13 de Outubro de 2009 - Daniel
Mello - Repórter da Agência Brasil
- São Paulo - O ex-vice presidente dos Estados
Unidos, Al Gore, disse hoje (13)
acreditar que os países participantes da
próxima reunião da Organização
das Nações Unidas sobre mudanças
climáticas, em Copenhague (Dinamarca) chegarão
a um acordo.
Al Gore estima que as chances
de um entendimento em Copenhague aumentariam se
o presidente norte-americano, Barack Obama, fosse
capaz de negociar um consenso para a aprovação
de um projeto que tramita no Congresso dos EUA antes
da reunião marcada para dezembro.
Os Estados Unidos são,
junto com a China, um dos maiores responsáveis
pela emissão de carbono na atmosfera. O projeto
em tramitação no Congresso norte-americano
prevê uma redução de 4,5% da
produção de gases de efeito estufa
com base nos níveis de 11000.
O presidente da Federação
das Indústrias de São Paulo (Fiesp),
Paulo Skaf, questionou Gore sobre a timidez da meta
prevista no projeto de lei. Al Gore disse que realmente
a redução de 4,5% é pequena,
mas pode ser um começo para que as discussões
sobre o clima deslanchem.
Antes da palestra do ex-vice-presidente
dos EUA, a Fiesp entregou ao político norte-americano
um documento com a posição das indústrias
paulistas em relação à redução
das emissões de carbono. Pelo texto, a federação
estabeleceu uma série de compromissos, como
o incentivo ao desenvolvimento de tecnologias mais
limpas e a ampliação do uso de energias
renováveis.
A Fiesp não se comprometeu,
no entanto, com nenhuma meta concreta de redução
de emissões. Segundo Paulo Skaf, ainda é
necessário realizar os inventários
sobre o tamanho da poluição no Brasil
antes de se estabelecer as metas.
O presidente da Fiesp também
defendeu que, como o Brasil responde com um percentual
pequeno das emissões globais, o país
não deveria se prender a “compromissos precipitados”.
Para ele, quem deve se comprometer com as metas
de emissões são os países mais
ricos e industrializados, principais responsáveis
pela maior parte da poluição global.
+ Mais
Grandes empresas emitiram 85,2
milhões de toneladas de gases de efeito estufa
em 2008
10 de Outubro de 2009 - Luana
Lourenço - Repórter da Agência
Brasil - Brasília - O primeiro balanço
do Programa Brasileiro GHG Protocol, que contabiliza
as emissões de gases de efeito estufa de
27 grandes empresas brasileiras, mostra que em 2008
esse grupo emitiu 85,2 milhões de toneladas
de dióxido de carbono (CO2) equivalente (medida
padronizada pela Organização das Nações
Unidas, a ONU, para quantificar as emissões
globais e que também inclui gases como metano
e óxido nitroso). O montante representa 8,5%
do total de emissões brasileiras no período,
quando não se consideram as emissões
oriundas do desmatamento e uso da terra.
O programa, coordenado pelo Centro
de Estudos em Sustentabilidade da Fundação
Getulio Vargas (FGV), é usado para calcular
e inventariar as emissões de gases estufa
produzidas pelas empresas para subsidiar medidas
de mitigação.
De acordo com o levantamento,
apresentado esta semana em um evento do setor empresarial
sobre mudanças climáticas, das 27
empresas que aderiram ao programa, a Petrobras foi
a que mais emitiu gases de efeito estufa no ano
passado: 51 milhões de toneladas de CO2 equivalente,
59% do total inventariado pela FGV. A Votorantim
aparece em seguida, com 18 milhões de toneladas,
e a Alcoa vem em terceiro, com 2 milhões
de toneladas de CO2 equivalente.
A contabilidade das empresas incluiu
as emissões de gases de efeito estufa geradas
a partir do uso de transportes em viagens, consumo
de combustíveis e da disposição
de resíduos orgânicos em aterros sanitários
(o que gera emissões de metano, um dos gases
que mais potencializam o efeito estufa).
De acordo com a FGV, contabilizar
as emissões pode auxiliar as empresas a entrar
no mercado de carbono e a implementar projetos de
eficiência energética.
+ Mais
Ex-ministro Gilberto Gil representa
o Brasil em evento mundial pela preservação
das águas
9 de Outubro de 2009 - Alana Gandra
- Repórter da Agência Brasil - Rio
de Janeiro - O Rio de Janeiro é uma das cidades
que participarão, na noite de hoje (9), do
movimento Missão Poética Social para
preservação das águas do planeta.
