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ESTUDO REVELA QUE DESMATAMENTO NO MUNDO PODE
CUSTAR ATÉ U$ 5 TRILHÕES POR ANO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2009

05/10/2009 - Carine Correa - De acordo com o Estudo de Economia de Ecossistemas e Biodiversidade (TEEB, em inglês) , realizado pela Comissão Européia e Alemanha, o custo do desmatamento no mundo inteiro foi estimado entre U$ 2 e 5 trilhões de dólares ao ano. Já o valor investido na proteção da biodiversidade no mesmo período chega a U$10 bilhões, mas seria necessário investir, no mínimo, quatro vezes esta quantia para que houvesse uma conservação adequada dos recursos naturais em todo o planeta.

Lançado em resposta a uma proposta feita pelos ministros do grupo G8 +5 (África do Sul, Brasil, China, Índia e México), o TEEB é uma iniciativa internacional formulada para desenvolver um estudo global sobre a economia da perda da biodiversidade. O objetivo é promover o avanço de ações práticas e destacar o custo da degradação de ecossistemas e os benefícios da biodiversidade, bem como divulgar informações e chamar a atenção de diferentes países sobre o tema.

Liderado pelo economista do Banco Alemão Pavan Sukhdev, o estudo conta com a participação de um comitê consultivo integrado por especialistas das áreas de ciências, política e economia. Em recente visita ao Brasil, Sukhdev ressaltou que o TEEB já está em sua segunda fase, e vem sendo promovido pelo PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) com apoio financeiro da Comissão Européia e dos ministérios do Meio Ambiente da Alemanha e Reino Unido.

"A ideia é realizar o levantamento e sistematização de metodologias inovadoras para a valoração da biodiversidade e de serviços ambientais. Para isso é feito o cálculo do valor econômico, o custo da perda da biodiversidade e o custo necessário para ampliar os esforços de conservação", explica Sukhdev.

O economista sugeriu a possibilidade de o Brasil elaborar um estudo específico sobre as características e condições do País, de forma a contemplar o valor da biodiversidade brasileira, seguindo a mesma metodologia da avaliação mundial.

A secretária de Biodiversidade e Florestas, Maria Cecília Wey de Brito, disse que existe a intenção por parte do governo federal de realizar um relatório TEEB Brasil, que seria desenvolvido pelo MMA em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). "A iniciativa é importante porque somos um país megadiverso, e não temos dado o devido valor a esse patrimônio natural. A manutenção da biodiversidade, mais do que um custo, é um benefício", afirma Cecília.

Ela explica que, em grande parte, as atividades econômicas que estão promovendo o crescimento do Brasil são baseadas nos atributos que a biodiversidade possui. "A manutenção adequada da biodiversidade possibilita o volume e qualidade das águas, os ciclos vitais necessários para a agricultura, bem como a polinização, entre outros exemplos".

O primeiro relatório do TEEB foi lançado em maio de 2008 e forneceu evidências das significantes perdas econômicas globais e locais, bem como dos impactos no bem-estar humano que podem ser atribuídos às progressivas perdas da biodiversidade e à degradação de ecossistemas. O relatório foi amplamente focado em florestas. A segunda fase do estudo busca expandir o trabalho iniciado na primeira etapa, e estará completa em 2010 para ser apresentada em Nagoya (Japão), durante a 10ª Conferência de Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB COP- 10).

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Serviço Florestal Brasileiro finaliza demarcação da Floresta Nacional do Jamari

09/10/2009 - Ver a pegada de uma onça no chão não é algo comum, a não ser que se esteja no coração da Floresta Nacional do Jamari, em Rondônia. Foi lá que durante quatro meses uma equipe com engenheiros, mateiros e auxiliares esteve para delimitar a área de 96 mil hectares onde é realizada a primeira concessão florestal promovida pelo Serviço Florestal Brasileiro.

O resultado desse trabalho de campo são mais de 300 páginas de relatórios que o Serviço Florestal entregou na última quarta-feira (7/10), em Porto Velho, a cada uma das três empresas que conquistaram o direito de extrair madeira, produtos não madeireiros e realizar ecoturismo na Flona.

A identificação dos limites da área de manejo vai permitir que o Serviço Florestal tenha mais capacidade de monitorar o correto cumprimento da exploração. "Por estar concedendo uma fração da floresta para exploração sustentável, o Serviço Florestal viu a necessidade de ter os limites definidos", diz o gerente de Cadastro de Florestas Públicas, Gustavo Machado.

Com a demarcação, cada concessionário saberá exatamente até onde pode exercer atividade produtiva, sem que esta adentre em regiões da floresta fora da área de concessão, ou na área de outro concessionário vizinho.

Sinalização - Ao todo, foram colocadas 86 pequenas torres de concreto, chamadas de marcos geodésicos, ao longo das extremidades da área de manejo. Todas elas têm plaquetas de metal na parte de cima com informações da localização em que estão. Há 27 marcos na unidade de manejo 1, de 17 mil hectares; 29 marcos na unidade de manejo 2, de 32 mil hectares; e 30 marcos na unidade de manejo 3, de 46 mil hectares.

A região onde ocorrem as concessões também recebeu 62 placas que informam sobre a existência de unidades de manejo naquele local. A sinalização está principalmente nos pontos de acesso à Flona, em entradas e saídas de estradas.

O trabalho de delimitação vai continuar com a colocação de outros marcos topográficos na linha que separa os pontos já identificados pelo Serviço Florestal, mas essa nova etapa será feita pelos concessionários. Eles terão cinco anos para instalar os marcos, que devem ficar a uma distância de dois quilômetros um dos outros.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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