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ZONEAMENTO DA CANA-DE-AÇUCAR NÃO REVÊ LAVOURAS NA AMAZÔNIA E NO PANTANAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2009

2 de Setembro de 2009 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar, que vai definir onde as novas lavouras para produção de etanol poderão ser instaladas, será anunciado na próxima quarta-feira (9) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação é do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que adiantou hoje (2) alguns pontos do mapeamento.

Segundo Minc, não serão autorizadas novas lavouras na Amazônia e no Pantanal, o que inclui a Bacia do Rio Paraguai, em Mato Grosso. A possibilidade de cultivo de cana na região foi um dos pontos mais polêmicos da negociação, que atrasou em mais de um ano a divulgação do zoneamento.

Não poderá haver competição com áreas de produção de alimentos e a colheita nas novas plantações será obrigatoriamente mecanizada, sem fogo, segundo Minc. Para os canaviais já consolidados, o governo vai estabelecer um prazo de cinco anos para zerar as queimadas.

O zoneamento também prevê as regras para o aproveitamento do vinhoto (resíduo poluente) e da palha da cana para geração de energia elétrica a partir da biomassa.

A estimativa do governo é que os atuais canaviais somam 7 milhões de hectares. A expansão da produção de etanol vai demandar pelos menos mais 6 milhões de hectares, a grande maioria em áreas de Cerrado.

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Cerrado terá plano contra desmatamento

10 de Setembro de 2009 - Da Agência Brasil - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, lança hoje (10), às 10h30, o Plano de Ação de Prevenção e Controle do Desmatamento no Bioma Cerrado, o PPCerrado.

O plano faz parte de um conjunto de medidas divulgadas pelo Ministério do Meio Ambiente em razão do Dia Nacional do Cerrado, comemorado em 11 de setembro. O objetivo é levantar a situação do desmatamento na região e desenvolver ações contra a perda da cobertura vegetal do bioma.

Antes, às 9h, Carlos Minc participa de debate na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) 115/95 que considera o cerrado patrimônio nacional. A audiência será no Auditório Nereu Ramos.

Desmatamento no Cerrado é duas vezes maior do que na Amazônia

10 de Setembro de 2009 - Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Antonio Cruz/Abr - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, apresenta o primeiro monitoramento do desmatamento do Cerrado brasileiro, onde, desmata-se uma área de 20 mil quilômetros quadrados a cada ano, o dobro do que é desmatado na Amazônia
Brasília - No Brasil, desmata-se uma área de 20 mil quilômetros quadrados de Cerrado a cada ano. Isso corresponde ao dobro do que é desmatado na Amazônia. A informação – antecipada hoje (10) pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, durante a abertura da Comissão Legislativa Participativa da Câmara dos Deputados – será detalhada durante a coletiva destinada a apresentar o primeiro monitoramento do desmatamento do Cerrado brasileiro.

“Há dez anos, segundo nossos dados, tanto na Amazônia como no Cerrado eram desmatados 20 mil quilômetros quadrados por ano. Felizmente conseguimos, por meio dos programas tocados pelo governo, reduzir pela metade o desmatamento no bioma amazônico. A má notícia é que ainda não conseguimos fazer isso pelo Cerrado”, disse Minc.

O ministro ressaltou a importância da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 115/95, que torna patrimônios nacionais o Cerrado e a Caatinga. “Já faz 14 anos que essa PEC está tramitando. É importantíssimo que estendamos o monitoramento do desmatamento também a outros biomas, como a Caatinga, o Pantanal e o Pampa.”

Segundo ele, será possível apresentar metas concretas visando à redução do desmatamento de todos os biomas a partir de junho de 2010. “A base do plano será apresentada ainda hoje. O Cerrado é fonte da maior parte do manancial de águas do país e não pode ser prejudicado pelo agronegócio”, acrescentou.

Após participar da abertura da comissão, Minc seguiu para a sede do Ministério do Meio Ambiente para lançar o Plano de Ação de Prevenção e Controle do Desmatamento no Bioma Cerrado.

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Governo lança plano para frear desmatamento no Cerrado

10 de Setembro de 2009 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O governo lançou hoje (10) um plano para combate ao desmatamento do Cerrado, que até 2011 pretende frear o ritmo de devastação do bioma, que já perdeu 48,2% da vegetação original – quase um milhão de quilômetros quadrados (km²). Somente nos últimos seis anos, o desmatamento atingiu 127 mil km² do Cerrado, de acordo com dados divulgados hoje (10) pelo Ministério do Meio Ambiente.

O atual ritmo de devastação do Cerrado é de cerca de 20 mil km² por ano – o dobro do da Amazônia, que este ano deve registrar desmatamento inferior a 10 mil km².

