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CONCESSÃO FLORESTAL É ALTERNATIVA SUSTENTÁVEL PARA ATIVIDADE MADEIREIRA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2009

Posted on 25 September 2009 WWF-Brasil estima que, atualmente, 41% da produção de madeira da Amazônia seja de origem ilegal ou desconhecida.

Por Bruno Taitson, de São Paulo (SP) "A produção de madeira em florestas públicas na Amazônia, por meio de concessões outorgadas pelo Governo Federal, é a melhor alternativa para diminuir a ilegalidade da indústria madeireira no país”. A análise faz parte da palestra feita pelo engenheiro florestal Estevão Braga, do WWF-Brasil, durante o Primeiro Encontro para o Desenvolvimento Sustentável do Setor Madeireiro, realizado nesta sexta, 25 de setembro, na capital paulista.

Estevão Braga destacou que, atualmente, cerca de 41% da madeira produzida na região amazônica tem origem desconhecida ou ilegal, fato que classificou como “extremamente preocupante”. Ele ressaltou a importância da Lei de Gestão de Florestas Públicas, aprovada em 2006.

Segundo o engenheiro florestal do WWF-Brasil, as concessões possibilitam a exploração legal e sustentável do produto, contribuindo, para a conservação das florestas. Por outro lado, dá todas as condições para o empresário do setor auferir lucros e atender às demandas por madeira nos mercados interno e externo.

De acordo com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, há na Amazônia uma área de 42,8 milhões de hectares em que as concessões poderão ser feitas. Deste total, segundo o órgão, 2,7 milhões de hectares devem ser outorgados até o final de 2010 e, em 10 anos, a área concessionada chegará aos 13 milhões de hectares.

Estevão Braga disse que, com o sistema de concessões, o empresário terá a segurança necessária para investir na produção de madeira tropical no país. “Atualmente, sabemos que a questão fundiária é um dos principais gargalos no uso sustentável da terra na Amazônia. Se a exploração ocorre em florestas públicas que permitem o manejo florestal, esse problema não existe”, salientou.

A questão social também é contemplada pela Lei de Gestão de Florestas Públicas. Nas licitações para explorar as áreas, 60% do peso é dado para questões socioambientais – por exemplo, se a empresa vai criar empregos e infraestrutura para as comunidades locais e se vai desenvolver mecanismos para a proteção da floresta. O critério do maior preço pago ao governo pela concessão tem peso de 40% no processo licitatório.

Estevão Braga acrescentou que, nos últimos 10 anos, a produção de madeira na Amazônia brasileira caiu, aproximadamente, 40%. “Isso significa que as florestas nas áreas privadas estão sofrendo uma expressiva redução. É mais uma razão para que a alternativa das concessões seja considerada pelo setor madeireiro”, concluiu.

O encontro foi organizado pelo Sindicato do Comércio Atacadista de Madeiras do Estado de São Paulo (Sindimasp). Participaram do evento representantes da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal, Polícia Militar do Estado de São Paulo, Sindicato da Indústria da Construção Civil de Grandes Estruturas do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Fundação Getúlio Vargas (FGV), Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo e WWF-Brasil.

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Bob Burnquist dá seu recado contra o aquecimento global

Posted on 27 September 2009 Antes de conquistar o bicampeonato da Oi Megarampa, no domingo, 27 de setembro, em São Paulo (SP), o skatista carioca Bob Burnquist assinou o manifesto da campanha TicTacTicTac. O movimento une pessoas ao redor do planeta para persuadir os líderes mundiais a assinarem um novo acordo global de clima justo e eficiente na 15ª Conferência das Partes (COP-15) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, que será realizada em dezembro, em Copenhague (Dinamarca).

“TicTacTicTac. O tempo está passando, temos que agir agora. Todo mundo fazendo um pouco já faz acontecer. Mas agora, todo mundo precisa fazer muito, o tempo todo”, alertou Burnquist, um dos principais nomes do skate mundial, para os mais de 10 mil participantes do evento.

Durante a assinatura, uma faixa de 10 metros de comprimento com a mensagem “Dê uma megaforça para salvar o planeta!” foi estendida em uma das extremidades da megarampa. O público presente também pode participar da campanha assinando o manifesto na tenda do WWF-Brasil, no Skate Village.

“É um movimento global, no qual a participação de todos é muito importante. Precisamos pressionar para que os líderes mundiais assinem um novo acordo global de clima capaz de manter o aumento da temperatura do planeta abaixo dos 2ºC”, explicou o superintendente de Conservação de Programas Temáticos do WWF-Brasil, Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza.

Coordenado pela Campanha Global de Ações pelas Mudanças Climáticas (GCCA, na sigla em inglês), o movimento TicTacTicTac é uma coalizão inédita entre diversas organizações da sociedade civil, como WWF-Brasil, Greenpeace, Oxfam e Vitae Civilis, além de lideranças sindicais, empresariais e religiosas.

Você também pode fazer parte do maior movimento mundial para pedir decisões concretas no combate ao aquecimento global e amenizar os efeitos das mudanças climáticas. Assine agora mesmo o manifesto da campanha TicTacTicTac. Sua assinatura é muito importante.