O movimento foi idealizado por Guy Laliberté,
criador do Cirque du Soleil e fundador da organização
não governamental One Drop Foundation. O
ex-ministro da Cultura Gilberto Gil também
participará do evento para representar o
Brasil.
Serão realizados eventos
simultâneos em 14 cidades do mundo. No Rio,
o evento ocorrerá na Fundição
Progresso, na Lapa, no centro da cidade. Da aeronave
Soyuz TMA-16, Guy Laliberté vai interagir
com os mestres de cerimônia de cada país,
lendo ao vivo uma mensagem especial, feita para
o evento. Ele integra a primeira missão espacial
de cunho artístico-social. Laliberté
e os 21 astronautas que estão a bordo da
aeronave devem retornar à Terra entre os
dias 12 e 13 próximos.
Artistas, ambientalistas e a população
de cada localidade reafirmarão na Missão
Poética Social o seu compromisso com a preservação
das águas.
O representante da ONG One Drop
Foundation no Brasil, Dietrich Batista, afirmou
que o principal objetivo do movimento é conscientizar
as pessoas sobre a importância da água
potável no planeta.
“Água potável, na
verdade, é um símbolo, porque sem
água, não há vida. E sem vida,
nós não podemos ficar aqui. É
uma maneira de dizer que temos que tomar mais cuidado
com o nosso planeta. E temos que fazê-lo rapidamente”,
disse.
Segundo Batista, a escolha de
Gilberto Gil para representar o Brasil no evento
deu-se porque “toda a trajetória pessoal
e profissional dele se confunde com a causa ambiental.
E a integridade que ele sempre mostrou foi uma das
razões principais de sua escolha para nos
representar”.
A Missão Poética
Social terá início às 20h de
Montreal, no Canadá (21h de Brasília),
e poderá ser acompanhada ao vivo pelo site
www.onedrop.org.
A transmissão mundial começará
com uma apresentação inédita
do Cirque du Soleil. Um imenso telão exibirá
ao mesmo tempo todos os eventos que estarão
ocorrendo em todo o mundo. O movimento será
encerrado em Moscou às 23 horas.
Estão confirmadas as participações
do ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore;
da atriz Salma Hayek; e dos cantores Peter Gabriel,
Shakira e os músicos do grupo U2, tendo à
frente Bono Vox, entre outras personalidades de
influência local para conduzirem o evento
nas diferentes cidades.
+ Mais
PF prende 11 para reprimir caça
predatória em reserva biológica
8 de Outubro de 2009 - Cristiane
Ribeiro - Repórter da Agência Brasil
- Rio de Janeiro - Onze pessoas foram detidas hoje
(8) pela Polícia Federal em uma operação
realizada na Baixada Fluminense e na região
metropolitana do Rio de Janeiro para reprimir a
caça predatória na Reserva Biológica
do Tinguá, em Nova Iguaçu, na Baixada
Fluminense.
Os cerca de 150 agentes da Delegacia
de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente
e Patrimônio Histórico, da Polícia
Federal, partiram da superintendência do órgão,
ainda de madrugada, com o objetivo de cumprir sete
mandados de prisão e 33 de busca e apreensão
nos municípios de Nova Iguaçu, Duque
de Caxias, Guapimirim e Miguel Pereira.
No decorrer da operação,
batizada de Nariz de Pedra, a PF prendeu, além
dos sete procurados, outros quatro homens em flagrante
com material para caça. Com os caçadores,
os policiais apreenderam armas, arapucas, redes
e outros tipos de armadilhas.
Os agentes também foram
a um restaurante próximo à Reserva
do Tinguá averiguar a venda de pratos feitos
à base de carne de caça, mas o estabelecimento
estava fechado.
De acordo com a Polícia
Federal, a Operação Nariz de Pedra
teve como base incursões feitas na Reserva
do Tinguá e que indicaram a existência
de uma quadrilha de caçadores atuando com
todo o tipo de arma para matar animais como pacas,
porcos do mato, cotias, tatus e cervos, entre outros.
Os detidos vão responder
pelos crimes de formação de quadrilha
armada, posse de arma de fogo e caça ilegal,
cujas penas somadas podem chegar a 11 anos de prisão.