25/09/2009
- A região de Guarulhos conta com uma nova
agência da Companhia Ambiental do Estado de
São Paulo - CETESB, já com a nova
atribuição de licenciar atividades
que impliquem na corte de vegetação
ou localizadas em áreas de preservação,
além das consideradas potencialmente poluidoras.
A unidade, inaugurada em 25.09, está instalada
à Av. Emílio Ribas, nº 1.120,no
Jardim Tijuco, no mesmo imóvel ocupado pela
Secretaria de Desenvolvimento Econômico de
Guarulhos.
A agência atenderá
aos municípios de Arujá, de Mairiporã
e de Guarulhos, uma região ocupada por mais
de 1,5 milhão de habitantes e que responde
por uma média de aproximadamente 4 mil novos
empreendimentos licenciados por ano. Participaram
da inauguração o presidente da CETESB,
Fernando Rei e o diretor de Licenciamento e Gestão
Ambiental, Marcelo Minelli, e convidados.
O prefeito de Guarulhos, Sebastião
Almeida, aproveitou o evento para anunciar uma meta
audaciosa de seu governo.
"Até o final da gestão pretendemos
tratar 70% de todo o esgoto coletado no município",
afirmou. Guarulhos não possui sistema de
tratamento de efluentes domésticos, o que
tem causado graves prejuízos à qualidade
do já comprometido Rio Tietê.
Para o presidente Fernando Rei,
a inauguração da nova agência
representa o início da construção
de uma agenda positiva entre o município
e o Estado. "Estamos aqui consolidando um processo
permanente de aprimoramento das relações
entre os dois poderes, que teve início há
poucas semanas com a assinatura de convênio
entre a CETESB e a prefeitura de Guarulhos, ao assumir
o licenciamento ambiental de empreendimentos de
baixo impacto local, e que certamente avançará
para o desenvolvimento de políticas públicas
com base na sustentabilidade", afirmou.
Até o final de 2009, outras
18 novas agências da CETESB serão inauguradas,
atingindo a marca de 56 agências distribuídas
pelo território paulista, já no novo
modelo de gestão, consolidado com aprovação
da lei 13.542. Com a nova lei, a CETESB passa a
ser a única porta de entrada para o licenciamento
ambiental no Estado, experiência parcialmente
já vivida na região metropolitana
de São Paulo pelos usuários do balcão
único.
Texto: Renato Alonso
Fotografia: José Jorge
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Projeto TI-Verde é apresentado
em evento internacional
25/09/2009 - A preocupação
com o descarte de lixo eletrônico vai aos
poucos aumentando em todos os setores e segmentos.
Prova disso foi o convite recebido pela Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB
que, através do seu gerente do Setor de Suporte
Tecnológico, Antonio de Castro Bruni, participou
do evento EcoBusiness Show 2009, realizado este
mês, na capital.
A “EcoBusiness Show 2009 - Feira
e Congresso Internacional de Econegócios
e Sustentabilidade” aconteceu no Centro de Exposições
Imigrantes. Bruni explanou sobre o Projeto TI-Verde,
no painel “Na indústria, o olhar estratégico
para a sustentabilidade, como diferencial competitivo,
para os novos modelos de negócios que privilegiam
os aspectos ambientais, sociais, culturais e econômicos.”
Ele também debateu com representantes da
Universidade de São Paulo – USP e das empresas
Itautec e Sustentax.
O objetivo do TI-Verde é
evitar a contaminação ambiental e
proteger a saúde pública dos efeitos
nocivos causados pela disposição incorreta
do lixo eletrônico, como computadores, celulares
e aparelhos de televisão, e agrega, também,
um componente social, baseado no estímulo
à iniciativa de inclusão digital,
ao prever a doação de equipamentos
com potencial de uso educacional, para comunidades
carentes, aumentando a vida útil dos aparelhos.
Outro componente associado é o econômico,
pelo objetivo de geração de empregos,
com a abertura de indústrias na área
de reciclagem.
Conforme Bruni explicou, a CETESB
enquanto órgão responsável
pela qualidade ambiental e detentora de conhecimento
técnico na área de tratamento de resíduos,
propôs o Projeto TI-Verde para apontar o caminho
ambientalmente correto de se equacionar o problema
decorrente da crescente geração de
resíduos eletrônicos.
Até o momento, 450 computadores
antigos que não estavam sendo utilizados
pela Companhia já foram encaminhados para
o Fundo Social do Governo do Estado, visando sua
reciclagem – por empresas devidamente licenciadas
pela Companhia Ambiental do Estado -.
Na EcoBusiness, de acordo com
o especialista, a problemática do resíduo
eletrônico foi apresentada, assim como as
soluções e oportunidades geradas.
Um exemplo foi o estímulo ao reuso dos equipamentos
em boas condições, aumentando a vida
útil - hoje entre 2 e 4 anos, segundo dados
da Fundação Getúlio Vargas
- e gerando oportunidades no “Terceiro Setor”, para
desenvolvimento de projetos de inclusão digital.
Reciclagem com recuperação
dos metais existentes nas placas - chumbo, cobre,
níquel, cádmio, alumínio, ouro,
dentre outros -, foi outro exemplo, “procurando
fomentar a indústria formal de reciclagem,
gerando empregos e riqueza, além de reduzir
a necessidade de mineração para extração
desses metais da natureza”, afirmou.
Conforme o técnico, a maneira
correta de reciclagem dos monitores CRT, também
válida para os aparelhos antigos de televisão,
foi lembrada e um alerta foi dado: “A introdução
da tecnologia HDTV, associada ao preço hoje
praticado para outras tecnologias, como plasma e
LCD, e também ao baixo consumo energético
e, ainda, ao custo do conversor, irá levar
à geração de muito resíduo
eletrônico”.
Finalmente, de acordo com Bruni,
o descarte prematuro dos aparelhos de telefone celular,
associado ao seu grande volume, assim como os microcomputadores
e notebooks, que atualmente, em uso doméstico,
representam mais da metade das vendas, apontaram
para a necessidade de desenvolvimento de produtos
e serviço de logística reversa para
seu recolhimento e envio para reciclagem, além
da necessidade de campanhas de educação
ambiental que conscientizem a população
em geral.
Texto: Mário Senaga
Fotografia: Martha Faria Bernils Maganha