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MINC DEFENDE INVESTIMENTOS MUNDIAIS
PARA COMBATER DESERTIFICAÇÃO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2009

28/09/2009 - O Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu, nesta segunda-feira (28/9) em Buenos Aires, na Argentina, investimentos mundiais da ordem de US$ 150 bilhões em ações de adaptação em áreas semiáridas e desérticas do mundo atingidas pelo aquecimento global devido às mudanças climáticas.

Nesta terça-feira (29/9), Minc defenderá a proposta em reunião plenária da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (COP-9). O encontro começou no dia 21 de setembro e vai até o dia 2 de outubro.

Diante da expectativa de que na Convenção sobre Mudança do Clima (COP-15), que ocorre de 7 a 18 de dezembro em Copenhague (Dinamarca), os países fechem acordo sobre a criação de um fundo de adaptação de US$ 400 bilhões, Minc acredita que seria importante que desse montante, cerca de US$ 150 bilhões fossem aplicados em regiões desérticas e do semiárido ao redor do planeta.

No caso do Brasil, o ministro enfatizou a importância de serem aplicados recursos brasileiros e mundiais na região Nordeste, onde vivem 30 milhões de pessoas. Segundo ele, o Brasil é o país com o maior número de habitantes em uma região semiárida.

Segundo ele, caso a temperatura global suba dois graus até o final do século, o Nordeste perderia cerca de um terço de sua economia. Daí a necessidade de investimentos maciços em ações de adaptação para evitar um desastre maior na região.

O ministro do Meio Ambiente acredita que o Congresso brasileiro aprovará, até o final de outubro, projeto de lei que cria o Fundo Nacional de Mudanças Climáticas, com 10% de royalties do petróleo, o que garantiria cerca de R$ 1 bilhão por ano para ações de combate aos efeitos das mudanças climáticas. Ele também defendeu que metade desses recursos seja aplicada no Nordeste.

Em sua fala nesta terça-feira (29/9), o ministro defenderá, junto aos participantes, acordos de "ecossolidariedade" com a África, continente com regiões semiáridas que sofrem com a ação da desertificação. Minc defenderá ainda que o Brasil, por exemplo, apoie, com transferência de know-how e tecnologia, empreendimentos de plantação de cana-de-açúcar visando à produção de etanol, com exceção de áreas onde se produz alimentos.

O ministro também vai apresentar a proposta brasileira sobre pagamento por serviços ambientais para recuperação, por exemplo, de matas ciliares nas margens dos rios e o uso de serviço de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), como é feito na Amazônia, para monitoramento de áreas verdes na África, a fim de evitar a degradação ambiental.

COP-9 - Além do ministro do Meio Ambiente Carlos Minc, participam da cúpula das Nações Unidas sobre desertificação o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Sustentável do MMA, Egon Krakhecke e o coordenador do Programa de Combate à Desertificação, José Roberto Lima.

Durante a reunião, o Governo Brasileiro pretende anunciar a articulação de um grande pacto nacional para a construção de uma agenda de desenvolvimento sustentável para o semiárido, região onde estão localizados 11 estados brasileiros, sendo 9 nordestinos mais Minas Gerais e Espírito Santo. O Governo também vai informar sobre a implementação do Programa Nacional de Combate à Desertificação (PAN/Brasil) que é o norteador para a realização dos planos estaduais de combate à desertitificação.

De acordo com estudos já divulgados, as consequências do processo de desertificação serão devastadoras para o nordeste brasileiro. O Produto Interno Bruto (PIB) da região será afetado negativamente como efeito da mudança climática global. A previsão é de que a economia local sofra uma retração de até 15%. O quadro completo sobre as consequências do evento climático também será apresentado pelo Governo durante o evento.

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MMA e seguradoras assinam acordo para promoção de ações ambientais

26/09/2009 - O Ministério do Meio Ambiente, a Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg) e o Sindicato das Seguradoras do RJ/ES assinaram nesta sexta-feira (25/9), no Rio de Janeiro, protocolo de intenções para a promoção de diversas ações ambientais.

Além da presença do ministro do Meio Ambiente Carlos Minc, o evento contou com a participação do presidente da Confederação Nacional de Seguradora (Conseg), João Elísio Ferraz de Campos, do presidente do Sindicato das Seguradoras do RJ/ES, Luiz Tavares Pereira Filho, além de lideranças do mercado e dirigentes de empresa.

Durante discurso, o ministro destacou a importância do documento e ressaltou que a questão ambiental envolve conceitos semelhantes aos do seguro, como prevenção, preservação e defesa do patrimônio.

"As empresas precisam cada vez mais elevar o padrão de responsabilidade socioambiental e a assinatura do compromisso mostra que o Sindicato está em sintonia com este propósito", disse Minc.

Para o presidente da CNSeg, o protocolo representa a aliança entre seguradoras e governo com objetivos que terão impactos positivos para toda a população.

De acordo com Luiz Tavares, a ideia de um documento que traduzisse a preocupação e o desejo do mercado segurador de avançar ainda mais nas questões de preservação do meio ambiente surgiu após visita do ministro à sede do Sindicato, em 18 de maio deste ano. Na ocasião, Carlos Minc considerou haver muita sinergia nas ações do Sindicato com esforços de entidades ligadas à defesa da natureza e sugeriu a criação de um grupo de trabalho para discutir e implementar parcerias, cujo primeiro resultado é a assinatura do protocolo.

"É muito importante que as empresas adotem boas práticas ambientais", disse Minc à época, colocando seu Ministério à disposição da CNSeg e do Sindicato.

No encontro dessa sexta, o ministro destacou a importância de acordos como esses e lembrou de pactos semelhantes assinados ao longo de sua gestão à frente do MMA com setores da soja, da indústria, bancos públicos e privados. "Esses acordos têm dado resultado. A soja, por exemplo, deixou de ser um fator de desmatamento da Amazônia", afirmou.

Para ele, é fundamental o setor incorporar critérios ambientais quando tiver fazendo análise dos riscos das empresas seguradas.

Principais propostas do documento

1 - Oferecer produtos de seguros, de previdência e de capitalização que fomentem a qualidade de vida da população e o uso sustentável do meio ambiente, observadas as seguintes diretrizes:

I) Aprimorar continuamente a oferta de produtos e serviços destinados a promover projetos que apresentem adicionalidades socioambientais;

II) Oferecer produtos voltados à cobertura de danos causados ao meio ambiente e incentivar a sua contratação;

III) Orientar o consumidor de seus produtos para a adoção de práticas sustentáveis de produção e de consumo consciente.

2 - Considerar os impactos e custos socioambientais na gestão de seus ativos e nas análises de risco, tendo por base as políticas internas de cada instituição e as seguintes diretrizes:

I) Requerer, na análise de propostas de seguros referentes à cobertura de instalações e equipamentos potencialmente causadores de significativa degradação ambiental, a apresentação por parte do proponente das licenças ambientais exigidas pela legislação vigente;

II) Incorporar critérios socioambientais ao processo de subscrição de riscos, considerando os seus potenciais impactos e a necessidade de medidas de proteção tecnicamente recomendáveis;

III) Quando for compatível com a natureza do título de capitalização, considerar a possibilidade de destinação de parcela dos recursos auferidos em projetos de interesse socioambiental;

IV) Considerar, na aplicação dos ativos garantidores das provisões técnicas, a exclusão de títulos emitidos por empresas com padrões de desempenho socioambientais inferiores aos aceitáveis.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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