25/09/2009 - O setor madeireiro
ligado ao Sindicato do Comércio Atacadista
de Madeiras do Estado de São Paulo – Sindimasp,
realizou em 25.09, o 1º Encontro para o Desenvolvimento
Sustentável do Setor Madeireiro, com o objetivo
de fortalecer a madeira como um
produto limpo e ecológico, para atender uma
sociedade cada vez mais consciente e responsável.
Representantes das entidades ligadas
aos temas de normatização, fiscalização
e controle no âmbito federal, estadual e municipal,
que estão à frente de projetos e programas
participaram do debate, que reuniu lideranças
do setor madeireiro, de entidades ambientalistas,
revendedores, lojistas e empresas de materiais de
construção.
O secretário adjunto da
Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SMA, Pedro
Ubiratan Escorel de Azevedo, abriu o evento e ressaltou
os programas governamentais relacionados ao setor,
o São Paulo Amigo da Amazônia e o Selo
Madeira Legal. “Nós precisamos intensificar
as agendas de conservação e preservação
das nossas florestas. Os empresários precisam
ter consciência de que a madeira é
um bem renovável, mas que o ciclo é
longo. As florestas demoram a crescer novamente”,
afirmou.
Rafik Hussein Saab Filho, executivo do Sindimasp,
afirmou que é um compromisso do setor promover
a aproximação e estimular o diálogo
entre os atores da cadeia produtiva de produtos
florestais. “Esse Encontro cumpre esse papel de
fomentar a discussão e trazer para o debate
temas que propiciem o desenvolvimento sustentável
desse importante setor da economia”, discursou.
Pedro ressaltou que as políticas governamentais
visam coibir o contrabando de madeira ilegal. “Nós
estamos intensificando o controle do comércio
dessas madeiras proibidas, até para privilegiar
quem comercializa madeira legal”, disse.
Para o secretário adjunto da SMA, os madeireiros
precisam se adaptar à nova realidade, buscar
práticas sustentáveis. “Não
é o governo quem está cobrando isso,
é o consumidor que está mais consciente
e, portanto, mais exigente. É a cidadania
que está impondo esse mercado sustentável
e o governo vem fazendo sua parte nessa questão,
que é de sobrevivência nossa, do planeta
e também do mercado”, concluiu.
Texto: Lucas Campagna Fotografia: Pedro Calado
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Representantes de governos regionais
discutem adaptações às mudanças
climáticas
22/09/2009 - O tema das mudanças
climáticas já não se restringe
aos técnicos e especialistas em meio ambiente
desde que o Painel Intergovernamental de Mudanças
do Clima – IPCC na sigla em inglês, divulgou
em seu último relatório, em 2007,
que não há mais dúvidas de
que as ações humanas são responsáveis
pelo aquecimento do planeta. A partir de então,
as discussões a respeito do tema passaram
a compor a agenda dos tomadores de decisão
de governos nacionais, regionais e locais.
Diante do cenário atual,
o Seminário Internacional sobre Mudanças
Climáticas nos Estados e Regiões apresentou,
em 22.09, as ações e os desafios dos
governos regionais para enfrentar as mudanças
de clima. Durante a abertura, o secretário
estadual do meio ambiente, Xico Graziano, ressaltou
as ações do Estado de São Paulo
e a importância da troca de experiências
na agenda das mudanças climáticas.
“São Paulo quer ir a Copenhagen com uma política
de clima com metas e compromissos. Esse encontro
tem como finalidade compartilhar as ferramentas
de trabalho”, declarou.
Ações locais
O presidente da Companhia Ambiental do Estado de
São Paulo – Cetesb, Fernando Rei, destacou
o papel dos governos regionais da América
Latina e Caribe. “O dia de hoje se insere na rede
de governos regionais para que possamos apresentar
a agenda prática em nossos países
e regiões. A agenda da adaptação
é o desafio do governante mais próximo
da população”, apontou.
De acordo com o presidente da Organización
Latinoamericana de Gobiernos Intermédios
– OLAGI, Paúl Carrasco Carpio, a rede procura
obter dos governos regionais propostas de combate
às mudanças de clima. “Poucos governos
nacionais assumem uma política de preservação,
conservação do meio ambiente. Cabe
à rede buscar a construção
dessas políticas”, enfatizou.
