30/09/2009 - Situado no município
de Pariquera-Açu, no Vale do Ribeira, o Parque
Estadual Campina do Encantado é conhecido
por suas turfeiras, um tipo de vegetação
rica em gás metano, formado pelo acúmulo
de matéria orgânica. Nesse ambiente,
é possível provocar a liberação
e combustão desse gás, com a presença
de fogo, produzindo chamas de 80 centímetros
de altura. Esse fenômeno
é a origem das muitas lendas contadas na
região. E para completar esse encantamento,
o parque recebeu em 29.09 a turma do Criança
Ecológica.
O parque Campina do Encantado,
administrado pela Fundação para a
Conservação e a Produção
Florestal – FF, ligada à Secretaria Estadual
do Meio Ambiente – SMA, é a 6ª Unidade
de Conservação que recebe o Floresta
Legal, que integra o Criança Ecológica,
um dos 21 projetos Ambientais Estratégicos
da SMA.
Os 85 alunos do 1º ao 4º ano das Escolas
Municipais da Boa Vontade e Senador Dantas, de Pariquera-Açu,
acompanhados pelos 16 professores, foram recepcionados
por Frida Flor, Nika Valente, Bob Água, Max
Limpo, Fred Fauno e Mel Mocinha, no Centro de Visitantes
do parque. Juntos, participaram de apresentações
de vídeos, músicas, palestras e, é
claro, algumas brincadeiras. As crianças
ficaram deslumbradas, todos queriam tocá-los
e serem fotografados ao lado da turma, até
mesmo os vilões Poli Vigarista e Dick Poluição
fizeram sucesso no meio da garotada.
Para Malu Freire, coordenadora de Educação
Ambiental da SMA, e que no ato do evento representou
o secretário de Meio Ambiente, Xico Graziano,
declarou que o projeto desperta o interesse das
crianças pelas questões ambientais.
O Criança Ecológica visa uma militância
em prol da melhoria de vida, formando futuros cidadãos
que concretizarão uma sociedade sustentável”,
destacou.
O Campina Encantado já conta com um Núcleo
de Visitação totalmente equipado,
que ganhou agora uma sala para atividades ecológicas.
“A sala Projeto Criança Ecológica
é um espaço onde as crianças
aprendem de forma lúdica, a desenvolverem
consciência da importância da preservação
ambiental, concentrando suas energias para ações
que futuramente vão trazer benefícios
para o meio ambiente e sociedade”, ressaltou Malu
Freire, gerente da Coordenadoria de Educação
Ambiental da SMA.
A sala tem em uma das paredes o desenho da turma
do Criança Ecológica. A pintura é
resultado do trabalho do estudante Antônio
Inacir, de 17 anos, membro do programa “Jovens Econscientes”.
Esse programa juvenil é desenvolvido no parque
com duração de dois anos e tem como
objetivo formar agentes multiplicadores para disseminar
conceitos de sustentabilidade e na comunidade local.
Campina do Encantado
Como o próprio nome sugere, o parque tem
mitos e muitas histórias, sua vegetação
é dominada pelas turfas e por floresta de
restinga, bromélias e campos de várzea,
num total de 2.360.00 hectares. A fauna é
rica e diversificada com vários tipos de
aves e outros animais.
Há ainda sítios arqueológicos,
formados por fragmentos de ossos, conchas e outros
objetos que podem atingir 10 metros de diâmetro
e cinco de altura, conhecidos como Sambaquis.
Texto: Rosely Ferreira Fotografia: Rosely Ferreira
+ Mais
Sociedade civil participa do Conselho
de Ecoturismo
29/09/2009 - Cinco dos nove representantes
da sociedade civil no Conselho Consultivo de Ecoturismo
da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São
Paulo – SMA foram eleitos em 29.09 durante a reunião
do colegiado. O conselho é um instrumento
para auxiliar a implantação de ações
para o desenvolvimento do ecoturismo no Estado.
O grupo é composto por 19 membros efetivos,
sendo nove da sociedade civil e nove do setor público.
O 19º membro é o presidente do conselho,
o secretario do meio ambiente, Xico Graziano.
Os cinco representantes da sociedade
civil eleitos foram indicados por entidades dos
setores de mercado de turismo, de visitantes e usuários
das Unidades de Conservação – UCs
e das UCs particulares. Para completar os membros
da sociedade civil, ainda serão indicados
representantes do sistema S, composto pelo Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR, Serviço
Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC e Serviço
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de
São Paulo – SEBRAE, além de um representante
de notório saber.
A Associação Brasileira
da Indústria de Hotéis do Estado de
São Paulo – ABIH-SP e a Associação
Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo
de Aventura – ABETA representam as entidades de
mercado de turismo. A Federação de
Montanhismo do Estado de São Paulo – FEMESP
e a ONG Vivamar representam os visitantes e usuários
de UCs. A Federação das Reservas Ecológicas
Particulares do Estado de São Paulo – FREPESP
representa as associações de UCs particulares.
Os representantes do poder público serão
indicados até a próxima reunião,
quando deverá ser debatido o regimento interno
do Conselho.
Justificativa
Os trabalhos foram dirigidos pelo secretário
Xico Graziano, presidente do Conselho, que enfatizou
a importância da iniciativa. “O ecoturismo
é uma ferramenta que além de manter
a conservação ambiental, garante o
desenvolvimento econômico e regional do entorno
das Unidades de Conservação, gerando
emprego e renda”, afirmou.
Para a gerente de ecoturismo da Fundação
para a Conservação e a Produção
Florestal do Estado de São Paulo – FF, Anna
Carolina Lobo de Oliveira, o conselho é importante.
“Queremos uma agenda aberta de discussão
com a sociedade civil para construir políticas
públicas e formar parcerias para auxiliar
a operacionalização do ecoturismo
no Estado e o uso público nas Ucs”, comentou.
A participação de outras secretarias
de governo também foi enfatizada por Graziano.
“Já temos parceria com a secretaria de Turismo,
agora vamos chamar a secretaria de Desenvolvimento
para participar conosco, porque o ecoturismo é
uma estratégia de desenvolvimento econômico
e sustentável para o nosso Estado”.
Texto: Lucas Campagna Fotografia: Pedro Calado