30/09/2009 Salgueiro (PE) - A
Universidade do Vale do São Francisco (Univasf),
com recursos do Ministério da Integração
Nacional, está implantando o primeiro Centro
de Manejo de Fauna da Caatinga do país, o
Cemafauna. Localizado em Petrolina (PE), o centro
que está em fase final de construção,
desenvolverá pesquisas sobre a caatinga,
um bioma extremamente rico e pouco estudado
pela comunidade científica.
O objetivo desta iniciativa é
resgatar, identificar, tratar, recuperar e destinar
os animais silvestres apreendidos na área
dos lotes de supressão de vegetação
e reservatórios do Projeto São Francisco.
Os animais resgatados pelo Cemafauna
passarão a fazer parte do Sistema de Fauna
(Sisfauna/Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis-Ibama),
uma ação inédita de gerenciamento.
“O Cemafauna é o primeiro centro de referência
da caatinga no Brasil. Aqui, além de atender
às demandas do Projeto São Francisco
e às condicionantes do Ibama, teremos condições
de desenvolver diversas pesquisas com animais resgatados
nas áreas de influência direta e indireta
do empreendimento”, afirmou o professor Luiz Cezar
Machado Pereira, pesquisador da Univasf e coordenador
do Programa de Fauna.
Aliados ao Cemafauna estão
os Centros de Triagem Móveis, estruturados
em contêineres onde técnicos da área
de Medicina Veterinária trabalharão
na assistência necessária aos animais
resgatados nas frentes de obras dos Eixos Norte
e Leste. É nos Centros Móveis que
os animais silvestres eventualmente feridos poderão
receber os primeiros socorros e ficarem em observação.
Já os animais em situação de
maior gravidade serão encaminhados para a
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Veterinário
da universidade, também em construção.
Outra atribuição
do Cemafauna é a identificação,
tratamento de zoonoses, recuperação
e reintegração dos animais silvestres
à mata nativa. Além disso, desenvolverá
atividades de educação ambiental e
proteção da fauna para as comunidades
inseridas no Projeto de Integração
do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas
do Nordeste Setentrional.
Para mais informações
sobre os programas e ações do Ministério,
acesse a página da Rádio e TV/MI:
http://www.mi.gov.br/tvmi
+ Mais
Passagens artificiais ajudarão
na conservação da fauna da Caatinga
29/09/2009 Salgueiro (PE) - O
Projeto de Integração do rio São
Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste
Setentrional avança no sertão pernambucano
conciliando engenharia civil, resgate e preservação
do meio ambiente. Para minimizar os impactos causados
pela obra, o Ministério da Integração
Nacional, por meio de acordo de cooperação
com a Universidade do Vale do São Francisco
(Univasf), executa o Programa de Conservação
de Fauna e Flora, que em um de seus subprogramas,
o de Implantação e Monitoramento de
Passagens Artificiais para a Fauna, evitará
a redução da diversidade das espécies
nativas da Caatinga.
Construídas junto às
estruturas do empreendimento, as passagens artificiais
para a fauna, também chamadas de corredores
de passagem, ecológicos ou faunísticos,
abrangem áreas de conservação,
aquedutos, e galerias de drenagem, respeitando a
característica de cada um dos pontos, para
uso da população que estiverem próximas
a áreas remanescentes de Caatinga. A intenção
é ligar áreas antes contínuas,
através do replantio de espécies nativas.
E também, reproduzir as condições
naturais das áreas nas quais os animais vivem,
garantindo o deslocamento e a convivência
da fauna local, além de possibilitar a disseminação
de sementes e o fluxo e perpetuação
das espécies.
Resgate de Fauna - Com o seu
bioma pouco conhecido, a Caatinga surpreende a comunidade
científica e revela-se como berço
de uma grande diversidade de vida animal, hoje,
aos poucos desvendada e conservada por meio de ações
do Programa de Conservação de Fauna
e Flora, do Projeto de Integração
do rio São Francisco. “A própria comunidade
científica sempre achou que a Caatinga era
pobre, por exemplo, em anfíbios. Não
é. A Caatinga tem uma rica diversidade desses
animais também”, disse o professor Luiz Cezar
Machado Pereira, pesquisador da (Univasf) e Coordenador
do Programa.
Um exemplo da riqueza e diversidade
animal da região é a presença
da perereca verde, da espécie Phyllomedusa
nordestina, uma surpresa para este bioma, com uma
população extremamente alta para a
Caatinga espécie identificada durante a execução
de um dos 36 Programas do Projeto São Francisco,
o de Conservação de Fauna e Flora.
“Num só dia de trabalho, os técnicos
encontraram 30 exemplares dela”, revela Luiz Cezar.
Para mais informações
sobre os programas e ações do Ministério,
acesse a página da Rádio e TV/MI:
http://www.mi.gov.br/tvmi