Vitória (08/10/2009)
- Agentes Ambientais do Ibama vão doar 200
galos, na manhã desta quinta feira (09),
que eram utilizados em rinhas realizadas em uma
residência no município de Cariacica/ES,
no bairro Belo Horizonte.
Segundo os fiscais no local foram
encontrados vários apetrechos utilizados
pelos galos durante as rinhas, remédios,
anabolizantes, um tambor (local das brigas) e muitas
aves com ferimentos. O dono do estabelecimento foi
multado em R$ 100 mil e ficou como fiel depositário
até a doação dos animais.
Após a realização
de um laudo, pelos analistas ambientais do Ibama,
que comprovou os maus tratos sofridos pelas aves,
os agentes ambientais voltam ao local de realização
das rinhas para doar os 200 galos para instituições
de caridade.
Os galos, por terem sido condicionados
a brigar, não podem mais conviver com outras
aves no mesmo ambiente e, por isso, vão ser
destinados para consumo. Os galos de briga ficam
condicionados em pequenas caixas para que não
entrem em conflito uns com os outros.
As instituições
que receberem as aves terão que esperar um
período de 40 dias para que os galos possam
ser consumidos. Este é o período de
desintoxicação de todos os remédios
e estimulantes que as aves receberam durante sua
“preparação” para as rinhas.
Luciana Carvalho
Ascom Ibama/ES
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Operação Vôo
Livre estoura rinha em Iguatu/ CE
Fortaleza (05/10/2009) – A Operação
Vôo Livre, que conta com fiscais da Superintendência
do Ibama de Fortaleza, do escritório regional
de Iguatu e policiais da Companhia de Policiamento
Ambiental de Juazeiro do Norte chegaram, no sábado
(03/10), através de denúncia da comunidade,
a uma rinha de galos na cidade de Iguatu. O torneio
regional seria realizado naquele dia. Foram apreendidos
51 galos e 10 pessoas foram presas e conduzidas
à delegacia local. Os proprietários
da rinha foram multados em R$25.500,00.
Ainda na mesma operação,
os fiscais realizaram o desmonte de 9 armadilhas
de captura de marreco, as redes de espera, no Sítio
Barro Alto, em Iguatu. Foram encontradas 15 marrecas
prontas para o abate, mas ainda vivas, que foram
soltas na natureza.
Na Lagoa do Baú, a Operação
Vôo Livre destruiu mais seis tocaias de espera
para avoantes.
Mariangela Bampi
Ascom Ibama/CE
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Ibama e UFG receberam e trataram
loba guará atropelada em Goiás
Goiânia (05/10/2009) - A
Superintendência do Ibama em Goiás,
em parceria com a Universidade Federal de Goiás,
recebeu quinta-feira (01/10) e tratou de uma loba
guará atropelada na Rodovia BR 060, km139,
entre Goiânia e Anápolis.
A fêmea, que pesava quase
28 quilos, chegou desacordada ao Centro de Triagem
de Animais Silvestres - Cetas do Ibama/GO, resgatada
pelo Corpo de Bombeiros. Em uma avaliação
preliminar, depreendeu-se que não havia fraturas
nos membros, mas havia sangramento pelas narinas,
o que indicava que ela foi atingida na cabeça.
Ela acordou durante o manejo, enquanto a equipe
verificava se a temperatura e a freqüência
cardíaca estavam normais, mas ainda estava
atordoada, fraca e ofegante, apesar de já
ter se levantado. Ela foi medicada e passou por
fluidoterapia (aplicação de soro fisiológico).
Posteriormente, foi encaminhada
para a Universidade Federal de Goiás, onde
foram realizados exames complementares, dentre eles,
exames radiográficos do tórax, onde
foi diagnosticado hemotórax, ou seja, hemorragia
no pulmão. Ela foi novamente medicada, entretanto,
após todas as tentativas e manobras, a loba
não resistiu aos ferimentos e veio a óbito
na madrugada de sexta-feira.
O lobo-guará, maior canídeo
da América do Sul, de hábitos solitários,
crepusculares e noturnos, encontra-se na lista de
espécies ameaçadas de extinção
e não é facilmente observado na natureza,
principalmente, devido à fragmentação
dos habitats. Como esta espécie precisa de
grandes áreas para sobreviver, está
altamente ameaçada pelo avanço das
monoculturas e das áreas de pastagens no
Bioma Cerrado, principalmente a partir da década
de 70.
Os atropelamentos também
são uma das principais ameaças para
esta espécie, que se locomove muito atrás
de alimentos e para reprodução e pode
ser atropelada quando atravessa rodovias. O número
de animais que entraram no Cetas do Ibama este ano
por resgate (936) já quase supera o do ano
passado (980), apesar de ainda estarmos em outubro,
demonstrando que a cada ano a redução
de habitat e expansão urbana tem aumentado
o contado de seres humanos com animais silvestres
na grande Goiânia, causando prejuízos
inestimáveis a nossa fauna.
Após avaliação e tratamento,
em caso de recuperação, os animais
são devolvidos à natureza.
Léo Caetano
Cetas Ibama/GO