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AVALIAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2009

Posted on 23 September 2009 Três publicações apresentam os resultados de pesquisa sobre a efetividade de gestão de unidades de conservação nos estados do Acre, Amapá e Mato Grosso

As unidades de conservação só podem cumprir seu papel de proteger a diversidade biológica e contribuir para a manutenção de serviços ecológicos se forem bem administradas. E a boa gestão, por sua vez, depende de avaliação e monitoramento.

Três estados amazônicos – Acre, Amapá e Mato Grosso – investiram na avaliação sobre a efetividade de gestão de suas unidades de conservação (UCs). Os resultados desse esforço foram divulgados durante o VI Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC), realizado em Curitiba, de 20 a 24 de setembro.

Os três livros lançados são resultado da parceria entre o WWF-Brasil, as Secretarias de Estado do Meio Ambiente de Acre, Amapá e Mato Grosso e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O superintendente de conservação do WWF-Brasil, Cláudio Maretti, destaca que “para saber se o conjunto de unidades de conservação está atendendo aos objetivos a que se propõe, é preciso avaliar como esse sistema está funcionando”.

Resultados

Representantes das Secretarias do Meio Ambiente (Semas) dos três estados estiveram presentes no evento de lançamento, para apresentar os principais resultados e informar sobre os próximos passos.

Maria Aparecida Lopes, coordenadora de áreas protegidas da Sema do Acre, afirmou que o estudo sobre o Acre traçou um retrato fiel de como estão as UCs do estado e sobre a implementação do sistema estadual de unidades de conservação. “essa é uma ferramenta importante para cumprirmos nosso desafio de buscar alternativas sustentáveis de desenvolvimento com base na valorização da floresta”, declarou.

Há três biomas diferentes representados em Mato Grosso – Amazônia, Cerrado e Pantanal –, com desafios diferentes para cada um. De acordo com a superintendente de Biodiversidade da Sema-MT, Eliane Fachini, as UCs têm um papel importante num estado como Mato Grosso, associado ao agronegócio.

“A avaliação sobre as UCs estaduais identificou o nível em que se encontra o sistema estadual de UCs, o que é indispensável para direcionar os esforços do governo e priorizar as ações da área de meio ambiente”, afirmou Fachini.

Segundo Odécio Lima, coordenador de Áreas Protegidas da Sema-AP, o Amapá possui 70% de seu território em áreas protegidas e 95% de sua cobertura florestal intacta. Ainda assim, os desafios são muitos. “Nesse estudo, foram apontados 33 itens que devem ser trabalhados para aprimorar a gestão de nossas unidades de conservação”, informou.

Compromissos

O representante da Secretaria do Amapá assumiu, também, o compromisso de ampliar ainda mais o sistema de UCs do estado. De acordo com Lima, serão feitos esforços para “criar um espaço demonstrativo do cerrado presente no estado”.

Outro importante compromisso foi assumido por Ricardo Soavinski, diretor de Unidades de Conservação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio): dar continuidade à avaliação das UCs federais.

“Esse é um esforço que precisa ser contínuo, portanto já estamos negociando com o WWF-Brasil uma nova versão do estudo sobre as unidades de conservação federais. O primeiro foi feito entre 2005 e 2007, e o ICMBio se compromete a dar continuidade a esse trabalho, afirmou Soavinski.

Cláudio Maretti ressaltou que “um estudo como esse deve ser uma ferramenta para aprimorar o sistema de UCs, e isso só vai acontecer se for de fato incorporado aos procedimentos de trabalho de órgãos gestores de UCs, se for aplicado periodicamente. Caso contrário, seria apenas um estudo isolado”.

Metodologia

A metodologia utilizada para fazer essa avaliação é o Método para a Avaliação Rápida e Priorização da Gestão de Unidades de Conservação (Rappam, do nome em inglês Rapid Assessment and Priorization of Protected Area Management).

As análises foram feitas com base em cinco elementos relacionados à gestão de UCs: contexto (importância, vulnerabilidade), planejamento (amparo legal e plano), insumos (recursos humanos e financeiros, infraestrutura), processos (tomada de decisão, pesquisa, avaliação) e resultados.

Essa metodologia foi construída pela Rede WWF, com base nas diretrizes da Comissão Mundial de Áreas Protegidas da União Mundial para a Natureza (UICN). O objetivo é contribuir para o desenvolvimento de políticas adequadas à proteção de sistemas naturais e para o fortalecimento das áreas protegidas.

No Brasil, o Rappam foi utilizado pela primeira vez em São Paulo, em 2004. Entre 2005 e 2007, o método foi aplicado em 246 UCs federais, em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Em 2008, a metodologia foi aplicada nas UCs do Acre, Amapá e Mato Grosso.

Ano da biodiversidade

O ano de 2010 será o ano da biodiversidade. Com a décima Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (COP-10/CDB) marcada para acontecer em Nagoya, Japão, em dezembro, é hora de o Brasil avaliar como está cuidando de sua imensa riqueza de fauna e flora.

Um dos critérios considerados é se o país faz avaliações periódicas do sistema de unidades de conservação. “Mais uma vez, o Brasil está cumprindo seu compromisso enquanto país signatário da CDB, graças à avaliação das unidades de conservação realizada em parceria com o WWF-Brasil”, afirmou Ricardo Soavinski, diretor de Unidades de Conservação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Cláudio Maretti, superintendente de Conservação do WWF-Brasil, reforçou a importância da avaliação do sistema de UCs: “as unidades de conservação devem funcionar dentro de um sistema e devem atender a um propósito. Como está o Sistema Nacional de Unidades de Conservação? Ele atende aos objetivos brasileiros de conservação ambiental? Para responder essas questões, é preciso investir em monitoramento”.


 

Fonte: WWF-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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