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DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA EM AGOSTO CAI 34%

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2009

24/09/2009 - Maiesse Gramacho - O desmatamento da Amazônia, em agosto de 2009, diminuiu 34% em relação ao mesmo mês de 2008. A área desmatada no mês passado, apontada pelo Deter, foi de 498,1 km². E o estado que registrou maior índice de destruição da floresta foi o Pará, com 301,18 km², seguido do Mato Grosso (105,24 km²) e Rondônia (50,93 km²). Os dados foram divulgados na tarde desta quinta-feira (24/9) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e comentado pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, em coletiva à imprensa.

De acordo com o ministro, a pouca incidência de nuvens na área monitorada pelo Deter em agosto "faz com que os dados coletados sejam muito próximos da realidade". Se considerado o período de janeiro a agosto, 2009 registrou uma queda de 57% em relação ao mesmo período de 2008. E quando comparado ao desmatamento do último mês de julho, a queda foi de 40%.

Segundo o ministro, em 2009 será registrado o menor desmatamento dos últimos vinte anos. "Pela primeira vez em vinte anos, [o desmatamento] será abaixo de 9 mil km²." Minc disse que o menor nível registrado foi em 1991, com, segundo ele, 11.100 km² (de agosto a julho).

Apesar dos índices registrados pelo sistema de monitoramento, o ministro disse que ainda não está satisfeito. "Eu não comemoro, sempre acho que a queda no desmatamento não é satisfatória. Eu quero desmatamento zero."

Mesmo assim, o ministro ressaltou que a queda é "importante". "A diminuição mostra que estamos suando a camisa, combatendo o crime, a impunidade, 'asfixiando' os predadores e criando alternativas, que serão a solução para um futuro mais sustentável", disse. "Mas ainda precisamos trabalhar muito", completou.

AÇÕES CONJUNTAS - Ao comentar os dados do Deter, Carlos Minc chamou a atenção para a queda no desmatamento em áreas onde o MMA, o Ibama e a Polícia Federal têm realizado operações conjuntas de combate a crimes ambientais. "O Ibama, por exemplo, mobilizou servidores de outros lugares, para atuar na região", contou.

Carlos Minc também destacou a Operação Arco de Fogo, da Polícia Federal. O coordenador da iniciativa, delegado Alcir Teixeira, participou da coletiva e apresentou os resultados da iniciativa, desde março de 2008, quando começou a funcionar.

Segundo ele, nesse período, 214 inquéritos policiais foram instaurados, 198 prisões efetuadas e mais de 93 mil m³ de madeira apreendidos. "Se considerarmos que um caminhão comporta 20 m³, podemos ter uma noção do que esse número significa", disse.

NOVAS FRENTES - Minc aproveitou a coletiva para anunciar que ações semelhantes às realizadas na Amazônia já começaram a ser feitas no Cerrado e, em breve, também ocorrerão na Caatinga. "Tudo o que estamos fazendo na Amazônia, vamos fazer no Cerrado e na Caatinga."

Para isso, no entanto, Minc espera que seja aprovada pelo Congresso lei que cria mil novos cargos para o Ibama e para o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. (ICMBio). "Serão 450 [cargos] para o ICMBio e 550 para o Ibama, necessários porque já abrimos a frente do Cerrado e em novembro teremos a Caatinga para monitorar e impedir que vire deserto."

O sistema DETER é um levantamento mensal feito pelo Inpe desde maio de 2004. O sistema monitora, por satélite, o desmatamento na Floresta Amazônica.

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Carvoaria ilegal é desmontada pelo MMA em Goiás

24/09/2009 - Carine Corrêa - Para combater o desmatamento do Cerrado, que já teve cerca de 48% de sua cobertura vegetal original destruída, foi desmontada nesta quinta-feira (24/9) mais uma carvoaria ilegal, na Fazenda Buritizal, região de Cristalina (GO), a cerca de 100 km de Brasília.

A operação, realizada pelo Ibama, MMA e Polícia Militar Ambiental de Goiás, destruiu 19 fornos que utilizavam vegetação nativa do bioma, e contou com a presença do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e do assessor especial do MMA, José Maurício de Brito Padrone. A ação foi organizada pelo coordenador de operações do Ibama, Roberto Cabral, e contou com o apoio de vinte e dois policiais ambientais.

Houve ainda apreensão do trator utilizado na produção clandestina, aplicação de multa e embargo da área. A carvoaria funcionava desde 2005 e estava com a licença vencida há dois anos. O responsável, Sebastião Brandão, foi encaminhado à delegacia para ser indiciado por crime ambiental e pode pegar uma pena de um a seis meses de prisão.

No local, eram produzidos cerca de quatro caminhões de carvão por semana. O desmatamento observado na área chegava a cem hectares por ano, o equivalente a cem estádios de futebol. Árvores importantes da vegetação nativa, como aroeira, sucupira, pau-ferro e barbatimão foram encontradas nos fornos.

Carlos Minc disse que a partir de agora serão realizadas e intensificadas operações semelhantes às que ocorrem na região amazônica. "Precisamos defender o Cerrado, que tem a mesma importância da Amazônia, pois este bioma é o berço das águas, e para isso vamos combater a impunidade ambiental", acrescentou.

Ele afirmou que haverá a implementação de barreiras e entrocamentos para fiscalização de caminhões e cargas, bem como o corte de crédito para os produtores que estiverem em situação ilegal, tanto na questão fundiária como ambiental.

O ministro explicou a dinâmica de devastação que vem acontecendo no bioma. Primeiro são retiradas as madeiras de lei, depois as outras espécies são utilizadas para fazer carvão e, em seguida, há as queimadas para a formação de pasto e criação ilegal de gado.

"A partir de agora vamos fazer um planejamento com órgãos ambientais estaduais para começar a exigir a certificação ambiental do carvão, bem como promoção de campanhas para que os varejistas e consumidores comprem um produto de origem conhecida", completou.

Minc afirmou ainda que, em parceria com a Embrapa, o MMA vai investir cerca de U$10 milhões de dólares - doados por outros países em prol da conservação da biodiversidade brasileira - na recuperação de solos em áreas degradadas.

Ele também defendeu a implementação de alternativas econômicas ao desmatamento no Cerrado, como o pagamento por serviços ambientais e plano de manejo florestal adequado nas propriedades.

Recentemente foi divulgada pelo MMA uma lista com os estados que mais desmatam o cerrado, dentre eles o Maranhão, Mato Grosso e Bahia. O ministro disse que nos 60 municípios onde há maior incidência de desmatamento haverá o controle do crédito e barreiras de fiscalização.

Esta foi a terceira operação de fiscalização e combate ao desmatamento realizada no bioma. A primeira foi em uma fazenda de soja na Bahia e a outra em assentamento no estado de Goiás. As multas por crime ambiental podem chegar a R$ 50 mil, e em alguns casos a 10 milhões de reais. A pena aplicada pode ser de até 3 anos de prisão.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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