicionada até virar muda. Após atingir o tamanho ideal, a muda é transferida para a terra e o tubete é reutilizado para germinar outras mudas.

Entre as principais vantagens do uso do tubete está o custo-benefício e a facilidade no transporte. Um caminhão que transportaria 10 mil mudas com embalagens convencionais, por exemplo, poderá transportar 500 mil tubetes.


 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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