O secretário do Meio Ambiente
e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, participou
na noite de quarta-feira (23) do lançamento
do volume I da Série Sustentabilidade Financeira
de Áreas Protegidas - publicação
sobre a contribuição dos Estados Brasileiros
para a Conservação da Biodiversidade,
com um diagnóstico financeiro das Unidades
de Conservação Estaduais. O Paraná
é um dos quatro Estados que contribuíram
para a publicação,
juntamente com Minas Gerais, Rio de Janeiros e Rio
Grande do Sul.
O relatório foi elaborado
pela organização não-governamental
The Nature Conservancy (TNC) e pela diretoria de
Áreas Protegidas do Ministério do
Meio Ambiente e lançado durante o VI Congresso
Brasileiro de Unidades de Conservação
(CBUC), que acontece em Curitiba (PR).
“Durante oito meses, coletamos
e analisamos dados oficiais sobre os cenários
financeiros dos estados. Mais de 300 técnicos
dos cinco estados participaram do processo”, explica
Ana Lucia Camphora, especialista em Economia da
Conservação da TNC.
Segundo ela, foram utilizadas
como base para o trabalho o Sistema de Projeção
de Investimentos Mínimos para a Conservação
(IMC) e a Ficha de Pontuação sobre
Sustentabilidade Financeira - do Ministério
do Meio Ambiente e Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento - PNUD.
O diagnóstico subsidiará
a elaboração de estratégias
de sustentabilidade financeira para o fortalecimento
das Unidades de Conservação nos Estados.
“Os sistemas estaduais deverão garantir bases
estáveis para um planejamento financeiro
compatível com suas necessidades específicas”,
completa Ana Lúcia.
PARANÁ – De acordo com
o secretário do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos, Rasca Rodrigues, nos últimos
quatro anos, o governo investiu mais de R$ 20 milhões
para garantir a conservação dos recursos
naturais em áreas protegidas – Unidades de
Conservação (UCs) - como parques,
estações ecológicas e reservas
biológicas.
Deste total, cerca de R$ 7 milhões
foram repassados para ampliação e
reestruturação das 63 Unidades de
Conservação (UCs) existentes no Paraná.
Outros R$ 12 milhões na aquisição
de áreas transformadas em parques. Mais R$
1,2 milhão foram direcionados à compra
de equipamento para educação ambiental
e manutenção das unidades, além
de veículos de apoio, tratores e barcos para
fiscalização das áreas protegidas.
Com estes investimentos, o número
de Unidades abertas à visitação
quase dobrou se comparado ao início da primeira
gestão do governador Roberto Requião.
“Em 2003 tínhamos 17 unidades abertas; hoje
são 25”, enumerou o secretário do
Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca
Rodrigues.
O secretário lembrou ainda,
que apenas nas obras da primeira fase do Jardim
Botânico de Londrina, que será entregue
no mês de novembro, estão sendo investidos
R$ 15,8 milhões.
As UCs dividem-se em Unidades
de Proteção Integral, que permitem
o uso indireto dos recursos naturais, e Unidades
de Uso Sustentável, que compatibilizam a
conservação com uso sustentável
de parte dos recursos naturais. No Estado, são
36 Unidades de Proteção Integral -
cinco Estações Ecológicas,
uma Reserva Biológica, 27 Parques Estaduais
e três Parques Florestais.
Já as Unidades de Uso Sustentável
somam 27 áreas: uma Área de Especial
de Interesse Turístico (AEIT), nove Áreas
de Proteção Ambiental (APA), cinco
Florestas Estaduais, quatro Áreas de Relevante
Interesse Ecológico (ARIE), três Hortos
Florestais e cinco Reservas Florestais.
IMPORTÂNCIA - Os estados
do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito
Santo, Paraná e Rio Grande do Sul abrigam
importantes remanescentes da Mata Atlântica.
Suas unidades de conservação reunidas
cobrem cerca de 3.094.161 hectares que, aproximadamente,
abrigam 40% desses remanescentes.
Estas áreas protegidas
contribuem para a qualidade de vida de 59 milhões
de pessoas que vivem nestes estados. Os benefícios,
diretos e indiretos estão relacionados à
proteção e regulação
dos mananciais hídricos, regulação
climática, conservação, proteção
do solo, lazer e beleza cênica.
Governo lança Operação Caápua
em Londrina
O secretário do Meio Ambiente
e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, e o
comandante do Batalhão de Polícia
Ambiental Força Verde, tenente-coronel João
Alves da Rosa Neto, lançaram nesta quarta-feira
(23), em Londrina – região norte do Estado,
a Operação Caápua, de proteção
à Fauna e Flora.
“A natureza não nos pertence
e deve ser preservada para que as próximas
gerações tenham a oportunidade de
conviver em harmonia com nossos animais silvestres
e a nossa flora nativa que torna o Paraná
uma das regiões mais ricas em biodiversidade
do país e do mundo”, declarou o tenente-coronel,
Rosa Neto.
A operação Caápua,
que do tupi significa ‘aquele que vive na mata’,
será desenvolvida pelas quatro Companhias
do Batalhão de Polícia Ambiental no
Paraná, localizadas em Paranaguá,
Londrina, Guarapuava e Foz do Iguaçu. As
operações serão diárias
e tem como objetivo coibir crimes contra a flora
e a fauna, principalmente, a caça ilegal,
tráfico de animais e a pesca predatória.
“Caçadores são pessoas
inescrupulosas com desapego à vida. Não
podemos e não vamos aceitar este comportamento
em pleno século 21. Àqueles que persistirem
em degradar o nosso patrimônio ambiental,
serão punidos conforme a Lei. Até
porque está cada vez mais claro que dependemos
da natureza para viver”, declarou o secretário
Rasca Rodrigues.
APREENSÕES - Apenas nos
últimos três meses a Força Verde
combateu os crimes ambientais e já apreendeu
156 armas de fogo e 1081 munições.
Dentre as apreensões, também estão
8.411 metros de rede de pesca, e dessas 4.260 foram
apreendidas somente pela companhia de Londrina,
que devido à grande extensão dos rios,
como o Rio Tibagi, são um grande alvo para
a pesca predatória, o que resultou em 4035
quilos de peixes apreendidos em todo o Estado.
Neste período também
foram apreendidos 513 aves silvestres e 114 animais,
sendo a maioria pela companhia de Foz do Iguaçu,
uma vez que perto da fronteira há um maior
número de tráfico de animais.
De acordo com o tenente-coronel
João Alves da Rosa Neto, esses resultados
só foram possíveis devido à
cooperação da população,
que fez denúncias junto ao Disque Força
Verde. “Com o apoio da sociedade, podemos obter
resultados sempre melhores e garantir a preservação
da fauna e da flora”, enfatizou Rosa Neto. Ele conta
que, muitas vezes, a Polícia Ambiental consegue
salvar os filhotes capturados por caçadores
ainda vivos.“Depois de tratados e curados estes
animais são readaptados e soltos no meio
ambiente”, detalhou o coronel.
Além do trabalho de fiscalização,
a Operação Caápua terá
o papel de conscientizar a população
sobre a importância da fauna e da flora, bem
como das denúncias sobre venda de animais
silvestres e crimes ambientais.
As denúncias sobre caça
ilegal, corte irregular de árvores e outros
crimes ambientais podem ser feitas diretamente pelo
telefone: 0800-6430304. A ligação
é gratuita, durante as 24 horas do dia. A
identidade de quem denuncia é mantida em
sigilo.