Posted on 15 October 2009 Governo
do Estado do Acre lança, amanhã (15/10),
em Rio Branco, um kit de materiais de comunicação
que irá apoiar a elaboração
participativa do Plano Estadual de Recursos Hídricos,
uma experiência inédita no Brasil no
que tange à gestão das águas
em nível estadual.
O kit – produzido com apoio do WWF-Brasil – inclui
uma cartilha, destinada aos agentes multiplicadores
do processo, um folder explicativo e quatro spots
de rádio para veiculação no
estado. A cartilha será utilizada para treinamento
em 66 comunidades, sendo 44 em áreas críticas
de conservação e outras 22 em áreas
conservadas. Cerca de 150 multiplicadores participarão
de todo o processo de treinamento e informação
da população.
Os spots de rádio têm como objetivo
informar a população em geral – com
anúncio sobre a construção
participativa do plano – , produtores rurais, população
urbana e gestores públicos – com uma convocação
específica destes três últimos
públicos à participação
efetiva no processo.
De acordo com Glauco Freitas, coordenador substituto
do Programa Água para a Vida, a expectativa
do WWF-Brasil é de que, feito o diagnóstico
das águas no Acre, o Plano Estadual de Recursos
Hídricos venha reforçar programas
e ações para conservação
e recuperação das bacias e, principalmente,
apresente propostas de adaptação frente
aos possíveis impactos das mudanças
climáticas sobre os recursos hídricos.
“Além disto, é importante que o Plano
esteja integrado com o Zoneamento Econômico
Ecológico, harmonizando diretrizes de uso
de solo e de água nas microbacias do estado”,
destacou Glauco.
O Plano Estadual de Recursos Hídricos do
Estado do Acre será o primeiro da Amazônia,
uma região em que ainda não são
graves nem tão urgentes a escassez e os conflitos
por recursos hídricos. Glauco Freitas destacou
a postura proativa do governo do Acre que elege
a gestão de recursos hídricos como
questão importante e se antecipa aos impactos
eventualmente causados pelas mudanças climáticas,
que poderão mudar drasticamente o cenário
atualmente confortável da região no
que tange à água, como se viu durante
a seca de 2005.
Anseios e saberes -- Para o técnico especializado
do WWF-Brasil Angelo Lima, responsável pelos
projetos demonstrativos de governança da
água na ONG, é importante que o Plano
tenha uma excelente participação da
sociedade e possa refletir os desejos e anseios
da população acreana, com relação
aos desafios e oportunidades para a gestão
das águas.
“É importante que o Plano também tenha
a percepção social. Além dos
estudos técnicos, é preciso integrar
saberes para que a sociedade acreana possa se sentir
parte deste processo”, disse Angelo, lembrando que,
no caso do Acre, é preciso levar em consideração
as comunidades indígenas, e também
o fato de que o Rio Acre é transfronteiriço,
ou seja, passa por três países (Bolívia,
Peru e Brasil).
A expectativa do governo acreano é a de que
o plano seja concluído até julho de
2010. Neste caso, o técnico alerta para que
a implementação tenha início
logo em seguida. “Diversos planos não consideram,
de forma apropriada, a sua implementação
e é fundamental dar atenção
a esta fase”.
O técnico especializado do WWF-Brasil no
Acre, Alberto Tavares Pereira Júnior, acredita
que existe um aspecto inovador nessa ação
que é a garantia da participação
da população através da divulgação
ampla pelos meios de comunicação do
processo de elaboração do Plano Estadual
de Recursos Hídricos. “Isto mobilizará
a sociedade a contribuir ativamente nas etapas de
construção do plano e não somente
tomar conhecimento do que já estaria pronto”,
avalia.
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CONSUMO CONSCIENTE: A conta que
não fecha
Posted on 15 October 2009 Pois
é aí que mora o perigo. As tais sacolinhas,
embora algo confortáveis, estão longe
de ser inofensivas. Propomos, então, ver
o problema, também, por outra perspectiva:
Você já pensou que
a própria produção de plástico
tem uma enorme pegada ambiental? Sim! Ela utiliza
água, energia elétrica, petróleo
e ainda libera, em sua fabricação,
CFC (Clorofluorcarbono) – um gás que destrói
a camada de ozônio. E tudo isto para acabar
nos lixões, nos bueiros, no ambiente natural.
Tem sentido, uma coisa destas?
Olhe em sua volta: tudo (mas tudo
mesmo!) o que você vê é ou foi
parte da natureza. Confere? É óbvio!
Nada é produzido a partir de materiais de
“outra dimensão”. É daqui mesmo, do
nosso planeta, que retiramos tudo aquilo que utilizamos
para viver. E o planeta tem um tamanho. Portanto,
os recursos têm limites.
Assim, voltamos a perguntar: que
sentido há em produzir algo que, além
de ser facilmente substituível, será
jogado fora, causando outros males além daqueles
originados pela sua mera produção?
Acredite: ao usar as tais sacolinhas, estamos contribuindo
– sem qualquer necessidade – para aumentar a demanda
da humanidade por recursos naturais.
Estamos ajudando a imprimir, sobre
o planeta, um rastro – uma pegada ecológica
– cada vez maior. E já estamos em débito:
a humanidade consome, atualmente, 25% a mais do
que o planeta pode repor. Entramos no “cheque especial”,
os juros são altos e serão pagos pelos
nossos filhos e netos.
E, de volta ao início,
que tal revermos nossos hábitos cotidianos
mais arraigados e aparentemente inofensivos, olhando
pela perspectiva do planeta, dos recursos naturais?
Vale a pena. Precisamos amortizar nossa conta.
Dia do Consumo Consciente
15 de outubro foi a data escolhida
pelo Ministério do Meio Ambiente para celebrar
o Dia do Consumo Consciente. O desafio é
estimular as pessoas a passar um dia sem usar sacolas
plásticas.
A exemplo do que aconteceu no
Dia Sem Carro, a ideia da ação é
despertar a consciência ambiental nos consumidores
e incentivá-los a recusar as sacolas plásticas
em suas compras nesta data, adotando uma sacola
retornável ou outra alternativa.
No Brasil, estima-se que 1,5 milhão
de sacolas plásticas são consumidas
a cada hora. Com uma conta rápida chegamos
aos 36 milhões em 24 horas. Imagine quantos
recursos naturais podem ser poupados em um único
diade consumo consciente.
Participe desse desafio e ajude
a diminuir o impacto ambiental causado pelas sacolinhas.
No dia 15 de outubro, adote um novo hábito
de vida, contribua para diminuir esses números
e se torne mais um consumidor consciente capaz de
transformar a vida no Planeta. "Saco é
um saco. Pra cidade, pro Planeta, pro Futuro e pra
Você". Recuse, reduza, reutilize!