24 de Setembro de 2009 - Luana
Lourenço* - Enviada Especial - Wilson Dias/Abr
- Cristalina (GO) - O ministro do Meio Ambiente,
Carlos Minc, participa da operação
do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama), que fechou 19
fornos ilegais de carvão em Cristalina
Cristalina (GO) - O ministro do Meio Ambiente, Carlos
Minc, participou hoje (24) de operação
do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) que fechou 19
fornos ilegais de carvão em Cristalina, município
goiano a cerca de 100 quilômetros de Brasília.
Homens do Batalhão Ambiental da Polícia
Militar de Goiás também participaram
da operação.
Nos fornos eram queimadas espécies
nativas do Cerrado, como sucupira e pequizeiro,
com o objetivo de produzir carvão para indústrias
siderúrgicas da região. Por ano, 100
hectares de vegetação nativa eram
destruídos nos 19 fornos, segundo cálculos
do Ibama.
O proprietário da fazenda,
Sebastião Pinto Brandão, foi autuado
em flagrante por crime ambiental e levado para a
delegacia da cidade. O Ibama também aplicou
multa, mas de apenas R$1 mil, porque no momento
da apreensão só havia um forno em
funcionamento.
A carvoaria existia desde 2005,
mas a última licença ambiental venceu
há cerca de dois anos. O faturamento estimado
é de R$ 14 mil por mês.
Minc, que pela terceira vez participa
de ações em campo no Cerrado, disse
que o combate ao desmatamento e aos crimes ambientais
no bioma será mais rigoroso. “A guerra no
Cerrado vai ser pesada. O carvão, por exemplo,
é uma atividade pulverizada, intermediária,
que vai abrindo espaço para os pastos”, disse.
Segundo ele, o Ministério
do Meio Ambiente estuda exigir certificação
para o carvão vendido ao consumidor, com
garantia de origem legal da madeira.
O ministro disse ainda que irá
estender ao Cerrado a restrição de
crédito agrícola para quem não
cumprir critérios ambientais, que já
está em vigor na Amazônia. A medida,
que depende de assinatura de decreto pelo presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, valerá
para os 60 municípios que mais desmataram
o Cerrado. Quase metade da vegetação
nativa do bioma já foi derrubada.