Segundo o secretário executivo
do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas
Globais e de Biodiversidade, Fábio Feldmann,
a próxima Conferência das Partes da
Convenção-Quadro das Nações
Unidas sobre Mudança do Clima – COP 15, que
será realizada em dezembro na cidade de Copenhagen,
na Dinamarca, será decisiva. “A grande expectativa
em Copenhagen diz respeito à definição
de metas de redução de gases de efeito
estufa pelos países em desenvolvimento. Para
tanto, temos que internalizar essa agenda nos nossos
países”, ressaltou.
A secretária executiva do Programa Estadual
de Mudanças Climáticas – Proclima,
Josilene Ferrer, esclarece que o objetivo do seminário
é fazer um intercâmbio de experiências
e ações entre os estados da América
Latina e Caribe. “O desafio da governança
climática é o mesmo, mudam as particularidades.
Queremos fortalecer a sensibilidade e a capacidade
de ação dos governos regionais”, destacou.
Sobre o seminário
O seminário conta também, no dia 23.09,
com a contribuição dos representantes
da Secretaría Del Medio Ambiente y Recursos
Naturales Del Gobierno Del Estado de Puebla, no
México, do Gobierno Departamental de Santa
Cruz, na Bolívia, da Secretaria de Meio Ambiente
e Desenvolvimento Sustentável do Estado de
Minas Gerais, do Fórum de Mudanças
Climáticas do Paraná, da Secretaria
do Desenvolvimento Econômico Sustentável
de Santa Catarina, do Fórum Bahiano de Mudanças
Climáticas Globais e Biodiversidade, da Secretaria
do Meio Ambiente do Estado de São Paulo –
SMA e da organização internacional
sem fins lucrativos The Climate Group.
Na quinta-feira, 24.09, os participantes farão
uma visita técnica ao Aterro Bandeirantes,
na Zona Oeste da Capital paulista, para conhecer
a planta de recuperação energética
de biogás.
O encontro é promovido pela Cetesb e pela
SMA, juntamente com a Rede de Governos Regionais
para o Desenvolvimento Sustentável – nrg4SD,
a Organización Latinoamericana de Gobiernos
Intermédios – OLAGI e o Programa Estadual
de Mudanças Climáticas – Proclima,
com apoio da Embaixada Britânica, do Fórum
Paulista de Mudanças Climáticas Globais
e de Biodiversidade e do The Climate Group.
Texto: Valéria Duarte Fotografia: Pedro Calado
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Fórum debate as oportunidades
do novo cenário energético
24/09/2009 - A competitividade
da produção de energias renováveis
e a recente descoberta de petróleo na camada
do pré-sal foram os temas centrais do debate
“o novo cenário energético mundial
e as oportunidades para o Brasil”, realizado em
24.09, pela revista Exame. O encontro promoveu três
debates de destaque: “O futuro do petróleo
e o pré-sal: como a nova ordem mundial altera
a demanda por esse tipo de energia”, “O papel do
Brasil como fornecedor de energia e de tecnologia
para o resto do mundo” e “Etanol: quais as condições
para a sobrevivência do setor e as lições
aprendidas com a crise”, que teve a participação
do secretário estadual do meio ambiente,
Xico Graziano.
O debate também contou
com a participação do presidente da
União da Agroindústria Canavieira
de São Paulo – UNICA, Marcos Jank e do diretor
geral da Amyris Pesquisa e Desenvolvimento de Biocombustíveis,
Roel Collier. Graziano ressaltou que o etanol integra
parte do processo de mudança de padrão
social. “Estamos passando pelo paradigma de uma
nova economia mundial, que poderá levar décadas
para mudar”.
Para o secretário, o marco
regulatório do pré-sal remete ao século
passado. “A agenda do pré-sal deveria conter
um viés ambiental. Com estes recursos deveríamos
investir nesta nova economia que o mundo está
esperando”, declarou. De acordo com Marco Jank,
apesar do setor ter sofrido com a crise econômica
mundial, a visão é de um futuro de
oportunidades. “A cana já é a segunda
fonte de energia do país. Seria um retrocesso
para o Brasil, que possui 46% de sua matriz energética
limpa, investir em energias não renováveis”,
enfatizou.
Segundo Collier, o mercado internacional vê
com bons olhos a produção de energia
a partir da biomassa da gramínea. “A cana
está sendo vista cada vez mais como uma fonte
renovável e competitiva de energia”, pontuou.