Os números são do monitoramento por satélite que analisou imagens de 2002 a 2008 e mostra o avanço do desmate na região, pressionado pela expansão das lavouras de cana-de-açúcar, soja, pecuária e pela produção de carvão.

“Os dados mostram realidade muito cruel. Hoje em dia se desmata no Cerrado o dobro do que se desmata na Amazônia. Não queremos que o Cerrado de hoje vire a Mata Atlântica”, comparou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

A Mata Atlântica percorria o litoral brasileiro de ponta a ponta e se estendia do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, ocupando 1,3 milhão de quilômetros quadrados. Atualmente restam apenas 20% de sua extensão original

O governo listou os 60 municípios que, juntos, foram responsáveis por um terço do desmatamento no bioma entre 2002 e 2008 e que serão alvos prioritários das ações de fiscalização e controle.

De acordo com o levantamento, o desmate recente no Cerrado está concentrado no oeste da Bahia – na divisa com Goiás e Tocantins – e no norte de Mato Grosso. As áreas coincidem com as regiões produtoras de grãos e de carvão.

A devastação do Cerrado também ameaça a oferta de recursos hídricos do país. Considerado “a caixa dá água do Brasil”, o bioma concentra as nascentes das bacias hidrográficas do São Francisco Araguaia-Tocantins e do Paraná-Paraguai.

“Se você desmatar mais essas bacias, vai ter menos água, menos energia renovável, menos hidrelétricas. Não estamos preocupados apenas com os bichinhos, com a biodiversidade, estamos preocupados com o desenvolvimento do Brasil”, disse Minc.

Além das ações de repressão, o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento do Cerrado (PPCerrado) prevê medidas de ordenamento territorial, criação de unidades de conservação e implementação de planos de bacias. A previsão orçamentária para o plano até 2011 é de R$ 400 milhões.

Segundo Minc, a resistência de ruralistas para reduzir o desmatamento no Cerrado vai ser maior que a enfrentada pela área ambiental na Amazônia. “A briga vai ser maior: a gritaria vai ser maior, porque no Cerrado as atividades econômicas estão muito mais consolidadas. A guerra vai ser muito mais difícil do que a outra, que já não é mole”, aposta.

Amanhã (11), o ministro participa de uma operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para fechar fornos ilegais de carvão no Cerrado. O plano vai estar em consulta pública a partir de hoje na página do Ministério do Meio Ambiente na internet.

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Índios comemoram Dia do Cerrado com corrida pela Esplanada dos Ministérios

11 de Setembro de 2009 - Da Agência Brasil - Brasília - No Dia Nacional do Cerrado, comemorado hoje (11), índios de diversas etnias vão participar de uma corrida tradicional, com toras de madeira nas costas, na Esplanada dos Ministérios. O ritual deve seguir até o Congresso Nacional, onde os indígenas vão entregar a Carta do Cerrado às autoridades solicitando maior atenção do governo ao bioma.

De acordo com o coordenador da Rede Cerrado, Braulino dos Santos, a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) 115/95, que torna patrimônios nacionais o Cerrado e a Caatinga, será uma das reivindicações apresentadas no documento. “Queremos uma legislação que proteja o Cerrado assim como os outros biomas. Esperamos a compreensão dos nossos políticos. Eles sabem que se não aprovarem estarão acabando com toda a vida existente no Cerrado.”, disse o coordenador.

O primeiro monitoramento do desmatamento do Cerrado brasileiro, realizado pelo Ministério do Meio Ambiente, mostra que a devastação do bioma é duas vezes maior que a da Amazônia. Para Santos, as condições naturais do Cerrado favorecem o desrespeito com a sua proteção. “Os outros biomas são de florestas altas, já o Cerrado é de mata baixa. Por não ter grandes florestas, [o Cerrado] é considerado fronteira agrícola, o que faz com que as pessoas o destruam com mais intensidade e sem peso na consciência.”

Já em recursos hídricos, o coordenador ressalta que o Cerrado leva vantagem sobre os outros biomas. “Setenta por cento da água doce brasileira nascem no Cerrado. [O Cerrado] É uma "caixa d'água" que distribui o recurso para os outros biomas. Mesmo com uma seca de oito meses, os frutos florescem em alta escala. Além de ser uma fonte de renda, é uma garantia de alimentação para os povos que vivem no bioma.”

O plano para o combate ao desmatamento do Cerrado foi lançado ontem (10) pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Segundo ele, o projeto dará início a uma nova fase para a preservação do bioma. “Começa a partir de agora uma batalha. O Cerrado vai ter a mesma importância que a Amazônia para o Brasil e para o mundo.”, disse.

 


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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