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Gestão de áreas protegidas em debate

Posted on 24 September 2009 Países amazônicos se reúnem para discutir conjuntamente a efetividade da gestão de áreas protegidas em toda a região amazônica

A Amazônia tem 6,7 milhões de km² e se estende por nove países: Brasil, Peru, Colômbia, Equador,Bolívia,Guiana, Suriname, Venezuela e Guiana Francesa. Para conservar toda essa imensa área, é indispensável que os nove países trabalhem juntos, com base em uma visão compartilhada sobre a Amazônia e sua conservação. A oficina Efetividade de Gestão de Áreas Protegidas do Bioma Amazônico será um importante passo para avançar nesse caminho.

A oficina acontece entre 25 e 27 de setembro, em Curitiba, logo após a realização do VI Congresso Brasileiro de Unidades de conservação. O objetivo é promover a integração de todas as informações sobre a efetividade de gestão de áreas protegidas disponíveis nos países amazônicos para compor o informe da região amazônica no âmbito da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). Cada país irá apresentar os resultados das avaliações da efetividade de gestão de suas áreas protegidas.

Além disso, será discutido o procedimento metodológico com o qual a efetividade de gestão das áreas protegidas poderá ser analisada em toda a região amazônica a partir de critérios comuns. Por fim, os participantes discutirão a possibilidade de disponibilizar essas informações em um banco de dados regional de áreas protegidas.

Visão regional

A oficina sobre efetividade de gestão é uma iniciativa da Rede Latino-americana de Cooperação Técnica em Parques Nacionais, outras Áreas Protegidas, Flora e Fauna Silvestres, mais conhecida como RedParques, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e com a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA ).

Desde 2008, a RedParques está empenhada em promover a construção de uma visão regional para a Amazônia, com foco em cinco temas relacionados às áreas protegidas: monitoramento (da gestão e da biodiversidade), estabelecimento de áreas prioritárias para a conservação, sustentabilidade financeira do sistema de áreas protegidas, participação social e importância de áreas protegidas para o combate e a adaptação às mudanças climáticas.

A RedParques e seus parceiros se dedicam a construir essa perspectiva regional a partir dos sistemas nacionais de áreas protegidas e dos compromissos para a implementação do Programa de Trabalho de Áreas Protegidas da CDB. Esse esforço é conhecido como Iniciativa Pan-Amazônica de Áreas Protegidas (Ipaap).

A Organização do Tratado de Cooperação Amazônico (OTCA) reúne os oito países que compartilham a Amazônia Continental: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela para fomentar o diálogo político regional e promover ações conjuntas para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Para isso, a organização conta com uma proposta de Programa Regional para a Gestão Sustentável das Áreas Protegidas Amazônicas.

Metas pan-amazônicas
Na oficina de Curitiba, os participantes discutirão metas pan-amazônicas de conservação, relativas à gestão de áreas protegidas. Em outra ação da Ipaap, foi discutido na Colômbia o tema da priorização de áreas para a conservação. O próximo passo será reunir os países amazônicos mais uma vez para debater sobre planos de sustentabilidade financeira de áreas protegidas.

A iniciativa de promover a cooperação entre os países amazônicos é parte dos esforços desses países de cumprir as diretrizes do Programa de Trabalho sobre Áreas Protegidas da Convenção sobre Diversidade Biológica. Os resultados da oficina Efetividade de gestão de áreas protegidas do bioma amazônico servirão como subsídios para o informe regional que será discutido na reunião regional preparatória para a 10ª Conferência das Partes da CDB (COP 10-CDB), que acontece de 18 a 29 de outubro de 2010, em Nagoya, Japão.

A oficina Efetividade de gestão de áreas protegidas do bioma amazônico é realizada pela Redparques, pelo MMA e pela OTCA, com o apoio da Rede WWF e do Centro Mundial de Monitoramento de Conservação, ligado ao Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP-WCMC, do nome em inglês United Nations Environment Programme – World Conservation Monitoring Centre).

Entre os participantes, além de autoridades dos serviços nacionais de áreas protegidas dos países da região, estão convidadas entidades intergovernamentais, como a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação – FAO.

Importância da avaliação

Os sistemas nacionais de áreas protegidas têm objetivos ligados ao desenvolvimento sustentável de cada país. Em comum, todos incluem metas de conservação da diversidade biológica. Para isso, consideram não apenas a conservação das diferentes espécies, mas também as interações entre elas e delas com o ambiente em que vivem.

Para saber se esses objetivos estão de fato sendo alcançados, é indispensável promover avaliações periódicas de todo o sistema de áreas protegidas. Esse monitoramento deve, necessariamente, incluir avaliações sobre a efetividade da gestão das áreas protegidas que compõem o sistema.

O Brasil está empenhado em avaliar a gestão de suas unidades de conservação. Em 2007, foi concluída a primeira avaliação das UCs federais e, durante o CBUC, foram divulgados os resultados das avaliações das UCs estaduais do Acre, Amapá e Mato Grosso. Para conhecer os resultados, clique aqui.

Para cumprir as diretrizes do Programa de Trabalho sobre Áreas Protegidas da Convenção sobre Diversidade Biológica, o Brasil conta também com o Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas (Pnap). O Pnap orienta as ações para o estabelecimento, até 2015, de um sistema abrangente de áreas protegidas, que seja ecologicamente representativo e efetivamente manejado.

O Pnap complementa outras definições nacionais para o cumprimento dos acordos da CDB, como as metas estratégicas de redução da perda da biodiversidade, estabelecidas pela Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio). No caso da Amazônia, a meta da Conabio é proteger um mínimo de 30% do bioma amazônico em unidades de conservação.


 

Fonte: WWF-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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