Também presente ao evento, o professor do
Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade
de São Paulo, José Goldemberg, enfatizou
a competitividade do biocombustível brasileiro.
“O etanol de cana está tão bem estabelecido
que nem o petróleo mais baixo o enfraquece.
Com o petróleo a 35 dólares o barril,
o etanol é competitivo mundialmente”.
Protocolo Agroambiental
O Protocolo Agroambiental assinado entre a Secretaria
Estadual do Meio Ambiente – SMA e os produtores
de etanol comprova, na prática, que o desenvolvimento
econômico aliado à preservação
ambiental é uma realidade. Das 198 usinas
paulistas, 160 aderiram ao protocolo, o que representa
90% da moagem de cana de açúcar no
Estado de São Paulo.
Entre os compromissos assumidos pelos produtores
constam ações de reflorestamento,
implantação de sistemas preventivos
de combate aos incêndios acidentais e programas
de reuso de água. Dentre as ações
vale ressaltar a abreviação do fim
da queima da palha da cana, prevista inicialmente
para 2031, mas antecipada para 2014.
Texto: Valéria Duarte Fotografia: José
Jorge
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Especialistas da SMA participam
de Congresso de Unidades de Conservação
em Curitiba
23/09/2009 - O VI Congresso Brasileiro
de Unidades de Conservação – CBCU,
realizado em Curitiba, de 20 a 24 de setembro, destacou
a interface entre as mudanças climáticas
e as áreas protegidas, ressaltando os principais
impactos, as alterações em curso e
de que forma enfrentaremos tais mudanças.
De forma a contribuir com o debate, especialistas
da Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA, apresentaram
trabalhos e exemplos de ações que
o estado tem adotado para conservar as atuais áreas
protegidas e criar novas Unidades de Conservação
– UCs.
O secretário de estado
do meio ambiente, Xico Graziano, participou do congresso,
em 23.09, com a palestra “Políticas Estaduais
para um sistema de pagamento por serviços
ecossistêmicos”. Em sua conferência,
ele apresentou a proposta de SMA para a implantação
da política de pagamento por serviços
ambientais no estado. “Pretendemos implantar mais
uma ferramenta para atrair aliados, acabar com esse
antigo conflito entre ambientalistas e agricultores
e construir um novo ambientalismo de resultados”,
afirmou.
Graziano anunciou que o Conselho Estadual do Meio
Ambiente de São Paulo – Consema aprovou em
sua última reunião a proposta do projeto
de lei que cria a figura jurídica do ‘provedor
de serviços ambientais’, que terá
duas abordagens diferentes: o que protege as águas
e o que protege o verde. O dinheiro para os pagamentos
tem origem no arrecadado pela cobrança pelo
uso da água, que já acontece em duas
bacias hidrográficas paulistas.
Graziano deixou claro que os agricultores são
um dos principais focos desse novo instrumento.
“Chega de só dizer não e continuar
a utilizar uma política baseada simplesmente
em fiscalização e controle. Temos
de dizer sim para os agricultores, de atrair novos
aliados”, salientou. “Vamos criar oportunidades
e dar vantagens para manter o que sobrou dos ecossistemas
e recuperar áreas. O pagamento por serviços
ambientais entra nesse contexto.”
Lançamento
Ao terminar sua apresentação na conferência,
Graziano visitou o estande da Fundação
Florestal na III Mostra Brasileira de Conservação
da Natureza, que integra o evento, e acompanhou
a receptividade do público pelas três
publicações da SMA lançadas
durante o evento. Os livros – “Manual de Construção
e Manutenção de Trilhas”, “Recuperação
Florestal: um olhar social” e “Regularização
Fundiária em Unidades de Conservação:
as experiências dos Estados de São
Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro” – foram desenvolvidos
pelos profissionais da Fundação Florestal.
No dia 22.09, o diretor da Fundação
Florestal, José Amaral Wagner Neto e sua
equipe apresentaram os trabalhos que estão
desenvolvendo na gestão integrada das UCs,
o gerenciamento de conflitos socioambientais, a
criação de Áreas de Proteção
Ambiental marinhas e o planejamento e gestão
do patrimônio espeleológico do Estado.
Texto: Dimas Marques Fotografia: Fundação
Florestal